Aderir, ou
não aderir a uma greve legalmente convocada, é um direito constitucional. São
cidadãos de igual importância, os que fazem e os que não fazem greve. Ambos têm
as suas razões que devem ser respeitadas. Uma ou outra opção não pode ser
questionada por ninguém.
Quando o
governante enaltece um destes dois cidadãos e, por oposição, condena o outro,
está a praticar um exercício discriminatório a uma parte considerável,
provavelmente à maioria, dos portugueses ativos.
Num dia
destes, o Primeiro-Ministro devia abster-se de comentar as opções dos
trabalhadores no que se refere à greve.
Silvestre Félix