Nos meus tempos de Carga Aérea, os preços eram publicados pela IATA (Associação Internacional que regula o transporte aéreo de carga e passageiros) e vinculavam todas as transportadoras associadas e seus agentes. Os prevaricadores eram os que, clandestinamente, ofereciam preços diferentes.
Isto era no tempo (não foi na Idade Medieval) em que os mercados eram regulados. O ponto de partida era igual para todos e, por isso, a cativação de clientela, exigia muito mais imaginação. O cliente não decidia pelo preço mas sim pela qualidade do serviço. A fasquia era alta, nunca parava de subir e atingiam-se níveis de qualidade muito altos.
Hoje, com a desregulamentação, as pequenas e grandes decisões, resumem-se a simples atitudes economicistas. Não interessa nada a qualidade do produto ou do serviço, mas sim o preço de venda e as “luvas” que sobram. As políticas ultra-liberais, que têm dominado o ocidente nos últimos anos, promovem a mediocridade. A globalização só beneficia os chamados “emergentes”. É certo que estes Países mereciam ascender a melhores níveis de desenvolvimento mas, não deveria ter sido à custa da descida de outros. Hoje, as coisas estão diferentes, mas, ainda não há muito tempo, os produtos que por aí encontrávamos “made in China”, era como se tivessem um carimbo de “falta de qualidade”.
Com a eliminação das barreiras alfandegárias e os produtos dos “emergentes” a entrarem portas dentro, a economia ocidental tinha necessariamente de dar uma cambalhota. Uns aguentaram-se melhor que outros e, no que respeita à “decadente” União Europeia, só a Alemanha está forte do ponto de vista financeiro, económico e com todo o poder sobre os 27 que o usa quando quer e da maneira que mais lhe interessa em cada momento.
Bom, mas voltando à Carga Aérea. Soube-se ontem, que a Comissão Europeia, multou onze companhias de aviação de várias partes do mundo num total de 800 milhões de euros, por alegado desrespeito da lei da concorrência. São, as companhias em questão, acusadas de estabeleceram um cartel mundial no transporte de mercadorias entre 1999 e 2006.
Nota explicativa!
A Lufthansa e a sua filial Suíça (Swissair) receberam IMUNIDADE e não vão pagar nada porque colaboraram na investigação.
Palavras para quê? A Lufthansa é a companhia aérea de bandeira da ALEMANHA!
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