ANGOLA

Angola era, aquando do triunfo da revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal, palco de uma das frentes da Guerra Colonial que o antigo regime português teimava em manter.

Um dos principais objetivos dos revolucionários portugueses e que constava mesmo no programa do MFA, era o fim dos combates e iniciar negociações com os Movimentos de Libertação Nacionais para a autodeterminação e independência de cada uma das Colónias.

As duas primeiras intenções foram pacificamente atingidas mas, a seguir – dada a circunstância de Angola ter três Movimentos de Libertação ativos nas negociações e na ambição de chegarem ao poder – as coisas não foram fáceis, mas isso é outra história.

A data foi marcada e, antes da meia-noite deste dia 11 de Novembro de 1975, a bandeira portuguesa foi arreada, os últimos representantes da soberania portuguesa deixaram Luanda e, subiu ao mastro, a bandeira nacional de Angola.

Angola não se livrou da guerra com a independência em 1975. Os angolanos continuaram a ouvir os disparos das metralhadoras e os rebentamentos de minas, com os sacrifícios que isso implica, até 2002, ano em que, com a morte do líder da Unita, o confronto chegou finalmente ao fim.

Hoje, Angola é um dos principais Países africanos, com uma taxa de crescimento das mais elevadas, faz parte da “Lusofonia” integrando ativamente a CPLP, é um forte parceiro de Portugal a todos os níveis e, é um dos destinos prediletos dos portugueses para emigrarem.

De 1982 a 2002, fui muitas vezes a Angola e passei lá alguns períodos de dois ou três meses. Senti-me sempre em casa e tenho muitas saudades da terra e dos angolanos que tive o gosto de conhecer.
(Imagens: Wikipédia)

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