A sensação
de que tudo está preso por fios é aflitiva!
A nossa
classe política continua a transmitir uma insegurança e uma desesperança, sem
limite!
Deviam
calar-se todos e só falarem quando tivessem alguma coisa de jeito para dizer
aos portugueses e, até lá, trabalharem para um único partido – Portugal!
Continua
muito atual aquele anúncio de há uns anos (ainda de vacas gordas),
protagonizado pelo humorista Ricardo A
Pereira:
«Eles falam, falam, falam mas não
fazem nada!»
Os que deviam
executar bem, decerto não o estão a fazer porque um mar de gente, supostamente
sabedores da coisa, assim o dizem. Mas, por outro lado, quando se pergunta como
é executar bem, as explicações são demasiado vagas e redondas para que possam
ser consideradas em alternativa.
A propósito
do crescimento económico, que todos sabemos ser o objetivo do País mas que
ninguém tem a solução concreta para lá chegar, contava ontem o Dr. Vitor Bento no “Fórum da Antena1”, uma história que costumava ouvir do seu (acho) avô: (Não é uma citação à letra. Desenvolvimento da minha responsabilidade)
«Numa quinta rural desenvolveu-se
tamanha praga de ratos que o dono resolveu arranjar um gato com fama genética
de caçador, para os dizimar. O gato lá começou a sua tarefa e, perante a eficaz
ameaça, o líder dos ratos convocou uma assembleia com o fim de reagir à
situação e arranjar solução para o problema. Do meio da assistência, levantou a
cabeça um rato com feições de inteligência farta e disse:
– Eu acho que o maior problema é a maneira silenciosa como o gato nos
caça. Como não o ouvimos, ele chega de surpresa e não temos tempo de fugir.
Na assembleia, um a um, todos foram
concordando com o diagnóstico apresentado, mas…, e soluções?
Entretanto, levanta-se outro rato e
diz:
– Eu tenho uma proposta para resolver o problema. Pomos uma coleira com
um guizo no pescoço do gato e, assim, quando ele se aproxima, ouvimos o barulho
do guizo e fugimos.
– Boa, boa, aprovado, aprovado! (gritaram todos na assembleia e até o
líder, em duas patas, festejou a aparente vitória antecipada sobre o malfadado
gato)
Quando o líder já ia dar por
terminada a assembleia, levanta-se em duas patas, esticando uma das dianteiras
em direção à mesa, um ratito meio enfezado que, com um fiozinho de voz muito
sumida, diz:
– Muito bem, eu também concordo, mas quem é que vai pôr o guizo no
pescoço do gato?????»
Por falta de resposta, a história
acaba aqui!
Silvestre Félix