O DIA NACIONAL DO MAR E A LUSOFONIA


O Dia Nacional do Mar comemora-se a 16 de Novembro.

O Mar, para muita gente, é qualquer coisa abstrata como o prolongamento da praia onde, no verão, o pessoal se frita ao Sol.

Como foi possível voltarmos as costas ao Mar e lançarmo-nos nos braços da “outraEuropa que, à primeira adversidade, cobra tudo e depois fica a assobiar p’ró lado?

O Mar, que desde os primórdios da nacionalidade nos acompanhou e, quando chegou a altura, nos deu o caminho para a afirmação dos portugueses no mundo. As descobertas foi o auge da nossa relação com o Mar. Em terra, nos entregou as suas riquezas, fazendo de Portugal o centro da Europa. O fim do Império, não devia ter sido o abandono do Mar como maior e fiel parceiro.

Hoje, felizmente, volta a falar-se na importância do Mar para os portugueses. Só é pena que seja porque não nos estamos a dar bem com o outro lado, mas, ainda assim, “há males que vêm por bem!”.

O NOSSO MAR é 18 vezes maior que a nossa área terrestre. O potencial económico em cerca 1,7 milhões de metros quadrados, pode duplicar várias vezes o nosso PIB.

Em “mar aberto”, e tendo em conta o atual deficit externo no que respeita a pescado, o destaque vai para a pesca devidamente planeada e orientada para a preservação das espécies, protegendo e utilizando os viveiros selvagens com rigor e em alternância com aquicultura em zonas costeiras determinadas, para espécies de insuspeito interesse económico tanto para consumo nacional como para exportação. O desenvolvimento da aquicultura em “mar aberto” é fundamental para o futuro de algumas qualidades de peixe e para a atividade económica costeira. As indústrias conserveiras modernas estão à espera.

Alguns que voltam agora a falar na importância do Mar, já tiveram em tempos, responsabilidade no seu abandono em parceria com a antiga “mãe” da atual UE, a CEE: Os abates da frota pesqueira de pequena e grande tonelagem, o encerramento de grandes e pequenos estaleiros navais para reparação e construção. O desaparecimento das grandes companhias de marinha mercante, etc., etc.

Se dissermos a um jovem de 20 anos, que há menos de 40 anos, os portugueses tinham uma frota de dezenas de bacalhoeiros, barcos de grande tonelagem que iam em viagens de muitos meses à Terra Nova, à Gronelância e outros mares do norte, pescar todo o bacalhau que consumíamos e que ainda exportávamos depois de procedermos à sua seca e salga. Será que o jovem acredita? Tenho as minhas dúvidas. Hoje, não temos um único bacalhoeiro e importamos da Noruega e de outras origens a norte, todo o bacalhau que comemos.

Para além de todo o resto, o Mar continua a ser a “estrada” da LUSOFONIA!
(Imagens: Wikipédia)

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