A CAMINHO DO ALTO DA BONITA

Esta passagem terrena, a que chamamos vida, devia ser aproveitada pelo bem, de maneira a não deixar espaço ao mal.

É utópico, eu sei, mas é legítimo ter esse desejo.

O Zé Gordo (para os amigos), encaixa perfeitamente na abrangência desse meu desejo. Ele merecia porque era um homem bom.

Que descanse em paz.

SBF

O BALNEÁRIO

Duma maneira geral, a comunicação social e alguns comentadores, esforçaram-se por inocentar o ex-director desportivo para o futebol do Sporting e respectivas claques, carregando a culpa dos incidentes “de balneário” após o jogo com o Mafra, em Liedson. Porquê? Não gostam do homem, não gostam do verde ou gostam muito do ex-director?

O que se passou dentro do balneário, não é público, mas o resto toda a gente viu e não ficam dúvidas: O avançado não gostou de ouvir os assobios em consequência do “frango” do Guarda-Redes e é legítimo que não goste como nenhum profissional gosta (ponto-final).

As pessoas são como são e o ex-director, como toda a gente, tem o seu feitio. Lembro-me bem duma cena de “primeira página”, há uns bons anos, quando o Artur Jorge era o seleccionador da nossa selecção. Ou seja, o que não se pode admitir é a tendência para se resolver tudo ao “murro”, ainda por cima, quando se exercem cargos de direcção e comando de grupos de pessoas. Quando essa tendência é incontrolável, então o melhor é sair, como aliás, acabou por acontecer.

O Liedson só não quis fazer vénia a quem, algum tempo antes, assobiou e sapateou, pela infelicidade dum seu colega de trabalho.

SBF

A MINHA INFÂNCIA ROUBADA

De Diaryatou Bah

«Outubro de 2003. Estou em Les Lilas, que fica em Seine Saint-Denis, nos subúrbios de Paris.
Estou cheia de frio, metida nesta toca de quinze metros quadrados. O meu marido foi para África e deixou-me cem euros. Segundo ele, chegam para me aguentar dois meses. Comprei leite e pão, e como sopas de pão no leite várias vezes por dia. Deixei de me lavar. Para quê? Também já não sei se vale a pena vestir-me, de qualquer maneira, além daquilo que trago vestido, pouco mais tenho. Sinto o coração a bater, mas não estou dentro do meu corpo. Já nem sequer as nódoas negras me doem. Já não sinto nada. Passo os dias a olhar para o vazio ou para a televisão. Ninguém. Nada. Só o barulho da televisão, em fundo – De repente, ouço a voz de uma mulher a contar uma história que podia ser a minha…»

Foi a partir deste momento que Diaryatou Bah, jovem guineense (Guiné-Conacry), agarrou a última réstia de forças, e conseguiu dar mais uma oportunidade à sua vida.

A história de Diaryatou, é comum a muitas mulheres africanas. Quando a “vida-física” vinga, de muito cedo começa o sofrimento. Desde a mutilação genital aos sete ou oito anos, até a um casamento por obrigação aos treze ou catorze anos, tudo de mau pode acontecer a estas jovens. São autênticas escravas entre os seus e obrigadas a obedecer cegamente ao marido.

Diaryatou, como todas as meninas da terra dela, foi submetida ao ritual da mutilação genital aos oito anos e aos catorze casou com um homem trinta anos mais velho, que a levou para a Holanda, prometendo-lhe o paraíso.

Clandestina, sem meios de subsistência, Diaryatou foi brutalizada, humilhada, violentada. Por duas vezes engravida e, sem assistência médica, por duas vezes aborta, aos catorze anos.

Consegue fugir aos dezoito. Depois de, pela terceira vez, ter dado à luz um bebé morto.

Depois de se libertar, vive em França (2007), prosseguindo os seus estudos e esperando um dia ser “legalizada”.

A narrativa de “A minha Infância Roubada” foi passada ao papel por Sylvia Tabet, uma das pessoas que ajudou Diaryatou a sair do pesadelo.

É uma Edição da Dom Quixote com 1ª edição em Outubro de 2006.

SBF

(Gravura: Capa do Livro)

LÍNGUA PORTUGUESA

É urgente a implementação do – Novo Acordo Ortográfico – em Portugal.

Para os portugueses, as alterações até nem são assim tantas, e muito menos, complicadas.

Comprometemo-nos com a sua entrada em vigor em 2010, e continuamos sem fazer nada, a nível oficial, para o concretizar.

CLICAR AQUI para saber mais qualquer coisa acerca do AO, publicado há dias pelo portal SAPO.

SBF

AS PRESIDENCIAIS E MÁRIO SOARES

Mário Soares não perdoa a Alegre. Até afirma estar de acordo com Cavaco neste ponto. «É inconveniente falar das presidenciais nesta altura. Ainda é muito cedo.»

É inconveniente e cedo, porque se trata de Manuel Alegre.

Mário Soares é um ícone maior da nossa democracia, e disso não há qualquer dúvida. Mas este ícone, também consegue ser inflexível mesmo tratando-se de relações de longa data. Foi há 25 anos com Salgado Zenha, e agora com Manuel Alegre.

Nesta altura porém, bem podem, Mário Soares e os seus apaniguados, tentar condicionar o lançamento da candidatura de Manuel Alegre, que não têm qualquer hipótese de se saírem bem.

Quero ressalvar no entanto, que a vitória de um candidato da esquerda, contra Cavaco, é que me motiva. Não tem que ser necessariamente Manuel Alegre, embora, neste momento, e depois da sua disponibilidade, estar em melhores condições do que qualquer outro.

SBF

A TAL MEDALHA

Existem todas as razões para que o “ZÉ” se interrogue, porque não tem direito também a uma medalha com o selo de “Belém”?

O “Zé” também é filho de Deus, ou não?

O eminente” medalhado”, até é simpático e esforçado mas… daí, até merecer a «Grã-Cruz da Ordem de Cristo», vai uma distância muito grande.

É verdade que o homem de Belém não pode descansar sentado, e, sendo assim, até se compreende que recorra às mais inesperadas ideias, na tentativa de travar qualquer concorrente à próxima eleição.

SBF
(Gravura: Wikipédia)

“UM ATENTADO À LIBERDADE”

É o que afirma o ex-inspector da PJ Moita Flores, conforme se lê hoje em toda a imprensa, sobre o julgamento a propósito do livro, do também ex-inspector da PJ Gonçalo Amaral.

Eu também acho que é uma tentativa de contrariar a liberdade de expressão dum cidadão livre.

A proibição do livro fez-me recuar 35 anos. Na ditadura, era frequente assistirmos a livros serem proibidos e à respectiva recolha das livrarias. O que se fez com este livro não é muito diferente.

Eu até nem alinho incondicionalmente com a tese de Gonçalo Amaral, mas acho que tem todo o direito de defender o que pensa sobre o assunto.

Escandaloso, é os pais da menina desaparecida, virem pedir em tribunal milhões pela ofensa da honra.

SBF

O TERRAMOTO DO HAITI

Todos temos a tendência para nos queixarmos de tudo e de todos.

Quando estamos com uma gripe, com uma dor de cabeça, quando o dinheiro não chega para concretizar os nossos sonhos, quando nos rebentou um cano em casa, quando faltou a luz durante duas ou três horas, quando um pneu do carro furou, quando o filho mais velho teve uma negativa a matemática, quando o filho mais novo chega a casa e diz que não gosta da professora, quando a personagem preferida da telenovela das dez, afinal não é a boa pessoa que pensávamos, quando a dieta não faz o efeito que dizem no anúncio, quando… quando… quando… estas coisas acontecem connosco, somos os mais desgraçados e os mais infelizes do mundo.

Raramente olhamos para o lado!

Existe de facto desgraça, e muita, pelo mundo fora.

A experiência da vida, nem sempre fácil, todos os dias me prova que sou um felizardo. O meu “sofrimento” é uma “gota-de-água” comparado com o verdadeiro sofrimento.

O terramoto do Haiti e o sofrimento que está a causar, é demais para o ser humano!

SBF
(Foto: Sapo)

O PRÓXIMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Quem será?

Cavaco Silva vai conseguir manter a tradição, e, tal como aconteceu com os seus antecessores depois do 25 de Abril, permanecer em Belém um segundo mandato?

Parece-me que, de todos, é o que tem menos garantias disso acontecer.

Continua a não haver dúvidas que o voto universal dos portugueses é à esquerda e, não fosse a ambiguidade do PS nas últimas presidenciais, teríamos hoje um Presidente da área da esquerda. Naquela altura, o líder do PS, estava convencido que se ia entender melhor com Cavaco do que com um Presidente de esquerda. Foi um tiro no pé e aprendeu da pior maneira.

Manuel Alegre já tem um discurso diferente do que tinha há 4 anos e Sócrates já se refere a ele, como seja, o seu candidato. Manuel Alegre também teve a sua parte de culpa por não ter havido, em 2006, um único candidato apoiado pelo PS. Eu acho que agora está mais perto da posição certa e tem condições para mobilizar o voto de toda a esquerda. Continua, no entanto, a haver um problema – A conquista do voto das franjas da direita do PS e dos soaristas.

Eu acredito que o tempo de Cavaco Silva em Belém está a chegar ao fim.

SBF

ABAIXO O FRIO!

O frio gela-nos as mãos, os pés, a ponta do nariz e todas as outras pontas que se atrevam. O frio gela-nos a cabeça, a barriga, as canelas e o coração.

O frio não é todo igual. Há o frio de inverno como o de ontem, há o frio dos pesadelos com nó na cabeça, mas também há o frio dos sonhos, quando finalmente acordamos para a realidade.

Não consigo compreender como há pessoas que vão atrás do frio.

De gelado, só é bom o que se “come”. Tudo o resto que é frio; é mau, é deprimente e faz mal à alma.

O frio só faz mal. Mesmo o frio que inventamos quando é Verão, tem o seu lado maior que é mau.

Abaixo o frio!

Hoje, amanhã e todos os outros dias.

SBF

(Foto: DN Online)

O CASO ESMERALDA

Nenhum dos intervenientes está isento de culpas. A menina em questão, agora com sete anos, está a levar com outro “trambolhão” na curta vida – A mãe biológica requereu o poder paternal e a guarda da filha.

Esta gente está toda doida. Estão a causar muito mal à criança, todos eles. Comportam-se como se tivessem na corrida da conquista de um qualquer troféu.

Os nossos tribunais têm sentenças conhecidas que não os abonam nada nesta especialidade.

No caso concreto desta miúda, já sentenciaram em todos os sentidos; A favor dos pais “adoptivos”, do Pai biológico e agora vamos ver. Ninguém se importa com o drama que a criança está a passar.

Por mim estão todos condenados – Os pais e as mães, os advogados, os juízes, técnicos da segurança social, assistentes sociais, pedopsiquiatras, psicólogos e todos os que, duma maneira ou doutra têm contribuído para a vida desgraçada desta menina.

TRIBUNAIS, ORGANIZEM-SE: Pensem por uma vez na criança e ignorem as pretensões dos outros. SALVEM A ESMERALDA!

AQUI a notícia do “Publico Online”.

SBF

(Foto e dicas do Público Online)

CARTÃO DE CIDADÃO

O "amarelo", de que já não me lembro o número, do Cais do Sodré subia a rua do Alecrim, Camões, entrava na da Misericórdia e D. Pedro V, Príncipe Real, na da Escola Politécnica, largo do rato e Alexandre Herculano até à Conde Redondo ao cimo, no cruzamento com a Gomes Freire. Era o destino… isso, rua Gomes Freire 195, Arquivo de Identificação de Lisboa, que agora é o edifício todo da Polícia Judiciária.

Na aproximação e nos cafés em frente, magotes de escriturários ambulantes com impressos e esferográfica na mão para preenchimento dos papéis para obtenção do bilhete de identidade. A oferta de serviço incluía a fotografia que se tirava de imediato numa das lojas próximo, e, se fosse caso disso e o cliente tivesse dinheiro no bolso, até garantia um bom lugar numa das bichas para o efeito no interior do edifício.

Para se tirar o BI, era preciso tirar, pelo menos, uma tarde ou uma manhã. Este filme, podia ser visto na tela da vida até há quinze parcelas de tempo contadas em anos.

O meu último BI caduca este mês e ontem fui tirar o meu Cartão de Cidadão. Primeira coisa que fiz, na passada 6ª Feira, telefonei com o fim de agendar o meu atendimento. Uma voz feminina muito simpática, perguntou o nome e para que localidade queria o agendamento. Disse-me logo que, em Sintra, havia disponibilidade em três horários para o dia 7 (ontem) e que o local era a 2ª conservatória do registo predial de Sintra. Fui lá ontem à hora marcada, e em dez minutos despachei-me. Tudo informatizado, muito profissional, sem qualquer incómodo e dum momento para o outro fico com um cartão que vale por cinco (BI, contribuinte, Utente SNS, Segurança Social e eleitor), assinatura digitalizada e acesso a um sem número de serviços de apoio ao cidadão, com utilização de pin’s pessoais.

Independentemente da crise, o Portugal de 2010 com o “simplex” a funcionar, não tem nada a ver com o mesmo Portugal de 2005, é que até somos bons nisto, só que não há quem nos valorize, antes pelo contrário.

Não esqueçam – Para tirar o CARTÃO DE CIDADÃO, telefonem primeiro para (Lisboa) 217 231 237 e façam o agendamento.

SBF
(Gravura: Wikipédia)

DOENTES DE CANCRO

Espero que as noticias que correm sobre a racionalização dos centros de tratamento de cancro, não tenham, como principal motivação, economizar mais uns “trocos”. Se for isso, vai sair borrada. Toda a gente percebe que pode haver necessidade de corrigir algumas situações, até porque as circunstâncias mudam, mas, quando a questão é o orçamento, normalmente o cidadão, mesmo sendo doente de cancro, vira “número”, e aí, está tudo estragado.

Por falar na, outra vez badalada, regionalização, todos esperamos que não façam o contrário com os doentes de cancro, e não os juntem todos em novos centro de tratamento em Lisboa, Porto e Coimbra.

SBF

ORÇAMENTO

Parece que o bom senso conseguiu vencer a sede de protagonismo de alguns políticos da nossa praça.

Começa a sentir-se o peso da responsabilidade, e, contra a vontade de muitos, os entendimentos para uma aprovação maioritária e credível, do Orçamento Geral do Estado para 2010, são uma realidade de aplaudir.

Como País, e para cada um de nós, interessa que se instale a confiança, e que o orçamento dê garantias à comunidade internacional que as contas públicas estão controladas e que no final do ano o deficit e o endividamento estejam mais baixos.

É claro que também convém não sermos ingénuos, tudo isto é negociado e os “preços de tabela” não são baixos, mas a mim que me importa? Não me interessa nada que umas coisas passem pela direita e outras pela esquerda, desde que os portugueses sejam os principais beneficiados.

Estão condenados a entenderem-se! E é isso que nós queremos.

SBF
(Foto: Wikipédia)

“SINAIS DE FOGO” DE JORGE DE SENA

A narrativa é do Jorge e “ela” é a Mercedes. «Ela entregou-se-me e possuiu-me atentamente, minuciosamente, numa concentração que lhe cerrava com força os olhos e lhe cravava as unhas nas minhas costas, e que não queria que eu, nem para começar, me soltasse dela.»

É um pequeno trecho do extraordinário romance de Jorge de Sena, “Sinais de Fogo”. Foi leitura da minha juventude e que em boa hora a “Guimarães Editores” reedita agora. O livro já tinha feito parte da minha prateleira mas, sem saber porquê, provavelmente um “daqueles empréstimos”, eclipsou-se e não voltei a encontra-lo. Passado todo este tempo, vi notícia sobre a publicação desta nova edição e não descansei enquanto não o comprei.

Lá para as bandas da Figueira da Foz, um grupo de amigos gozava tempo de descanso pelos idos anos de 1936, com a Guerra Civil de Espanha em “cima da mesa”, e, de entre eles, um despertava para a sexualidade, para a política, e para tudo o que mexia à sua volta.

“Sinais de Fogo” é um ícone da literatura portuguesa, e, o seu autor, um maior das nossas escritas. É imperdível! Foi adaptado ao cinema por Luís Filipe Rocha em 1995.

Jorge de Sena nasceu em Lisboa em 1919 e morreu em 1978 nos Estados Unidos, na cidade de Santa Bárbara na Califórnia onde viveu desde 1970. Como tantos portugueses, também ele foi vítima do regime fascista e teve que partir para exílio em 1959. Instalou-se no Brasil onde esteve até 1965 tendo viajado para os USA afim de leccionar na Universidade de Wisconsin. Os seus restos mortais foram transladados de Santa Bárbara para Portugal em Setembro de 2009 e depositados no Cemitério dos Prazeres. A sua obra é enorme, contam-se perto de 50 títulos entre poesia, prosa, ensaio e drama.

A edição é da “Guimarães Editores” em Novembro de 2009.

SBF

(Gravura: Capa do livro digitalizada)

A ALTURA DO DESPERDÍCIO


A inauguração da “torre do Dubai”, é o melhor exemplo demonstrativo do desprezo que os detentores do dinheiro têm pela população em geral.

SBF

(Foto: Wikipédia)

A FUGA DE PENICHE

A fuga de Peniche, como ficou conhecida, foi o pior “pontapé” que o regime fascista podia ter levado naquela altura.

A resistência organizada, o Partido Comunista Português, conseguia abanar a muralha repressiva do regime da ditadura.

Álvaro Cunhal e mais nove camaradas seus, fogem da fortaleza de Peniche e regressam ao trabalho da clandestinidade uns, e outros partem para o exílio.

Faltavam 14 anos para o 25 de Abril que culminou a longa etapa de resistência destes e de muitos outros anti-fascistas.

O Diário de Notícias publicou hoje, a propósito dos 50 anos da fuga de Peniche, entrevista com Eugénia Cunhal, irmã de Álvaro Cunhal, que li com muito gosto.

SBF

ACORDO ORTOGRÁFICO

A língua de Camões corre sério risco, de perder o seu peso e importância universal, se Portugal não adoptar rapidamente o acordo ortográfico que assinou em 1991, confirmado em 2008, com a aprovação no Parlamento do Segundo Protocolo Modificativo.

Não entendo porque é que o Ministério da Educação recuou, ao não concretizar a aplicação das novas regras do acordo, já para 2010, nas escolas portuguesas. Certamente não foi para fazer a vontade a alguns velhos do Restelo que teimam em não entender que a língua portuguesa, há muito que deixou de ser nossa – de Portugal! O império já não existe. Podem vir muitos como o Professor Vasco Graça Moura, chamar nomes menos simpáticos aos membros activos da CPLP, nesta questão da língua, que o tempo não volta para trás.

É urgente que, a nível da CPLP, se desenvolvam competências nesta matéria, de modo a criarem directivas para todos os países cumprirem. Considerando o superior interesse da comunidade, todos terão que adoptar normas e regras comuns, ou seja, o acordo existente.

Acho que é este o caminho para salvar a universalidade da nossa língua, e muito depressa chegar aos 300 milhões de falantes, consolidando o terceiro lugar nas línguas ocidentais a seguir ao castelhano e ao Inglês e muito à frente do francês e do alemão, quinta nas línguas nativas e sexta nas línguas falantes.

Portugal, sem paternalismos, mas com a responsabilidade que lhe compete, tem a obrigação de dar o exemplo e avançar urgentemente com as mudanças previstas no acordo.

Muita ACÇÃO é necessária, e não deixa de se dizer da mesma maneira e de significar o mesmo, quando, com as novas regras, se escrever – AÇÃO.

SBF
(Gravura: Mapa da Lusofonia - Wikipédia)

E A ESPREITAR FUI EU!

A segunda década do século, desponta hoje com uma ponta de sol à espreita.

E a espreitar fui eu, depois de alguns dias cinzentos, e aqui cabem todos os cinzentos que se possam imaginar: O meteorológico, o deprimente, o de dor física, o psicológico, enfim, todos os que, de um momento para o outro, tenhamos capacidade para detectar ou, até, inventar.

Mas, voltando ao “fio da meada” dizia – E a espreitar fui eu, levado pela sede da “bica” matinal e do jornal de papel, sim… papel, porque agora quando nos referimos a jornal, é indispensável explicar se é de papel, online ou da TV. Bom, mas dizia que fui espreitar e nada, tudo fechado, como aliás é normal e merecedor para quem trabalha nos restantes dias do ano.

Logo que me lembrei do justo descanso, pus o “motor de busca” a trabalhar e… lá terá de ser, um posto de combustível ou, como aprendi a dizer – Bomba de gasolina. Lá me dirigi para a “bomba” da galp em Mem Martins em frente ao novo “modelo”. Isso mesmo, há “bica”, que é saborosa, tem mesas, cadeiras e tem jornais de papel…, espera lá…, mas vi hoje na SIC N que hoje só há o JN e o Jogo. É isso mesmo, não há crise, vai o JN.

Pouca gente na “bomba”, até parecia que as três funcionárias estavam à minha espera e à minha saudação, «bom dia e um bom ano novo para todas», corresponderam a esse meu exclusivo com um sorriso prolongado e, em uníssono «obrigado e bom ano».

Os sorrisos e a “boa onda” assim pela manhã, no primeiro dia do ano, no primeiro dia da década, ajudam a superar qualquer tristeza, qualquer dor física ou psicológica.

O meu “bem-haja” para todos os que têm de trabalhar hoje, especialmente quando nos recebem sorrindo.

SBF
(Gravura: Net)

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...