O DIA SEGUINTE À VISITA DE LULA E DILMA

Nestes dias em que nos obrigam a comer doses sucessivas de intervenções dos “inteligentes”, de Divida Soberana, de Deficit, de Juros e sei lá mais o quê, desde que seja mau, foi um balão de oxigénio ter a oportunidade de ouvir pequeninas passagens dos discursos de Lula da Silva.

As nossas televisões deram bem mais destaque à visita do Príncipe Carlos e à da Cornualha do que à do Ex-Presidente Lula e à atual Presidenta Dilma.

No entanto tiveram sempre o cuidado de transmitir aqueles momentos únicos de televisão:

Sempre que o repórter conseguia chegar perto de um dos dois visitantes, mesmo que já tivessem perguntado dez vezes, lá vinha a sacramental pergunta. «O Brasil vai comprar dívida portuguesa?» Triste espetáculo! Parece ser a única coisa que interessa às nossas televisões.

Esta dupla visita, na comunicação social portuguesa, devia ter sido destacada pelo simbolismo histórico e de realidade fraternal que une Portugal e o Brasil e, por sua vez, ao restante mundo Lusófono.

Silvestre Félix

OS PROFETAS DA DESGRAÇA EM GRANDE

Alguma imprensa estrangeira, fazendo coro com tudo o que são as redes financeiras universais, vai contribuindo para o ataque cerrado ao EURO que, nesta fase, corre através da perspectiva do resgate de Portugal. Esta ação consertada acontece, principalmente, em jornais e revistas anglófonas, tanto Ingleses como Americanos. Alguns jornais foram buscar as imagens de Portugal dos anos sessenta do século XX, para ilustrar notícias que vão transmitindo. A Inglaterra não faz parte da zona euro e, nos USA, quem manda é o dólar. Por outro lado, todas as agências de notação financeira, lobys e carteis ligados ao grande capital, são Americanas. Ou seja, as “Sedes” dos tais “mercados” são New York e Londres.

Como é costume, os nossos “profetas da desgraça” estão cada vez mais contentes e não perdem nenhuma oportunidade para voltar a dar destaque a todo o tipo de estatística negativa para Portugal. As positivas não interessam.

O que me angustia é que, sem Governo nos próximos 3 meses tudo pode piorar.

Silvestre Félix

LULA DA SILVA

É um gosto ouvir Lula da Silva.

Informalmente, respondendo a jornalistas, ou discursando e abordando temos com lógica e com pertinência.

Dizia ontem na tribuna da sala do Senado, onde recebeu o prémio norte-sul atribuído pelo Conselho da Europa, que a composição do Conselho de Segurança reflete a realidade de meados do século XX e já não nada a ver com o mundo atual. Não há verdade mais verdadeira. Como é possível que este órgão mantenha membros permanentes que correspondem às potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial?

Também gostei de o ouvir dizer, mais de uma vez, que o FMI nunca resolveu e não é agora que vai resolver os problemas de algum País.

E digo eu – Resolve e garante no terreno o lucro agiota das redes financeiras universais que se escondem atrás da virtual designação de “mercados”.

Silvestre Félix

EXÉRCITO DE TESOURAS

Há dias em que tenho a sensação de que fomos invadidos por um exército de tesouras.

Sim! Tesouras !!!!

Ontem veio uma e cortou um nível nas empresas tais, tais e tais… Hoje veio outra e cortou nos bancos a, b, c, d… Amanhã há-de vir outra para cortar na dívida soberana.

E assim vamos sustentando a nossa indignação e aumentando a ferida patriótica.

Os parceiros (?) da UE estão sempre de acordo com as medidas propostas e, em todos os encontros, dão muitas palmadinhas nas costas.

No dia seguinte fazem as contas com outro lápis. Ouvem os conselheiros económicos para ver quanto aumentaram os lucros com os juros das dívidas soberanas, chamam os diplomatas dos negócios estrangeiros para acertarem a estratégia de bloqueio das investidas comerciais dos periféricos e ainda se dão ao luxo de criticarem publicamente Órgãos de Soberania de outros membros da (des) União, que, só por mero acaso, também são periféricos.

O que mais me chateia é que nós criamos todas as condições para alojarmos este exército e outros parecidos. E, mesmo assim, para que não lhes falte nada, todos os dias nos encarregamos de lhes fornecer, ao vivo e em direto, todo o tipo de argumentos para que as tesouras mantenham a operacionalidade.

Silvestre Félix

JUSTIÇA?

As últimas notícias sobre a “lama” do processo “Casa Pia” ilustra bem como podemos confiar no aparelho judiciário.

Os depoimentos antes considerados testemunhos fundamentais são agora desmentidos e substituídos por versões completamente contraditórias, deitando por terra toda a construção da acusação.

Se do ponto de vista teórico, todos os depoimentos (anteriores e atuais) podem ser verdadeiros ou falsos, então, em que se baseou o tribunal para chegar às condenações?

Eu não acredito mais nuns do que outros e nunca alinhei em movimentos a favor deste, ou contra outro. Deixei-me sempre aberto às conclusões da justiça porque, por uma questão de princípio, acho(ava) que é(ra) o certo!

Neste momento, considerando a criticável atitude das instituições que se pronunciam em nome dos Magistrados deste País, da postura, antes de tudo, corporativa (à antiga) dos Órgãos Judiciários, do (não) andamento (para o bem e para o mal) dos processos chamados de colarinho branco, dos sucessivos atropelamentos ao segredo de justiça e de todas as injustiças a que estão sujeitos os cidadãos anónimos de Portugal, etc., etc., por isso tudo, estamos todos entregues aos bichos.

Menos mau – O empate da Seleção frente ao Chile. Da maneira como isto está, empatar já é muito bom.

Silvestre Félix

MAIORIA ABSOLUTA?

Passos Coelho, quer que o PSD tenha maioria absoluta nas próximas eleições!
Eu também quero ganhar o euromilhões…
Silvestre Félix

O EX-SELECIONADOR

De Carlos Queiroz já se sabia que viria discurso e respostas aos jornalistas visando os seus detratores. Já o mesmo não se pode dizer relativamente a um atleta no ativo e que também foi selecionado do ex-selecionador. Pepe não se deve referir a assuntos completamente alheios à sua condição de jogador e ainda por cima quando a seleção está concentrada.

O ex-selecionador não tem papas-na-língua e, como é seu hábito, acaba por falar muito mais do que a conta. Mas, ainda assim, tem uma grande margem de tolerância porque, tudo o que lhe fizeram merece castigo e, com certeza, não é isso que vai acontecer, acabará por ficar assim mesmo. Se o seu tempo tinha chegado ao fim, despediam-no e assumiam as responsabilidades, mais nada!

O Tribunal Arbitral do Desporto deu razão a Carlos Queiroz e repôs a capacidade profissional do Professor. Não era difícil acreditar neste desfecho. Só se lamenta que este Tribunal não tenha poder para punir a outra parte.

A punição, a toda a estrutura do futebol português, traduz-se pela não eleição de Gilberto Madail para a Comissão executiva da UEFA. Parece pouco mas não é. Ficamos completamente de fora do “gabinete” que gere o futebol na Europa e com muito peso na FIFA. Há muitos anos que não estávamos tão em baixo em termos de influência nas instâncias internacionais do futebol.

Tudo por causa de uns “meninos” caprichosos que pensam podem mandar no País, como mandam no seu quintal. E agora, como é que ficam?

Silvestre Félix

O “MANGUITO” E O DESPREZO!


Muitos são desprezíveis pelo uso que fazem da sua condição e não merecem a consideração do povo que neles um dia acreditou.

Silvestre Félix

“INDIGNAI-VOS!” - De Stéphane Hessel

Hoje peguei num pequeno livro que me chamou a atenção pelo título:

“INDIGNAI-VOS!”

É, de fato, o sentimento que mais me percorre nestes dias e, tenho a certeza, há grande maioria dos portugueses.

Este pequeno livro de menos de 50 páginas está no TOP TEN da FNAC (passe a publicidade) e, acredito que muitos potenciais compradores lhe pegam por impulso como aconteceu comigo. O autor é Stéphane Hessel, de nacionalidade francesa com 93 anos de idade.

Foi elemento ativo da Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial, preso em campos de concentração nazis de onde se evadiu sempre.

Foi um dos redatores da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, em resultado da sua longa e participativa vida, é um inconformado.

Neste pequeno livro desafia todos os que se sentem subjugados pelos poderosos do mundo, a procurarem os motivos de tanta indignação.

«Os motivos podem não parecer muito lineares», diz Hessel, mas, se pensarmos um pouco: Quem comanda? Quem decide? Nem sempre é fácil distinguir, umas das outras, as correntes que nos governam, porque, na realidade elas, as correntes, cumprem as diretrizes dos “invisíveis” mercados, dos grandes grupos financeiros.

E, entretanto, o fosso entre os muito pobres e os muito ricos, não pára de crescer, na Europa os estados sociais sonhados e, enfim, criados após 1945, estão a ser postos em causa e os rendimentos de quem trabalha inverteram a tendência de crescimento.

Hessel transmite uma pedagogia pacífica, e credita que podemos manifestar a nossa indignação através duma “insurreição pacífica” utilizando todos os meios ao nosso alcance, nomeadamente, os decorrentes das novas tecnologias.

A edição é da responsabilidade da “Editora Objectiva” e a primeira é deste mês de Março com tradução de Paula Centeno.

Silvestre Félix
(Imagem: Capa do Livro digitalizada)

MÁRIO SOARES, CAVACO SILVA E O PAPA!

Mário Soares, na habitual crónica de Terça-feira no Diário de Notícias, apela a Cavaco Silva para que quebre a sua barreira de silêncio e intervenha junto dos partidos afim de evitar a queda do Governo e consequentemente, a paragem do País durante dois ou três meses até que se realizem eleições.

Cavaco Silva não vai ligar nenhuma a Mário Soares e, nem que fosse o Papa a pedir-lhe, faria alguma coisa para travar ou inverter o caminho que as coisas estão a levar. Quem faz um discurso como o da tomada de posse não pode estar mais de acordo com a queda do Governo. Aliás, a clareza com que expressou a sua oposição (excessiva) à ação governativa, despoletou o arranque decisivo para o fim de Sócrates como Primeiro-Ministro.

Esta permanente incerteza em que temos vivido no último ano, sobre se o Governo cai ou não, é desgastante, sendo preferível acabar com isto duma vez. O que me angustia é que o resultado das eleições, muito provavelmente, não vai resolver o problema da qualidade da maioria, e a questão é – absoluta ou relativa – seja lá qual for, dos dois, o mais votado. Os portugueses estão cansados dos nossos políticos, dos partidos e de tudo o que cheire a política. Sentem-se enganados e têm razões de sobra para isso. Nos últimos tempos, os políticos têm sido inimigos de si próprios porque criaram todas as condições para que as populações desconfiem de todas as instituições do nosso Estado democrático.

Independentemente de todos os problemas económicos e financeiros, é urgente restaurarmos a confiança dos portugueses nas instituições democráticas. Saltitam por aí muitos adeptos de “manhãs de nevoeiro” com um D. Sebastião montado num cavalo branco para salvar a “Pátria”. Há adeptos e há candidatos, por isso, é imperioso devolver credibilidade à nossa democracia.

Silvestre Félix

A CAMINHO DAS ELEIÇÕES!

Não há pachorra para continuar a ouvir as declarações dos nossos políticos, dos comentadores e até dos simples pivôs ou leitores de notícias que os inteligentes escrevem.

É eleições não é? Então vá de andar com isso rapidamente e sem olhar para trás!

Pode muito bem acontecer que os resultados, em vez de resolverem, ainda compliquem mais as coisas. Toda a gente percebe porque é que o PSD quer ir sozinho às urnas. Olham para o seu umbigo e têm esperança de alcançar uma maioria absoluta para fazer com o CDS o que muito bem entenderem. Defeitos em ter mais de metade dos deputados, só existem quando se está na oposição. Muita gente acha que uma coligação pré-eleitoral PSD/CDS criaria uma dinâmica vencedora irresistível ao eleitorado indeciso mas, para isso, Passos Coelho tinha de partilhar o palco com Paulo Portas e, pelo que já se viu, não é lá muito do seu feitio.

Pois bem, o que pode vir a acontecer?

O PSD conseguir um número de deputados que, juntamente com os do CDS, não cheguem para a maioria absoluta. Se for assim, não têm outra saída se não irem bater à porta do PS e fazerem figas para que este (PS) se tenha esquecido da forma como antes foi tratado. O mais provável é que, uma vez na oposição, o PS faça exatamente o que os outros agora fazem.

Ou seja, depois das eleições, do ponto de vista político, podemos estar na mesma ou ainda pior.

Às vezes sonho com o aparecimento de um novo partido com pessoas credíveis e que conseguisse renovar alguma confiança na política por parte dos portugueses. Um novo contrapeso que fizesse funcionar o fiel da balança e que retirasse aos velhos partidos do arco do poder aquela certeza de que, se não ganharem agora, ganham para a próxima.

Silvestre Félix

PAPAGAIOS (a preto e branco!)

Porque não se calam?

Já enjoam!

Marquem lá as eleições e deixem-se de fitas.

Estamos todos fartos!

Também tenho direito a ter dias NÃO, e a não ter paciência para vos ouvir.

Silvestre Félix

NOVA GUERRA

O homem precisava duma lição mas, parece-me, já ter passado o tempo da sua fragilidade!

Khadafi, embora com uma realidade diferente a partir de hoje, está em crescendo e vai ser um osso duro de roer.

Enquanto a comunidade internacional refletiu, ele e os seus “camelos” organizaram-se.

Hoje começou uma nova guerra que, como todas as outras, nunca se sabe quando, nem como acaba!

Silvestre Félix

ESPETÁCULO DEPRIMENTE!

A luta pelo poder está ao rubro!

Desde que foram conhecidos os resultados eleitorais das últimas legislativas e a consequente constituição do Governo minoritário do PS, que o cenário de eleições antecipadas ficou a jeito para, oportunamente, ser montado.

O que está a acontecer agora não é novidade para ninguém, pelo menos desde o Verão passado e, nesta conformidade, o PS e o Governo deveriam ter tido mais tato e não pôr o corpo a jeito tantas vezes, de forma que, a oposição, não arranjasse pretexto para os encostar à parede.

A luta pelo poder embebeda os espíritos e, enquanto a “garrafa” não está vazia, correm em direção ao objetivo sem olhar para os lados e muito menos para trás. Não interessa o País nem os portugueses, só estão disponíveis para o sustento da sua clientela.

Nesta altura faço o possível para não ouvir notícias que não estejam filtradas e muito menos os debates no Parlamento. No entanto, é inevitável que mesmo à posteriori, não acabe por ouvir alguma coisa. Com intervalos pequenos, às vezes de dias, desdizem o que já tinham dito, ou então, para situações similares, defendem posições opostas porque as premissas ou os objetivos são diferentes.

É um espetáculo deprimente!

Silvestre Félix

O BEIJA-MÃO!

Repararam bem naquela ridícula cerimónia do que eles chamam de (a meados de Março) “abertura do ano judicial”?

Aqueles discursos enfadonhos que se repetem ano após ano ilustram bem como está o nosso sistema judicial. Cada um que sobe ao palanque fala para o próprio e para a sua “clientela”. O Presidente da República continua a “encher o verbo” e, mais valia, que tivesse a tentar evitar que o País pare para eleições. No meio daquele cinzentismo todo só consigo ouvir o Bastonário da Ordem dos Advogados.

Marinho Pinto, depois de ter tirado o colar institucional, dirigiu o seu protesto para a prepotência e arrogância dos magistrados. Este homem não tem “papas na língua” e não perde nenhuma oportunidade de dizer algumas verdades que muitos não gostam de ouvir.

Olhando para aquela mesa e para a plateia, lembrei-me de outros “beija-mão”, de outros tempos, com outros protagonistas mas que, alguns de agora, emitam muito bem.

Silvestre Félix

GUERRA COLONIAL

Este dia 16 de Março é, por mim, sempre lembrado como prelúdio do dia 25 de Abril de 1974. É bom lembrar a muito boa gente que, naquele Março de 1974, continuava ativa uma Guerra Colonial imposta pela ditadura ao povo português e aos povos das Colónias.

É preciso continuar a dizer que os jovens portugueses, na sua grande maioria, iam para a Guerra obrigados. A alternativa à mobilização para a Guerra era o exílio. Alguns, uma percentagem muito pequena, conseguiam fugir à tropa, saltando clandestinamente a fronteira para Espanha e, daí, para o resto da Europa.

Os que por cá estavam, assentavam praça, sempre na esperança de não lhes calhar a eles e, depois da especialidade, lá vinha a “bomba atómica”!

Quando o jovem era mobilizado para a Guerra, a tristeza varria a família, os amigos, as namoradas ou as mulheres e filhos, enfim, era a desgraça que se abatia sobre todos.

Ontem assinalou-se em Lisboa o 50º aniversário do início da Guerra Colonial. As datas e os acontecimentos devem ser lembrados com dignidade. É isso que se espera dum Presidente da República. Parece que em matéria de discursos, o mais alto Magistrado da Nação, não anda bem aconselhado ou então, é muito mais conservador do que é suposto ser, neste cargo, e no Portugal democrático.

Cavaco Silva «elogiou o empenho, a coragem, o desprendimento e a determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar», e aponta esta falsa realidade como «exemplo para os jovens deste tempo».

Mas qual empenho e determinação? Não tinham outra hipótese! Se lhes perguntassem se queriam ir, 9 em cada 10, diriam que não! Uma vez no terreno, aí sim, assumiam o seu destino malfadado – matar para não ser morto!

Nunca esperei, depois do 25 de Abril, ouvir um político do campo democrático português, dizer tais coisas.

Silvestre Félix

O MEXILHÃO

Os portugueses, em futuras eleições, deviam ser capazes de castigar a sério os nossos dois maiores partidos. Estão a prestar um péssimo serviço ao País!

Cada um por sua vez, só me lembro daquela caricatura:

Não f…e, nem sai de cima! (a crise está por baixo)

É como se tivessem injetado uma droga para se esquecerem completamente de tudo o que os rodeia, ou então decidido adotar aquela máxima dos três macaquinhos: Um tapa os ouvidos e não ouve, o outro os olhos e não vê e, finalmente, o terceiro com a mão na boca e não… não, aqui não se pode aplicar por todos falam demais.

No meio da desgraça e independentemente do Governo ter mais ou menos culpa da situação, eu ainda acho (embora não goste nada) que estão a fazer o que somos obrigados fazer, esteja lá Sócrates ou Passos Coelho. As condições objetivas são ditadas em Bruxelas/Berlim. Não estamos em posição de negociar o que quer que seja. Nesta conformidade, penso que o PSD está do lado errado, embora o Governo não esteja a facilitar e, o que faz constantemente é pôr o corpo a jeito.

Se tivéssemos um Presidente como deve ser em que o seu capital fosse a imparcialidade e, dessa forma, se apresentasse com credibilidade a todos os portugueses, o impasse podia ser resolvido, mas assim, abertamente em oposição ao Governo, não me parece que de Belém venha qualquer tipo de solução.

Mais uma vez, é sempre o mexilhão que lixa…

Silvestre Félix

SOBRE O JAPÃO


A nossa pequenez está bem ilustrada na catástrofe que se abateu sobre o Japão.

A prevenção aos efeitos de terramotos, adaptando a construção de edifícios aos constantes abanos, ainda consegue resultar numa redução significativa de danos materiais e humanos. O mesmo não se pode dizer relativamente aos tsunamis. As imagens do que aconteceu na 6ª feira, reduzem-nos à nossa real insignificância.

Para o rescaldo de tudo fica o pior – O desastre nuclear! Hoje houve uma segunda explosão na central de Fucoxima, que está em pior situação, aumentando o perigo da radioatividade se propagar.

O desastre está a relançar a polémica da utilização de energia nuclear. Nos Estados Unidos, na Índia e na Europa, começou a discussão e tudo o que tem a ver com este tipo de energia, vai ser escrutinado até à exaustão.

Neste tempo, já existem alternativas ao petróleo e ao nuclear, com potencial suficiente para ajudar a inverter a caminhada da humanidade para o abismo.

Silvestre Félix

(Foto: Público Online)

DE BAZÓFIA ESTAMOS NÓS FARTOS!

Neste fim-de-semana, a classe política portuguesa, tem dado sucessivas provas de que não merece o mínimo de consideração por parte dos cidadãos pagadores.

Com o péssimo contributo de Cavaco Silva, proferindo um discurso que mais parecia de líder da oposição do que de Presidente da República, ficaram criadas todas as condições para, mais uma vez, sempre em “meias-tintas”, se contestar a ação governativa. Como diz o Professor Jorge Miranda em entrevista ao Diário de Notícias de hoje, «O presidente tem de tirar as consequências do seu discurso». É isso mesmo, quem diz do Governo ou da sua ação, o que ele disse, não pode deixar andar como se não tivesse acontecido nada. Assuma as suas responsabilidades e dissolva a Assembleia. Porque não o faz? Tem todas as ferramentas para isso.

Passos Coelho não pode ficar à espera que Sócrates faça o que ele quer, ou seja, “declarar que não tem condições e apresente a demissão”. O Primeiro-Ministro já disse várias vezes que não o faz e, se não o fez na passada 4ª feira depois daquele discurso do PR, nunca mais o fará.

Se o PSD se revê no discurso de Cavaco Silva, se não concorda com as últimas medidas anunciadas pelo Governo, mesmo que estejam de acordo com a sua correligionária do PP Europeu, Chanceler da Alemanha e, na prática, líder da UE, então, que se chegue à frente, crie condições na Assembleia para mandar o Governo embora e vá para eleições. Também têm medo? De quê? Se não querem ou se não o podem fazer, então não travem a ação do Governo.

A discordância não é exclusiva do PSD. Não haverá um único português que esteja de acordo com estas ou quaisquer outras medidas de austeridade.

Do que se precisa é de alternativas… De bazófia estamos nós fartos!

Silvestre Félix

GERAÇÃO À RASCA

A expectativa antes e a certeza depois, encheram algumas artérias de Lisboa, Porto e outras cidades do País. O movimento da “Geração à rasca”, iniciado através do facebook, reuniu em Lisboa uma multidão entre 200 a 300 mil pessoas.

A genuína humildade dos promotores, a conseguida ausência de referências partidárias em cartazes e na maior parte das respostas aos repórteres de serviço, dão um acrescido valor ao protesto por todo o País.

Enquanto a nossa classe política se entretêm nas lutas mesquinhas de alecrim e manjerona, os jovens e toda a classe trabalhadora, sentem na pele os resultados de governações enfeudadas aos interesses duma hipócrita (de)União?? Europeia.

Silvestre Félix
(Foto: DN Online)

SEM SALDO NO TELEMÓVEL

Eu tenho muita pena daqueles que ficam sem saldo no telemóvel, principalmente quando têm ordenados na ordem dos 5, 6 ou 7 mil euros.

O que querem que faça, sou assim… um pinga lágrima!

Quem faz isto a uma pessoa que se mata a trabalhar, que acumula processos sobre bandidos de colarinho branco e de cor, que é o mais honesto de todos e por isso lhe disseram que é competente para julgar os outros, que só come na “cantina” porque em casa não lhe chega à mesa, quem faz isto, não merece dormir a noite descansada, tem de ser denunciado.

Denunciado?

Então e aquela coisa do “segredo de justiça”?

Ah! Se for de dentro para fora ninguém fica a saber?

Pronto, está bem, estamos sempre a aprender!

Coitados destes que só ganham 5, 6 ou 7 mil euros e ficam sem saldo no telemóvel. Eu tenho muita pena deles.

Neste País, ainda corporativo, há cada vez mais caricaturas das próprias caricaturas!

Silvestre Félix

TIMOR-LESTE E RAMOS HORTA

Em declarações à Rádio Renascença, Ramos Horta, Presidente de Timor-Leste, declarou que vai propor a constituição de uma aliança entre Países da CPLP, designadamente: Timor-Leste, Angola e Brasil, com o objetivo de comprar dívida pública portuguesa a juros muito mais baixos do que os mercados estão, neste momento a exigir a Portugal.

Acrescenta ainda que não é por uma questão de filantropia, é de solidariedade mas também porque se trata de um bom negócio. Neste momento, Timor-Leste, por força da Lei que regula as suas receitas do petróleo, tem de subscrever títulos de tesouro Norte-Americanos na percentagem de 90% a um juro muito inferior, ou seja, Dili está a perder dinheiro. Mais ou menos a mesma coisa estará a acontecer com o Brasil.

Timor-Leste e Ramos Horta não se esquecem do apoio que o povo português lhes deu aquando da sua luta pela independência da Indonésia.

Não sabemos se tudo isto fica pelas intenções, mas que faz muito bem ao ego da lusofonia, lá isso faz.

Alguém ainda acredita que fazemos parte de uma união (União Europeia)? Até podemos fazer, mas a expressão – solidariedade – foi riscada de todos os dicionários europeus!

Silvestre Félix
(Foto: DN Online)

MOÇÃO DE CENSURA

A moção de censura do BE apresentada e rejeitada hoje na Assembleia da República, não conta para nada. Só provou a incongruência da decisão do Bloco, tentando repor a sua agenda política depois das precipitações, pelo menos, nas presidenciais.

A verdadeira moção de censura ao Governo foi apresentada ontem, de viva voz, por Cavaco Silva. Só não provocou a queda do Governo porque o Primeiro-Ministro é José Sócrates.

Mesmo neste universo medíocre da política portuguesa, há muito boa gente que não ouviria este ataque direto ao Governo e à sua ação governativa, sem que, na hora, batesse com muita força com a porta, e, se possível, na cara de Cavaco Silva.

Silvestre Félix

PALAVRAS… LEVA-AS O VENTO!

As expectativas que a comunicação social foi criando à volta do discurso que Cavaco Silva proferiu hoje na Assembleia da República, após a tomada de posse para o seu segundo mandato, foram, de certa forma, correspondidas:

O Presidente da República fez o diagnóstico esperado e, como também já estamos habituados, colocou-se à parte de qualquer responsabilidade no que Portugal é hoje. Não inventariou as causas e muito menos apontou soluções. Cavaco Silva foi Primeiro-Ministro e líder do PSD durante dez anos e é Presidente da República há cinco. É uma das caras mais marcantes da nossa classe política.

O atual Presidente da República foi aplaudido só pelas bancadas do PSD e CDS. A sintonia perfeita. Cavaco Silva é dos políticos mais conservadores no ativo. Nenhum eleitor pode dizer que tenha sido enganado e, mesmo assim, Cavaco tem margem para fazer qualquer coisa de útil que não se fique pelo alinhamento das suas simpatias partidárias.

Entretanto:
Palavras… leva-as o vento!

Silvestre Félix

ROMANCE DE UMA CONSPIRAÇÃO de João Paulo Guerra

João Paulo Guerra é um nome e uma voz que conheço desde o tempo do «PBX» e «Tempo ZIP» no antigo Rádio Clube Português. Mais recentemente voz da TSF e, atualmente, da Antena 1.

As ruas e as colinas de Lisboa, da Graça ao Bairro Alto e à Madragoa, as perseguições aos democratas pelas denúncias dos “bufos” e a PIDE e a Legião ao serviço da ditadura. O drama familiar e os traumas de Pedro que havia de ser um dos protagonistas duma das mais belas páginas da história de Portugal: 25 de Abril de 1974!

O autor percorre, com a sua narrativa, um período muito presente para mim – Os antecedentes e o que se seguiu à revolução dos cravos. Identifico-me com Pedro, especialmente com a permanente vontade de não se sentir alinhado, de poder concordar ou discordar quando lhe apetecesse e, muito embora a sua condição de militar, ser, por natureza, um pacifista como fora seu Pai.

O romance de JPG ajuda também a perceber o papel de algumas forças ocultas durante o nosso processo revolucionário e não só! A contra-revolução era muito mais global do que à primeira vista se pensava.

Parabéns ao autor pelo excelente trabalho!

Edição da “Oficina do Livro”, a 1ª em Setembro de 2010.

Silvestre Félix

(Gravura: Capa do livro do site da editora)

MUDANÇAS NAS TELEVISÕES

Isto é que vai uma confusão!

As transferências entre televisões não param. Agora é o Nuno Santos que regressa à RTP para Diretor de Informação.

Sem pôr em causa a capacidade e seriedade profissional de cada um, esta facilidade com que trocam de “mesa”, não deixa de transmitir ao consumidor, neste caso, o telespectador, uma certa desconfiança no produto que vendem.

A RTP, até hoje, estava a perder nesta “dança” com a saída de JAC e JS mas, com o contrapeso de Nuno Santos, a coisa fica mais equilibrada.

As outras trocas da TVI para a SIC e vice-versa, até nem surpreendem, já as saídas do JAC e JS da RTP e, principalmente, a saída de Nuno Santos da SIC, são inesperadas. Esta última, denuncia mesmo algum clima desfavorável na SIC que continua muitos furos abaixo das legítimas ambições, em termos de audiências. Não tenhamos dúvidas que algumas apostas da SIC foram desastrosas. A qualidade não tem sido uma opção.

Hoje, 7 de Março, dia em que se comemora o aniversário da RTP, vai ser transmitida uma grande gala que tem como pretexto e pano de fundo, um dos melhores trabalhos que nos últimos tempos passaram em televisão: (LINKAR) “Príncipes do nada” de autoria e reportado pela excelente profissional que é Catarina Furtado.

Silvestre Félix

“LA PODEROSA II”

Morreu ontem em Cuba, Alberto Granado, companheiro de viagem de Ernesto Che Guevara por vários países da América do Sul na década de cinquenta do século passado.

Saíram de Córdoba, na Argentina, em 4 de Janeiro de 1952, montados na famosa mota “La Poderosa II” e, em finais de Julho, depois de passarem por Chile, Peru e Colômbia, chegam à Venezuela onde se separam. Che tinha 23 anos e Alberto 30. Fazem percursos distintos mas viriam a encontrar-se novamente em Cuba oito anos depois.

Ao contrário de Che Guevara, Alberto Granado não pegou em armas. Quando chegou a Cuba com a sua mulher e três filhos, dedicou-se ao ensino e à investigação tendo instalado uma escola de pesquisas biomédicas.

Especialista em genética molecular esteve no ativo até 1994.

Silvestre Félix
(Foto: Wikipédia)

O INVERNO DO NOSSO CARNAVAL

Bem se pode dizer que é azar. Ainda há três ou quatro dias estava um tempo cheio de sol e, agora, com os cortejos carnavalescos na rua, é que vem a chuva e o frio.
Continuo a não perceber, como é que alguns (a maioria) dos nossos carnavais, se apresentam como se estivéssemos no Verão. Na verdade é Inverno e quanto a isso não há nada a fazer. Porquê insistir?

O Carnaval brasileiro é um grande acontecimento naquele País e é referência à escala global. Todo o Brasil se mobiliza e, de fato, não há nada igual. Não há imitações possíveis e, para mais, no Brasil é Verão.

Voltando ao nosso, e considerando que nesta altura está sempre frio e às vezes chuva, as comissões (algumas) organizadoras têm, duma vez por todas, fazer carnavais que encaixem em termos meteorológicos e, já agora, que tenham a ver com as nossas tradições culturais.

Silvestre Félix

(Imagem: Caretos de Bragança – Google)

TRIGO E O MILHO-REI!

O preço dos alimentos não pára de aumentar em todo o mundo. As causas mais apontadas são a subida da procura por parte de alguns países emergentes, principalmente da Índia e da China, sem que haja uma variação correspondente na oferta e, ao invés, quebras na produção de cereais em geral, consequência de algumas catástrofes naturais como os incêndios na Rússia, seca, incêndios e inundações na Austrália e também inundações na Ibero-América e nalguns estados dos USA. Também como causa de alguma volatilidade nestes mercados, está o fato de muitos investidores, a partir da crise de 2008, se terem voltado para o mercado das matérias-primas, provocando saídas avultadas de capital no circuito dos alimentos.

A UE tem tardado, como em tantas outras coisas, em reagir com firmeza à situação. Há algumas semanas, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que dá indicações à Comissão Europeia para aumentar o investimento na agricultura. Realça a urgência de medidas e lembra que na UE ainda existem 79 milhões de pessoas que vivem abaixo do limiar de pobreza.

Com a gasolina cara, ainda se pode deixar o carro à porta, agora, sem dinheiro para comprar comida, a coisa pode aquecer. Os dirigentes europeus que se cuidem. O que se passa no Norte de África e Médio-Oriente pode funcionar como aviso.

No entanto, alguns Países da união, já estão a responder ao problema com a implementação de programas de emergência, recuperando o conceito de sector estratégico para a agricultura. Em Portugal, não parece que alguma coisa esteja a ser feita. Perante este problema que é global, no nosso caso ele é duplamente grave. Para além da questão do preço, connosco há um outro grande problema, a balança comercial. Em 2010 Portugal exportou cerca de 3,28 mil milhões de euros de produtos alimentares de origem agrícola, tendo importado 6,26 mil milhões de euros, praticamente o dobro. É urgente que o Estado encare esta questão dos alimentos como prioridade absoluta. Os nossos agricultores e aspirantes a isso, têm de ser incentivados a produzir.

Provavelmente vamos ter que ressuscitar as nossas hortas, os campos do Alentejo vão ter que voltar às searas de trigo, e o Minho, ao milho rei!

Silvestre Félix

(Dicas: Diário de Notícias)

ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DA ESTRADA

A corrida desenfreada na obtenção de receitas a todo o custo, mesmo com atropelamentos descarados aos nossos direitos, está a tornar-se obsessiva.

Esta tarde nas edições online, a propósito das alterações ao código da estrada aprovadas hoje no Conselho de Ministros, lê-se:

“Se o condutor não fizer depósito da multa no momento, documentos e viatura ficam apreendidos.”

Evidentemente que tenho dúvidas disto ser mesmo assim. Parece-me existirem muitas situações em que esta possibilidade – Ou paga ou não sai daqui – completamente fora de qualquer “bolha” de bom senso.

Por outro lado, e parafraseando o meu amigo Mota: «desde que vi um porco a andar de bicicleta, já nada me admira», é previdente dar alguma folga de crédito à notícia, não vá ser mesmo verdade.

É que, se assim for, temos que andar sempre com bolso cheio de notas. Mas dirá o “inteligente” – agora toda a gente tem cartão de multibanco – Pois, mas para a coisa funcionar tem de ter dinheiro na conta e, da maneira como as coisas andam em termos de finanças, está bom de ver que, até podemos ter cartões, mas os saldos é que podem estar secos.

Então e se o condutor não tiver nota nem cartão, como é? Vai preso? Mesmo que a infração seja mínima?

Esperam-se respostas do “inteligente”!

Silvestre Félix

O PAPA E O JUDAÍSMO

Em dia de visita do nosso “Primeiro” à “Primeira” da (UE?) Alemanha, criando uma bolsa de expectativa sobre o que vai ela dizer de Portugal nas declarações que habitualmente fazem no final dos encontros, surge na comunicação social uma notícia que, do ponto de vista histórico, obriga a que algumas páginas sejam arrancadas e, no aspecto cultural e religioso, mexe com muita profundidade em convicções milenares.

O Papa Bento XVI, em livro já escrito e a colocar à venda nos próximos dias, iliba totalmente os Judeus da morte de Jesus Cristo.

Pode parecer uma não notícia, tanto mais que já não é a primeira vez que representantes da Igreja Católica o afirmam, mas, o fato de ser o próprio Papa a testemunhar esta certeza com o seu escrito, é muito importante não só para as duas grandes religiões como para todo o mundo que perfilha uma perspectiva ecuménica saudável.

Bento XVI, com quem não nutria especial simpatia, tem-me surpreendido pela positiva. Qualquer Papa sucessor de João Paulo II teria sempre muita dificuldade em afirmar-se, e, por isso, admito ser injusta esta minha ideia pouco simpática em relação ao atual Papa. O que é certo, é que tem conseguido avançar com algumas opiniões, que sabemos não são consensuais no todo da Igreja, e que são autênticas reformas numa estrutura tão conservadora como é a Igreja Católica.

Para além do catecismo que nos era ensinado na catequese ou até na escola, os nossos ensinamentos religiosos de base, também por culpa da nossa negra história de inquisição, tinham uma carga muito negativa para os Judeus. Felizmente que, principalmente depois do 25 de Abril de 1974, as mentes se abriram e começamos a aprender o que era de fato o judaísmo, no fundo, um pouco das nossas raízes.

Silvestre Félix

DEMORAR 13 ANOS

Demorar 13 anos para formalizar a acusação de rapto qualificado sem que entretanto tenha surgido algum dado novo, é incompetência a mais.

Nestes dias não se tem falado de outra coisa. O desaparecimento de Rui Pedro em 1998 com 11 anos, não foi razão mobilizadora para a polícia fazer o que lhe competia – investigar!

Por muitas explicações que tentem dar agora, a polícia e o Ministério Público não conseguem convencer ninguém de que não houve muita coisa a correr mal.

Os pais do Rui Pedro nunca desistiram e, aquando do caso da menina inglesa no Algarve, exigiram os mesmos meios para a investigação do paradeiro do filho. Claro que as provas do eventual crime terão entretanto desaparecido e será muito difícil descobrirem agora o que aconteceu naquele dia 4 de Março de 1998.

Os nossos investigadores e as instituições que tutelam a justiça em Portugal, continuam a somar pontos negativos nesta sua caminhada para o abismo.
Silvestre Félix

NÃO FOI POR ESQUECIMENTO

  NÃO FOI POR ESQUECIMENTO Não foi por “esquecimento” que ao longo de 49 anos, a Assembleia da República nunca reuniu solenemente para ass...