GREVE-GERAL EUROPEIA


Aderir, ou não aderir a uma greve legalmente convocada, é um direito constitucional. São cidadãos de igual importância, os que fazem e os que não fazem greve. Ambos têm as suas razões que devem ser respeitadas. Uma ou outra opção não pode ser questionada por ninguém.

Quando o governante enaltece um destes dois cidadãos e, por oposição, condena o outro, está a praticar um exercício discriminatório a uma parte considerável, provavelmente à maioria, dos portugueses ativos.

Num dia destes, o Primeiro-Ministro devia abster-se de comentar as opções dos trabalhadores no que se refere à greve.

Silvestre Félix

O CERTO, O ERRADO E A POBREZA…


O certo, é termos acesso aos cuidados de saúde;
O certo, é conseguirmos uma boa educação, aprendermos cada vez mais e todos termos possibilidade de chegar ao ensino superior;
O certo, é termos uma alimentação adequada e ajustada às várias estações da vida;
O certo, é termos uma habitação condigna e confortável para toda a família;
O certo, é contribuirmos para o desenvolvimento da sociedade, trabalhando e sendo remunerados por isso.

Não é inevitável que todos estes “certos” passem a “errados”, só porque há uns quantos iluminados (??) por essa Europa fora e cá também, que acham estar muito bem sermos os novos escravos de outros tantos.

A pobreza alastra e os portugueses não «têm que aprender a viver com menos». Têm é de dar a volta e conseguir repor a justiça que, por direito, lhe pertence.

Também fiquei chocado e dececionado com as recentes declarações da responsável pelo Banco Alimentar Contra a Fome.

Silvestre Félix

“AMOR DO POVO”


A refundação, o orçamento, a troika, o deficit, a dívida, o governo, a oposição, a Europa, o euro, os que perderam a guerra mas que mandam nisto tudo, no parlamento, a retórica, o(s) passos (perdido(s)), seguro mas abanando, renegociar, bom corte e topo de gama…e o povo?

Em 1988 dizia, Agostinho da Silva, o Professor, no capítulo “Amor do Povo” dos escritos “Considerações”:

«Há também os que adoram o povo e combatem por ele mas pouco mais o julgam do que um meio; a meta a atingir é o domínio do mesmo povo por que parecem sacrificar-se; bate-lhes no peito um coração de altos senhores; se vieram parar a este lado da batalha foi porque os acidentes os repeliram das trincheiras opostas ou aqui viram maneira mais segura de satisfazer o vão desejo de mandar; nestes não encontraremos a frase preciosa, a afectada sensibilidade, o retoque literário; preferem o estilo de barricada; mas, como nos outros, é o som do oco tambor retórico que se ouve.»

Como dizia o Professor, estamos cercados de “aperaltados” que adoram o povo…

Silvestre Félix

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...