AS PALAVRAS…E O VENTO!

A saliva que se gasta e o tempo que se perde com discursos tecnicamente bem construído mas de uma inutilidade primária, não justifica aquela cerimónia bafienta que todos os anos, nos últimos dias de Janeiro, se realiza para os canais de notícias transmitirem diretamente.

Esta fila de “faladuras” que é a dita cerimónia de “Abertura do ano judicial”, espelha sempre muito bem como está a “justiça” nacional. Cada discursante fala das virtudes do seu Órgão e o Presidente da República repete-se ano após ano como só de obrigação presencial se trate.
“Palavras, leva-as o vento” e, como somos Terra de ventania, elas (as palavras) mudam de significado em cada rajada de vento que sopra.
Estamos feitos ao bife!
Silvestre Félix

A ALEMANHA E AS AVENTURAS...


O século XX não correu de feição à Alemanha. Provocou e perdeu duas guerras causando prejuízos e sofrimento à Europa e ao Mundo. Os povos atingidos nunca foram completamente ressarcidos, até porque o “enxovalhamento”, o ataque à dignidade e os mortos provocados não têm preço.

Nenhum País europeu e do Mundo quererá que a Alemanha perca outra guerra mesmo que, desta vez, as armas não sejam bélicas.

A ameaça chantagista e despudorada que Merkel fez nestes dias à Grécia é, no mínimo, aventureira. Não há grego que não tenha presente os tempos da ocupação alemã há setenta e tal anos, mesmo que tenha nascido depois desses negros tempos. É verdade que não existe nenhum Hitler mas, o comportamento de Angela Merkel e alguns dos seus “companheiros” de governo não inspiram confiança a ninguém, muito menos aos gregos.

Esperemos que hoje, os outros europeus travem o ímpeto controleiro da senhora de Berlim.

Silvestre Félix

LIMITE DE MANDATOS


Esta possibilidade que paira, neste ambiente claustrofóbico imposto pelos aparelhos partidários do “arco do poder”, de, atingido o terceiro mandato consecutivo na mesma autarquia, o “inteligente” poder candidatar-se no Concelho ou Freguesia ao lado recomeçando outra “bateria” de três mandatos e, acabando esta, continuar noutra e por aí fora só parando quando muito bem entender, está a inquinar a pouca confiança que ainda possa haver nalguns políticos.

É urgente que o PS e o PSD deixem claro as suas intenções porque alguns “figurões” já se perfilam para avançarem direitinhos à Câmara vizinha.

Senhores dirigentes mostrem-se e assumam-se, que já se faz tarde!

Silvestre Félix

FERIADOS E A VERGONHA...


Riscar as comemorações de factos no próprio dia é desautorizar a história que nos identifica como povo e como nação independente a caminho de nove séculos.

As mercantilistas razões, não se podem sobrepor ao carácter e dignidade de uma sociedade inteira. O argumento que esta “ultrajante” medida vai contribuir para o aumento da produtividade do País é uma treta e não é mais que outro contrapeso no sentido de nos porem todos de joelhos, “troikados”
.
O hasteamento da bandeira “verde–rubra” na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa aconteceu a 5 de Outubro e não dois ou três dias depois. A ação dos “Conjurados” foi concretizada a 1 de Dezembro e não uns dias depois. Não há outra forma de festejarmos os históricos acontecimentos, que não seja nos próprios dias.

Mesmo nos altos cargos da governação faz falta ter vergonha na cara!

Silvestre Félix

MANUEL CARVALHO DA SILVA


Manuel Carvalho da Silva é, sem sombra de dúvida, uma destacada personalidade nacional. Líder da CGTP durante tantos anos, conseguiu equilibrar a navegação do barco muitas vezes em mar revolto. Os Órgãos dirigentes da central sindical são maioritariamente afetos ao Partido Comunista mas, no seu interior, existem diversas sensibilidades diferentes que, ainda assim, se têm mantido à volta de Carvalho da Silva. Com a sua saída as coisas podem complicar-se.

Manuel Carvalho da Silva é um homem de diálogo, conhece a sociedade portuguesa como ninguém não só no que se refere ao mundo do trabalho mas em todas as suas vertentes. A sua “marca” de militância comunista reduz-lhe a margem de abrangência suficiente para ganhar, por exemplo, uma corrida à presidência da República que muito boa gente gostaria.

O electricista, o sindicalista, o dirigente, o sociólogo e o professor, no que quer que vá ser a sua vida daqui para frente, vai consolidar o seu destaque como grande português que já é!

Silvestre Félix

BRUXELAS E AS GALINHAS...


As “GALINHAS poedeiras” são tão dignas na sua condição como qualquer outra ave.

Os burocratas de Bruxelas, sempre preocupados (??) com o bem estar dos cidadãos europeus como se tem visto nesta infindável crise, e depois de filtrarem bem todas as medidas tidas como eventualmente importantes, tiraram da “cartola” a obrigatoriedade dos aviários existentes por essa Europa fora, adotarem os alojamentos individuais de “última geração” para estes importantes galináceos.

Não dá para entender como no meio desta desesperante situação de crise, a Comissão Europeia se dê ao trabalho de ameaçar países com multas, no caso de não respeitarem a (exigente) diretiva que regula as gaiolas de “galinhas poedeiras”.

Esta Europa cheia de contradições ainda nos consegue surpreender, mesmo que o “objeto” seja uma simples galinha.

Silvestre Félix

FUMAR É CRIME ??


NÃO SOU FUMADOR!

Entre os “fundamentalismos” do fumador e do não fumador, está a solução.

A comunicação social dá hoje a conhecer mais uma tentativa de “invasão” do espaço individual por parte de um grupo de antitabagistas. Agora, o que está em causa é fumar ou não dentro do carro próprio. Há dias surgiu também propagandeada a possibilidade de numa próxima revisão da Lei, se vir a proibir fumar nos passeios à porta de estabelecimentos e noutras áreas com ventilação instalada de acordo com a atual legislação.

Era o que mais faltava que o Estado viesse agora mandar no interior do meu carro, da minha casa ou de qualquer outro espaço só meu e onde só eu estou.

Acho que a Lei tal como está é equilibrada e não necessita de ser mais restritiva.

Os fumadores hoje, duma forma geral, estão sensibilizados para os direitos dos não fumadores, das crianças ou de outros grupos de cidadãos que, pelas mais variadas razões, devem ser protegidos do tabaco e doutras formas poluentes.

A atitude da sociedade face aos fumadores deve ser civilizadora e não repressiva extrema.

Silvestre Félix

O PESO IBÉRICO...


A “Jangada de Pedra” funcionou e hoje, em Lisboa, os governos Ibéricos acertaram posições, para já, face ao próximo Conselho Europeu no sentido de se distanciarem da “tragédia grega”.

É muito positivo que assim seja e que, duma vez por todas, a “Península” se imponha com o peso que lhe é devido.

Penso que a “Jangada” navegaria melhor com governos de orientação NÃO liberal mas, faltando melhor, já basta assim!

Silvestre Félix

1613, 1617 e 1621 Trilogia de Pedro de Vasconcelos


Acabei de ler, há alguns dias, o último romance desta agradável obra (três em um), 1621 publicado em Maio de 2009. Para trás já tinham ficado 1613 de 2005 e 1617 de 2007.

Os amores e as aventuras começam nas rotas marítimas e praças estabelecidas pelos navegadores portugueses durante todo o século XVI no oceano Índico. Desde o rendilhado de ilhas do arquipélago indonésio com fortalezas construídas em Flores, Solor e na nossa bem conhecida Timor, passando pela grande Java, feitoria de Malaca até chegar a Goa na costa do malabar. Até aqui tratam os dois primeiros romances com abordagem objetiva à subordinação espanhola por parte dos portugueses desde o desastre de Alcácer Quibir em 1580. O correr dos acontecimentos romanceados demonstram o declínio lusitano, dando lugar a um protagonismo cada vez mais evidente de Holandeses, Ingleses e Espanhóis.

O Último romance, 1621, faz o caminho de regresso à Europa, partindo de Goa por mar e aportando à costa ocidental de Marrocos. Aqui, o autor introduz novos protagonistas e, enriquecendo a estadia dos principais em terras africanas com várias e gostosas aventuras. A passagem para a Europa vem acompanhada de muitas referências cabalísticas dado o envolvimento na trama duma perseguição sem tréguas da odiosa “santa inquisição”.

Independentemente do interesse da narrativa romanceada, este trabalho de Pedro Vasconcelos também é muito útil para quem queira saber um pouco mais da história do antigo Império português do Oriente e da desastrada, criminosa, injusta e inoportuna expulsão de Judeus de todas as terras administradas pelos portugueses.

Pedro Vasconcelos nasceu em Lisboa em 1961. As edições são da “Oficina do Livro”.

Silvestre Félix

AS PENSÕES E A MEMÓRIA...


Seria justo e seríamos mais felizes se nos lembrássemos só das coisas boas da vida. Mas como? A (habitual) injustiça ganharia porque a “taluda” sairia só a quem já tivesse conhecido coisas boas. Os restantes, a quem nunca calhou mais nada a não ser a “fava”, ficariam na mesma, ou seja, infelizes e de bolso vazio.

É um problema de justiça e de memória que, por estes dias, tem andado (a memória) mais curta que o normal.

De facto, muitos eleitores do atual Presidente da República mostraram-se surpreendidos e alguns até indignados (??) com os valores das pensões e outros rendimentos auferidos pelo Professor quando, há menos de um ano, durante a campanha eleitoral para as presidenciais, esta questão foi completamente escrutinada mas que, ainda assim, a maioria dos boletins de voto mereceram uma cruzinha à frente da foto de Aníbal Cavaco Silva.

Uma coisa é a forma atabalhoada como Cavaco tentou “lamentar-se” da eventualidade de não vir a receber os subsídios de férias e Natal do BdP. Outra é, não sendo de maneira nenhuma sua intenção, ter dito ao País que desconhece ou que se está borrifando para a situação de pobreza duma grande parte dos portugueses. Não é a primeira vez que faz afirmações que vão neste sentido e muito provavelmente não será a última. Se é o que pensa ou não, pouco importa, porque, nas funções que desempenha; «não basta ser, é preciso parecer».

Por isso, para quê tanto espalhafato?

Comem todos à mesma mesa sempre bem farta!

Muitos dos que agora clicam no “gosto” de mais uma fotomontagem do “Aníbal pedinte”, não voltam a votar nele porque este é o último mandato.

Silvestre Félix

CORPO HUMANO…


O corpo humano também tem prazo de validade.

Imagine-se um escrito na testa de forma bem visível – Usar de preferência antes da data indicada no verso deste corpo.

Acontece que, como sempre, o usuário humano, não liga nenhuma ao escrito e continua a dar-lhe uso (ao corpo) como se não tivesse um fim destinado e certinho.  

As falhas e avarias vão surgindo e o recurso às modernas técnicas de renovação e reciclagem são cada vez mais frequentes. Em resultado desses “arranjos”, ao prazo inicial acrescenta-se novos tempos de “garantia” de uso e, então, o corpo lá vai percorrendo novas etapas garantidas pelos habilitados técnicos de saúde com a preciosa ajuda do motivado e enérgico espírito que não vira a cara a qualquer novo desafio.

É por isso que, teclando, volto com o corpo arranjado e o espírito renovado.

Aproveitemos este Sol, fonte de vida mesmo para além do prazo de validade…

Silvestre Félix

21 de Janeiro de 2012 – 1º dia de Guimarães, Capital Europeia da Cultura

RATING E OS PÉS DE BARRO


Será que é agora, com o corte do “rating” (de AAA para AA+) do Fundo de Resgate Europeu (FEEF) pela S & P, no seguimento dos cortes da passada sexta feira, que a Merkel e o Sarkozy vão perceber que as “barbas do vizinho já arderam todas” e que agora lhes toca a eles também?

O paradigma tem de mudar! A Europa não pode continuar na “bicha pirilau” comandada pela Chanceler e pelo Presidente em “fim de linha”.

A luta é de galos e o “Dólar” já cá anda há muitos anos…

O capital especulador não desiste dos seus rendimentos só porque os dirigentes europeus se reúnem de vez em quando para ouvir predileções e imposições da líder alemã. Enquanto a UE fornecer pretextos para aumentarem juros, o doloroso caminho dos mais fracos não acaba.

A reunião de hoje, da Concertação Social, é um bom exemplo de como toda esta política neoliberal está assente em “pés de barro”. As propostas do Governo têm sido um desastre e demonstram uma completa falta de bom senso.

Silvestre Félix

ERA UMA VEZ UM PASTEL DE NATA…

Era uma vez um pastel de nata…

A história começa como, deste o princípio dos tempos, muitos milhões de outras histórias começaram. Pode parecer ser infantil mas não, nem tudo o que parece, é!
Em tempos que já lá vão, numa terra muito distante e fria, havia um menino que sonhava ter um novo brinquedo a que daria um nome que não aparecia muito claro – Podia ser só natas, natas de Belém, pastéis de Belém ou, ainda, pastéis de nata. O menino, depois de acordar, ficava sempre muito inquieto com esta importante incerteza – O nome correto do brinquedo!
Deste lado do mundo, à beira mar criado, o “pastel de nata” com que o menino sonhava, fazia o seu saboroso percurso tornando-se figura importante do reino. Adoçava a boca de nacionais e estrangeiros, deambulava pelos corredores do poder, impunha-se nas mesas reais e plebeias chegando mesmo a servir de moeda de troca para resgate de importantes medidas económicas que tardavam em ser objeto de acordo na Concertação Social.
Entretanto, o menino que sonhava lá na terra fria e distante fez-se homem e, certa manhã, navegando pelo “Google Earth”, passou por Lisboa e descobriu a rua de Belém e, por arrastamento, os célebres “pastéis de Belém”. Agora, o homem que continuava a sonhar, não mais parou de dissecar sobre; natas, natas de Belém, pastéis de Belém e pastéis de nata. Havia de descobrir tudo sobre o seu sonho de criança.
Quando queremos muito uma coisa, mais tarde ou mais cedo acabamos por conseguir …a coisa! Depois de muita pestana gasta e de noites inteirinhas sem dormir, certo dia, sem perceber (expressão verbal que o acompanharia durante muito mais tempo) porquê e porque a história começa por – Era uma vez…e por isso tudo é possível, o menino, agora homem feito, estava no Palácio da Ajuda, próximo de Belém, a tomar posse duma super pasta ministerial que haveria, mais à frente, de tratar da temática das “natas”.
Estava finalmente traçado o futuro brilhante deste sonhador menino que se fez homem com barba e que, mercê do desenvolvimento gastronómico e científico das natas, das natas de Belém, pastéis de Belém ou pastéis de nata (continua a ter muita dificuldade em acertar no nome certo), devolveu (decerto sem perceber como) a este reino à beira mar plantado, algum sentido de humor…
pobres, mas limpos de espírito e, neste caso, “doce espírito”!
Era uma vez um pastel de nata…
Silvestre Félix

A MADEIRA E A CRISE!

Ninguém gosta de ser maltratado e “quem não se sente, não é filho de boa gente!

Nestas duas frases enquadram-se todos os cidadãos nacionais que não sejam madeirenses, considerando a odienta maneira como Alberto João Jardim os vem tratando há mais de trinta anos.

Não fosse esta postura desmedidamente abrutalhada, quase sempre despropositada, ofensiva e injusta como este senhor se refere aos restantes portugueses e especialmente aos Órgãos de poder nacionais, não me admiraria que fosse objeto de simpatia e apoio generalizado em todo o território nacional, em resultado do desenvolvimento empreendido pelos seus governos na Região Autónoma da Madeira, mesmo que para isso se tenha endividado para além do razoável. No fundo, não fez diferente do que aconteceu a nível nacional.
Esta permanente agressividade de AJJ em relação a tudo o que seja do “conti(e)nente”, tem tido, ao longo do tempo do “seu” poder, efeito inverso do pretendido. Aplica-se por inteiro a máxima:
“Não é com vinagre que se apanham moscas!”
Mesmo com a “corda na garganta” e com o acordo de resgate financeiro à frente, não resiste a mais uma provocaçãozinha, ameaçando não o assinar e provocar uma crise política.
Já ninguém o leva a sério. O seu “reinado” chegou ao fim!
Silvestre Félix

NOMEAÇÕES


“Ora agora danças tu, ora agora danças tu mais eu!”

A dança das nomeações ou, como agora se diz usando a influência linguística anglófona na moda – “Job’s for the boys!”

Falam demais e sem qualquer legitimidade os que no seu passado de poder, puxaram de ferramentas e ofereceram os apetecíveis lugares a portadores de cartão partidário ou, pelo menos, aceitaram que eles, os candidatos, se desfizessem em promessas de seguidismo incondicional e entrega em breve, da respetiva ficha de inscrição.

Também estão mal os que, agora na defensiva, vão à mesma caixa de ferramenta e não resistem a dar-lhe uso idêntico quando antes bradavam e batiam com as duas mãos no peito em sinal de respeito pela sua verdade e honradez.

O ruído que dum e outro lado (todo o arco do poder) se produz, é eficaz veneno para os ouvidos dos portugueses que, porque muito que tentem, não conseguem fugir de os ouvir…

“os cães ladram e a caravana passa! (pobrezinha porque nos levam o pouco que temos)

Silvestre Félix

80 ANOS E O SNS…

Quem diz, em Portugal, com a maior das calmas que, «hemodiálise para quem tem mais de 80 anos, só se a pagar», não merece ter tribuna nem para pedir desculpa aos milhares de portugueses que, mais uma vez, ofendeu.

Ninguém tem dúvidas que o acesso ao Serviço Nacional de Saúde, como nós o conhecemos, está em perigo. A orientação ultra-liberal e mercantilista, maioritária na atual governação, não vai olhar a meios para atingir os “números” troikanos.
O que ouvi ontem naquele debate a propósito do SNS é grave. Teve no entanto o mérito de nos alertar para o que aí poderá vir.
Silvestre Félix

PREVISÕES OU ADIVINHAÇÕES?


No princípio de cada estação (mais ou menos de 3 em 3 meses), há por aí umas organizações – mundiais, europeias e nacionais – onde predominam os “sabichões” economistas, que se entretêm a fazer e publicar previsões duma série se dados económicos que serão, mais à frente, sucessivamente revistos em alta ou baixa, conforme lhes sopra o vento.

No meio disto tudo, quando as previsões são publicadas, os analistas e comentadores passam noites inteiras a falarem da coisa.

Hoje, foi o Banco de Portugal a publicar as suas previsões de inverno. Lá vieram umas quantas revisões aos números que tinham previsto no Outono passado

Em vez de se deitarem a adivinhar, porque não esperam pelo fim do período e, aí, com os dados do INE, já poderão botar todas as “faladuras” que entenderem.

Silvestre Félix

A MAÇONARIA E O BOM SENSO!

Nos últimos dias, algumas parangonas, têm associado a “Maçonaria” a factos menos aconselháveis, protagonizados por parte da nossa classe política.

Como acontece de vez em quando, a discrição das organizações maçónicas, ajusta-se para servir de bode expiatório a muitas culpas não assumidas na sociedade e, principalmente, na área política, como recentemente aconteceu nas secretas.
Não sendo simpatizante da "prudência" que baliza as práticas maçónicas, consigo enquadrá-las do ponto de vista histórico e social e, até certo ponto, admiro, quando cumpridas, as grandes obrigações e compromissos dos maçons. Haverá “ovelhas negas” como em todo o lado que, quando detetadas, são expulsas do rebanho.
O bom senso aconselha a que cada um trate da sua parte. Não seria nada bom para o País que os maçons, para frequentarem as suas “lojas”, tivessem que voltar à clandestinidade como acontecia no tempo da ditadura.
Silvestre Félix

VIANA DO CASTELO E OS ESTALAEIROS!


Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) são o último reduto da nossa história quase milenar, no que respeita à construção naval.

Infelizmente, os nossos “troikados” governantes, movidos pela orientação ultra-liberal e mercantilista, não estão preocupados com história nem com imperativos nacionais que não somem mais uns milhões às receitas do Estado para garantir as metas orçamentais.

Hoje se resolverá o futuro do que resta deste setor industrial que tanto prestígio e “divisas” deram ao nosso País. O irónico disto tudo é que os ENVC até têm encomendas. Não têm é dinheiro para comprar o material necessário à construção das embarcações em carteira nem para pagar aos empregados.  

A viabilização e continuação dos ENVC por capital privado, misto ou público, era a melhor coisa que podia acontecer aos cerca de 650 trabalhadores e à cidade de Viana do Castelo.

Silvestre Félix

E OS ANOS VÊM…


Ano vai, ano vem…

Neste tempo terreno os anos gastam-se e não se renovam. Aqueles rostos que por mim passam com as rugas mais acentuadas clicam a contagem automática. Eu também por lá passo e sinto que…
os anos vão e os anos vêm, gastam-se e não se renovam.
E, para qualquer lado que me vire, dou de caras com um político que fala, com um analista que analisa e uma dúzia de comentadores que comentam. Falam, falam e já ninguém os ouve e muitos menos alguém retém alguma frase, alguma ideia.
Ano sai, ano entra…
ontem, anatomia viçosa, hoje rugas e curvatura de costas.
Em qualquer Natal, em qualquer ano que vem, falam, falam como se alguém acreditasse muito no que dizem. Nunca cumprem e até se esquecem que já prometeram ou já se lamentaram do mesmo há décadas.
Ano vai, ano vem…
e nem uma luzinha ao fundo do túnel…
Silvestre Félix

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...