O PARQUE DO AMOR



A passagem era pelas escadinhas das Murtas, demorávamos o mais possível porque era uma boa maneira de ninguém nos pôr a vista em cima durante um bom bocado. Íamos descendo devagarinho até chegarmos cá abaixo à Volta do Duche, na entrada do parque da Liberdade, que naquele tempo não havia, e (o parque) se chamava de Salazar.

Conhecíamos todos os cantos do parque, e o romantismo dominava-nos em ponto a juventude que era a nossa. Ai … como aquela nublina sustentava o amor trocado em corpos ardentes e suspiros constantes, num recanto que até parecia preparado ao pormenor por muitos pares de namorados passantes.

O parque do Amor era fonte de inspiração para tardes dadas a paixões “queirozianas”, como se andássemos numa charrete de dois lugares por entre camélias e acácias sonhando com os mistérios de Sintra, descendo e subindo pelos caminhos da Serra e desembocando na Vila em frente ao Palácio.

Ela era a culpada de tamanhas façanhas, e eu, com ela, ia por todos os caminhos sem medo e seguro de que chegávamos lá. E sempre conseguimos chegar, até que, num dia de Primavera precoce, não chegamos. Não entendi à primeira nem à segunda, mas, à terceira percebi e fiquei a saber que as paixões são efémeras. Vão tão depressa como vêm!

IRAQUE



Como é que ainda há quem se empenhe na defesa da decisão unilateral do G.W.Bush em invadir o Iraque?!

Há algum tempo tomei finalmente a decisão de deixar de comprar diariamente o jornal “O Público”. Ia tendo sempre a desculpa da crónica do saudoso Eduardo Prado Coelho, mas agora, que ele subiu um patamar, não tenho necessidade nenhuma de passar pelos editoriais do JMF e de alguns artigos de opinião do JPP, e de outros chamados de “investigação” e sentir arrependimento por, mais uma vez, na hora de comprar o jornal, ter dito “O Público” em vez de outro qualquer.

Depois de alguns dos que apoiaram o G.W.Bush já terem reconhecido que não havia nada que se parecesse com armas nucleares e químicas de destruição maciça no Iraque de Saddam, não dá para entender como não mudam o discurso e deixam de inventar vantagens e benefícios para os Iraquianos no novo País ocupado.

Oxalá que esteja enganado, mas o mais provável é que o Iraque de hoje, acabe por ser divido para Curdos, Xiitas/Irão e Sunitas, pelo menos. Entretanto até agora morreram 200.000 civis Iraquianos e, só Americanos 4.000.

O Miguel Sousa Tavares no Expresso de ontem, escreve sobre esta temática e de que maneira. É de ler e chorar por mais.

MOÇAMBIQUE



Quando em Novembro de 1982 aterrei em Maputo, depressa me senti como se em casa estivesse.

Os nossos órgãos de comunicação social falaram um pouco de Moçambique durante a última semana a propósito da viagem Presidencial. Falaram um pouco, porque em circunstâncias normais não falam nada, só quando há cheias ou seca ou quando, como agora, vai lá o Presidente da Republica ou o Primeiro Ministro.

Conheço Moçambique e os Moçambicanos e a primeira impressão que tive naquele dia de 1982, mantêm-se, e é reforçada com provas de amizade que de lá recebo com alguma frequência e a que tento corresponder.

É boa gente e, independentemente da nossa história nem sempre nos ter colocado do mesmo lado, têm pelos Portugueses duma forma geral, uma admiração que às vezes até me é difícil compreender. Este sentir atravessa toda a sociedade Moçambicana considerando-se as excepções para confirmarem a regra. Para além de que entre os Portugueses também há muito indigno dessa condição.

É o que sinto e o que ao longo destes anos tenho como experiência no terreno, sendo muito difícil ler uma pseudo-reportagem na nossa imprensa, referindo-se depreciativamente aos Moçambicanos e da forma como eles se referem aos Portugueses. Das duas uma, ou é algum recalcamento do passado ou desconhecimento do presente, e, em qualquer dos casos, o melhor é ficarem calados porque só lhes fica mal pessoal e profissionalmente.

Aconselho como opção de férias.

O FUTURO DO TIBETE


O futuro do Tibete vai decidir-se nos próximos quatro meses, ou o governo Chinês consegue que a Comunidade Internacional não considere a causa dos Tibetanos suficiente para perturbar os Jogos Olímpicos, e as reivindicações do País do Dalai Lamas ficam por aqui, ou as pressões são eficazes com complicações ao normal funcionamento do J. Olímpicos e a possibilidade do regresso do actual Líder Espiritual a Lhassa é colocada na agenda dos Chineses, com as óbvias consequências a nível do retorno a uma verdadeira autonomia do Tibete.

Para já, alguns Líderes mundiais, vão receber ou visitar o Dalai Lama, e têm-se manifestado contra o actual estatuto em relação à China e vão admitindo uma evolução para a reposição da situação que existia há 40 anos.

REVISTA VISÃO

A Quinta-Feira para mim tem sempre uma mais valia, esteja sol ou chuva, tenha dormido mal ou bem, é dia da revista “Visão”.

Assim que a compro, a primeira coisa que procuro, ainda antes de ter olhado bem para a capa, é a crónica do António Lobo Antunes. Confesso que tenho dificuldade em ler os seus romances, mas as crónicas devoro-as rapidamente e mais que houvesse. Infelizmente esta semana não há crónica do A.L.A. ficando, ainda assim, toda a revista Visão, que para mim, é o melhor semanário da nossa imprensa escrita.

PARAGEM DE AUTOCARRO

Ao fim da manhã de hoje, passei na Av Miguel Bombarda pela frente da estação de Sintra, e, mais uma vez, me apercebi de lamentável espectáculo. Uma fila enorme de pessoas, que, pelo que se pode perceber à vista desarmada, eram na sua grande maioria turistas estrangeiros, esperando um milagroso autocarro que os levasse a uma daquelas maravilhas Sintrenses que nós tanto gostamos e apregoamos em todas as oportunidades.

É frequente a existência desta fila, uns dias mais pequena, outros dias como hoje, maior, mas é sempre deprimente e eu sinto vergonha. Não haverá ninguém com responsabilidade e que a assuma, corrigindo esta situação ?? Não é possível fazer ver ao operador rodoviário que deve normalizar a recolha de passageiros, eliminando esta fila que hoje ia desde a porta aberta da estação até à paragem junto ao quiosque ??

Este assunto já foi postado pelo Dr. João Cachado no seu blogue, que está sempre, e muito bem, atento ao que se passa em Sintra. Infelizmente é cada vez mais difícil fazer com que os nossos eleitos locais levem a sério os Sintrenses que só querem o melhor para a nossa Terra. Se todos os “pontos negros” contassem como votos, era vê-los aí a correr o dia todo de um lado para o outro.

LIÇÕES DE FIM DE SEMANA



- Li no jornal Expresso desta 6ª Feira

Moradores da Linha de Sintra reagem à insegurança!
Só saio à rua de pistola”

Lição: «É pior a emenda que o soneto»

- Li no jornal Expresso desta 6ª Feira

Disse a Deputada Zita Seabra: “Enquanto editora não posso deixar de estar completamente contra o acordo ortográfico”.

Lição: «Presunção e água benta, cada uma toma o que quer.»

- Li no Jornal Dário de Notícias de Hoje

“De dez em dez dias, a apresentadora norte-americana Oprah Einfrey voa no seu jacto particular de Chicago, onde vive, até Los Angeles, só para aparar as sobrancelhas. A imprensa americana já fez as contas: A vaidade fica-lhe em 31 mil euros.”

Lição: «Olha para o que digo, não olhes para o que faço.»

A Lagoa

A passagem p’ra outra margem naquela época era sempre pela 25 de Abril. Eco da Liberdade conquistada contra reacções pidescas e cabeças emparedadas em valores retrógrados que, para nosso contentamento, iam sendo cada vez menos.

Todos os Verões, e de quando em vez ao longo do ano, lá íamos direitinhos pela Lagoa até ao “Príncipe Real” não de terreiro mas de restaurante e apoio completo durante toda a estadia, com tantas recordações. As noites cantadas à banda da Lagoa e em cima do Oceano, com petisco, baladas e namoradas quando. Manhãs dormidas com sol tão alto que quase desaparecia num céu brilhante de luz reflectida da nossa Lagoa de Albufeira.

Do areal, e quando de saudades ficava, espreitava o promontório da Roca muito deitado lá ao longe como dizendo que descansado podia estar, porque quando avistasse o penhasco da Pena, toda a Serra de Sintra tranquila dormia.

Amores e desilusões fizeram parte do encantamento, marés e humores naqueles dias abrasadores, cerveja e vinho verde com fogo crepitando num luar cíclico e vinho do Porto a quinze de Agosto.

O nosso tempo foi, mas a Lagoa de Albufeira é duma beleza singular.

Piercing's


Esta do Grupo Parlamentar do PS, andar a gastar tempo com um projecto de Lei, que visa proibir a colocação de Piercing’s em várias partes do corpo, não dá com nada.

Eu acho que um projecto de Lei destes nunca será votado na Assembleia da Republica, mas, que assusta um bocado assusta, porque não lembra ao diabo que alguém se lembre de querer condicionar a utilização do corpo da forma que o é, aplicar um piercing.

Pessoalmente não aprecio esta moda, mas os que apreciam têm todo o direito de a ela aderirem.

Transcrito hoje no DN retirei, a propósito, este pequeno texto assinado por Paulo Gorjão dp “cachimbodemagritte.blogspot.com” – “Agradeço ao PS apresente um projecto de lei tão breve quanto possível sobre um assunto que me tem tirado o sono, Refiro-me (…) ao tipo de corta-unhas que posso utilizar.”

Entrevista do Dr.Fernando Seara ao DN


Com o pretexto da entrevista que o Senhor Presidente da nossa Câmara Municipal de Sintra deu ao Diário de Notícias, hoje (Domingo) troquei o habitual “Público”, pelo Diário de Notícias.

Na verdade, há já uns tempos que procurava uma desculpa para mudar de diário e aconteceu hoje. Não foi fácil porque neste tipo de coisas sou bastante conservador mas, tinha de ser. A orientação editorial não me agrada há bastante tempo, meteram-se em assuntos nunca bem provados com reincidências despropositadas e continuam a insistir com as setas apontadas aos mesmos alvos, o que, para um jornalismo de referência não é o melhor caminho, digo eu.

Correspondendo ao apelo da compra, dirigi a minha fome de leitura para a entrevista do Dr. Fernando Seara. Como sempre costumo fazer, comecei por uma diagonal, e apercebi-me rapidamente que de Sintra, “ZERO”! Bom, se calhar a diagonal foi mal feita, e comecei a ler a entrevista de princípio. Pois é, falamos das tricas do PSD, como aliás seria normal, do Engº Sócrates, da Judite de Sousa, de futebol, também das suas funções como coordenador do PSD para as próximas autárquicas, e de Sintra, para além duma referência decorrente das suas funções no partido, não disse mais nada.

Não sei quem é que teve mais culpa, se os entrevistadores se o entrevistado, mas acho que é uma falta de respeito por Sintra e pelos Sintrenses. Mesmo que não surgissem perguntas a propósito, o Dr. Fernando Seara deveria ter trazido o tema para prestar algumas “contas” aos Sintrenses.


Um Presidente da Câmara Municipal de Sintra nunca deixa de O ser, e em qualquer circunstância deve trazer Sintra bem à vista.

Manifestações no Tibete

Em ano de Jogos Olímpicos as coisas continuam a não correr muito bem para o Governo Chinês.Os Tibetanos, na capital Lassa, tem-se manifestado nos últimos dias contra a ocupação do seu território pela China.

Os poderosos do mundo, depois de uma semana de intensos protestos nas ruas, com o principal protagonismo para os Monges Budistas, a exemplo do que há alguns meses aconteceu na Birmânia, parece estarem a não ter mais argumentos para continuarem calados, e, timidamente, começamos a ver e ouvir algumas imagens muito incómodas para o poder Chinês.

A questão do Tibete é um assunto que não está de forma nenhuma resolvido, e o Governo Chinês não pode deixar de encarar a questão de frente. A oportunidade destes protestos, não será com certeza alheio o facto de os Jogos Olímpicos este ano acontecerem em Pequim, Capital da China, e assim, poder vir a provocar uma reacção da comunidade internacional com muito mais vigor do que seria normal.

Algumas declarações dos Chineses consideram já que o grande instigador das manifestações é o Daila Lama, mas, o que é verdade, é que nunca ouvimos ou vimos Daila Lama ter essa postura, antes pelo contrário, até acho que nas declarações que faz a propósito, pelo mundo fora, é sempre muito perdoário em relação aos Chineses.

Vamos ver se é desta que a ocupação do Tibete vai entrar na agenda dos grandes temas da política internacional, por mim, espero que sim!

Acordo Ortográfico



Finalmente chegou ao fim o romance do “acordo ortográfico”. A nossa língua, peça indispensável para o futuro dos laços que unem a Lusofonia no mundo, tem agora condições para se afirmar, como de facto é, uma das cinco maiores línguas faladas em todo o mundo.

Foi difícil entender todos estas anos de espera, e ainda mais difícil perceber como é que ainda existem “pseudo-puristas”, que continuam a achar que a Língua Portuguesa do século XXI, é um instrumento que deve ser imposto à maioria da comunidade Lusófuna.

Felizmente tudo acabou em bem, e por isso, estamos todos de parabéns.

NATUREZA HUMANA



A natureza humana é demasiado complicada.

São muitas as condicionantes que comandam a forma de estar de cada pessoa. Acho que tudo seria mais fácil se a humanidade fosse mais padronizada, e, neste caso, que o padrão fosse o bem e não o mal, como acontece na maior parte das vezes.

Uma grande parte das pessoas valoriza a diversidade. Dizem que se pensássemos todos o mesmo isto seria uma grande chatice, que era tudo amarelo, etc, etc. Eu também não vou ao ponto de dizer que deveríamos ser todos iguais, não se trata disso, o que eu quero dizer é que a humanidade devia ter formas de encaixe como se de um puzzle se tratasse. Exemplificando como se tivessemos a falar de cores; Um amarelo, com todas as suas características completamente inegociáveis em termos de partilha (quando digo “um” pode ser uma pessoa, um País, uma raça, um povo, uma comunidade religiosa, etc), a encaixar na perfeição num azul que, de igual maneira, guarda as suas características próprias.

Assim era tudo mais fácil, a humanidade era de certeza mais feliz, e não necessitava de se motivar pela dominação desta pessoa pela outra, desta comunidade pela outra, desde País, deste povo, deste…., o destino da humanidade não devia ser desgastar-se no desentendimento e no confronto.

Eu continuo a acreditar que um dos nossos grandes desafios é, conseguir encontrar caminhos certos para uma evolução mais vantajosa do Ser humano. O Homem e a Mulher merecem esse caminho se forem capazes de o trilharem com sabedoria e paz. É preciso acelerar a inversão e transformar a destruição em esperança de vida.

- Os dias têm estado muito cinzentos -

MANIFESTAÇÃO DE PROFESSORES


O nosso fim de semana noticioso foi dominado pela manifestação dos professores em Lisboa no passado Sábado.

À excepção da entrevista que a Ministra deu à Judite de Sousa na RTP na Quinta Feira, dumas declarações uns dias antes da confederação das Associações de Pais e da crónica semanal do Miguel Sousa Tavares no Expresso e de uma ou outra posição com menos peso, todo o universo da nossa imprensa falada e escrita tem sido parcial e colocou-se claramente ao lado dos protestos dos professores, perdendo muitas vezes a capacidade de análise e discernimento para entrevistar ou comentar com profissionalismo limpo.

Na verdade, os cidadãos deste País, não tiveram muitas oportunidades para perceber, ao longo destas últimas semanas, porque é que todos os trabalhadores hoje são cientificamente avaliados nas empresas onde trabalham, os outros Funcionários Públicos, duma forma geral, também já o estão a ser, e os Senhores Professores, porque pertencem a uma classe bem organizada do ponto de vista sindical, não podem, ou melhor, não querem ser avaliados.

Já lá vai o tempo em que não interessava trabalhar, ou trabalhar bem ou mal, ou, no caso dos Professores, ensinar bem ou ensinar mal, ou até faltar com muita frequência, para quê este tipo de preocupação se, quando atingisse aqueles “x” anos naquele escalão, subia e passava a receber mais de igual maneira. Já lá vai o tempo em que a formação continua não era importante, porque sabendo mais ou sabendo menos, despedido nunca podia ser e chegado aqueles anos na mesma categoria, subia e era aumentado de igual maneira que o colega que andou a
gastar as pestanas durante não sei quanto tempo, e, numa grande parte dos casos, em horário pós-laboral.

Pois é meus senhores, estas é que são as questões que se querem defender contra o sistema de avaliação proposto. Quando os repórteres os interpelam nas manifs, todos dizem que “não têm nada contra a avaliação, mas contra a maneira como está a ser feita” É treta, o que eles querem é que continue tudo na mesma, e que o nosso sistema de ensino, a quem confiamos os nossos filhos, seja o que lhes interessa como classe. O nosso sistema de ensino tem de estar ao serviço dos alunos nossos filhos e duma maneira geral, ao serviço da comunidade, e nunca para servir uma classe, mesmo sendo os professores.
É justo também dizer, e eu acredito, que a maioria dos Professores são bons profissionais, e que merecem todo o apoio e admiração da nossa comunidade.

8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER



A propósito das comemorações do Dia Internacional da Mulher, amanhã dia 8 de Março, eu dou;



UM VIVA A TODAS AS MULHERES DO MUNDO EM TODOS OS DIAS DO ANO!

COLÉGIO INTERNO



A propósito do “post” anterior, fico desesperadamente incomodado quando vejo miúdos de 9 anos, neste País que é o meu, ingressarem em colégios internos militares. O ensino (vertente académica) ministrado, até pode ter muitos méritos, mas, já o facto de ser em regime interno, separado dos amigos e de quem mais se gosta, na minha opinião, é muito mau. Eu nunca faria essa maldade a um filho meu. Aqui tem a agravante de ser um autêntico quartel de tropa prevalecendo toda a ordem e disciplina militar.

Estou a recordar-me duma grande reportagem transmitida há dias, salvo erro pela SIC, sobre um colégio com estas características, e percebi que alguns dos miúdos não gostaram nada da ideia, como aliás é normal. Uma arma devia ser o último objecto a mostrar-se a uma criança, aqui, e em qualquer parte do mundo. Neste colégio, não só se mostra a arma como se ensina a andar com ela, com certeza como funciona, e a considerá-la como fazendo parte do dia-a-dia do aluno.

Não me venham com a história que quando acabam aos 18 anos, estão formados os melhores homens do País, vejam lá que até já tivemos cinco Presidentes que foram alunos desta escola, como se esse facto justificasse a existência desta escola militar para miúdos a partir dos 9 anos.

O militarismo da Cidade-Estado de Esparta na Grécia antiga, já não existe como o era nessa época, mas, actualmente, ainda existe uma cultura “Espartana” nalguns sectores da nossa sociedade.

SINAIS DE FUMO

- TIMOR LESTE

Com Gastão Salsinha e os seus homens controlados pelo poder legítimo, será que a calma finalmente regressa ao território? Todos queremos e fazemos força para acreditar que sim.

- IRÃO

Lê-se na página 66 da VISÃO de hoje:

“O Presidente do Irão diz que os EUA julgam que todos os problemas se resolvem aos tiros.” Diz ainda “que o seu povo está preparado para enfrentar qualquer inimigo e não acredita de Barack Obama chegue à Presidência dos EUA, «devido aos poderes ocultos». Reafirma a vontade de a República Islâmica manter o seu programa nuclear.”

- AMÉRICA LATINA
Lê-se na página 78 da VISÃO de hoje:

“Ataque Colombiano à guerrilha das FARC, em território Equatoriano, ameaça descambar num conflito regional”

Como é possível que, em prejuízo do desejável diálogo entre as FARC e o Governo Colombiano, se opte, com a ajuda dos EUA, pelo confronto, pondo em causa o frágil equilíbrio de forças existente naquela zona do globo. Temos sempre a sensação que recuamos séculos, mas não, estamos em pleno século XXI. Não tenho dúvidas, os grandes inimigos da Humanidade são os adeptos da linguagem bélica, seja na América, na Europa, ou em qualquer parte do mundo.

Paixões



Paixões, paixões…não sei, com tantos anos em massa de tempo, não tive tempo nem paixões.

Há quem tenha a paixão disto…, daquilo…, deste, desta, mas eu, verdadeira paixão não me lembro de me lembrar de ter. Gosto de algumas pessoas, da minha família, de muitas coisas… mas paixão é uma corda muito esticada.

Com este tempo todo passado em anos de vida, sinto de falta de me lembrar duma paixão. Provoco um “flashback” na amassadela do tempo ido, faço um esforço… grande esforço, e não me lembro de me lembrar de ter uma, nem que fosse pequena, paixão.

E aquela que podia ser Fátima e era Rosário ?? Podia ser… mas não, não foi. Foi só deslumbramento, e depois veio a “Grândola Vila Morena” e o “Depois do Adeus”, e Adeus com o deslumbramento.

E a outra que podia ser Oliveira e era Adriana ?? Podia ter sido…, mas assentei praça e eles andavam aí… o 11 de Março e a ida para o Porto, o PREC!

E nos Olivais a que não podia ser mais nada porque era mesmo Fátima.

E a de seu nome Helena que podia mas não quisemos…, os dois, Helena - que há algum tempo se passou para o patamar superior - que sempre foi, mas desta vez assumido pela divina vontade, Paz à sua alma.

Anabela de Luanda vinha, ia, e tornava a vir tentadora podia ser e não foi.

Mais, sempre mais alguém, até ao pé da porta que não fizeram milagres.

Vou abrir todos, todos os ficheiros, preciso de me lembrar, sinto falta…, eu vou conseguir lembrar-me e marcar aquela Paixão muito antes do tempo todo passado em anos de vida vivida!

LIÇÕES DE FIM DE SEMANA


- Li no Expresso de ontem que:

“Os dois jornalistas do ‘24 horas’ acusados de acesso indevido a dados pessoais no caso ’envelope 9’ não vão a julgamento, disse fonte policial. Anexado ao processo Casa Pia, o caso envolvia registos telefónicos de altas figuras do Estado.”

Lembram-se do estardalhaço que este caso deu, com a redacção do ’24 horas’ a ser invadida pela Judiciária que apreendeu computadores pessoais dos jornalistas??

Lição: A MONTANHA PARIU UM RATO.

- Li no Expresso de ontem:

O Miguel Sousa Tavares na sua crónica semanal diz: “Penso desde há muito tempo que a razão profunda para o atraso estrutural português está na crença desmedida de que o Estado há-de acorrer a todos os nossos problemas e dificuldades. É uma crença e um mal que vêm do tempo das Descobertas.”

Lição: DEVAGARINHO SE VAI AO LONGE.

- Li no Expresso de ontem que: (transcrição parcial)

Em título: ‘Freira trava radares’
Instalação do Sistema de Controlo Aéreo, na Madeira, poderá sofrer um atraso de 7 meses por causa da freira.
A freira da Madeira poderá travar o arranque da obra do Sistema de Comando e Controle Aéreo no Pico do Areeiro. O Ministério da Defesa pondera adiar o avanço do projecto (16 milhões de Euros) por poder colidir com o período de nidificação da pequena ave.

Lição: NEM TUDO O QUE PARECE É.

A Propósito da ASAE



A propósito da ASAE já se disse, e vai continuar a dizer, muita coisa. Verdades, mentiras, outras assim-assim, e lá vamos nós ouvindo tudo o que é Político da oposição, comentador e simples jornalista.

Como no meio é que está a virtude, e como aí é onde é mais difícil chegar, o simples cidadão só houve os extremos, ou seja, dum lado os defensores da ASAE que se identificam com o actual Governo, do outro lado a oposição ou as próprias “vítimas” fiscalizadas.

Na minha modesta opinião, é inquestionável que era necessário a existência dum organismo com as características da ASAE, e aí o Governo andou bem. Não só pelo incremento que deu à acção fiscalizadora, mas também porque antes, esta acção, estava à responsabilidade de várias entidades, reinando por isso muita confusão nos fiscalizados e também nos fiscalizadores. Para além desta atitude organizativa, é verdade que o consumidor estava completamente desprotegido e desconfiado da qualidade e asseio dos produtos que comprava e consumia. Portanto, duma forma muito resumida, justifica-se e aplaude-se a criação da ASAE.

Depois vem o lado da aplicação das Leis aprovadas, com muito de Bruxelas à mistura, e que, nalguns casos, são muito restritivas, considerando os nossos hábitos e costumes, e por vezes completamente cegas. Na maior parte dos casos passou-se do oito para o oitenta.

Por exemplo, nas feiras até se compreende que se combata a contrafacção ou a falsificação, agora, já não consigo perceber nem aceito, que a ASAE faça a mesma coisa a tudo o que é doçaria regional/caseira, pão caseiro/saloio, chouriços, queijos, etc., como fizeram há tempos em S. Pedro e vão fazendo um pouco por esse País fora.

Que confiram o asseio e a qualidade da comida nos restaurantes, cantinas, refeitórios, pastelarias e afins, que vão às fábricas onde se faz a contrafacção, agora, que a coberto de Leis e directivas não sei donde, se ponha em causa tudo o que é Património Nacional no que respeita à nossa doçaria conventual e regional, ao nosso pão, chouriços, queijos e por aí fora. Não, isso é que não.

Relativamente à lei do tabaco, também acho que deviam ter ido mais devagar. Ir apertando o cerco ao tabaco, mas apertar também em tudo o mais que suja os nossos pulmões. Os mais ortodoxos até querem fazer querer que todos os males ficam resolvidos com a proibição do tabaco. E o resto, principalmente os escapes dos carros? A demagogia tem de ter limite.

Em conclusão, acho que se deviam aproximar os extremos, criar pontes e os consequentes consensos e, se necessário, corrigir algumas Leis usadas pela ASAE na sua acção. Nem a ASAE é comparável à PIDE, (é comparar ….. com banha de cheiro) como alguém afirmou há uns dias, nem é a salvadora da Pátria, como por vezes o Governo quer fazer querer. Como é costume, quem está no meio ….

Fevereiro de 2008

Levar a Carta a Garcia


O outro “levava a carta a Garcia” e este leva o quê a Garcia?? A facilidade com que estes Senhores mudam de campo é impressionante, ou então, como a mim me parece, não é sequer preciso mudar porque nunca estiveram do lado de cá.


Podia ser um “Pero Garcia” qualquer da idade média Portuguesa e um Paulrico del Portaló, Castelhano de gema nos idos séculos XV ou XVI, que para mim seria a mesma coisa, continuava a não acreditar numa única palavra do que dizem.


O Dr. Garcia até pode patrocinar a defesa do Dr. Paulo, mas decerto têm que mudar o seu comportamento no futuro. O Dr. Garcia não pode voltar a ser Candidato como tem sido e o Dr. Paulo tem de mudar o discurso quando se refere, pela negativa, aos valores que supostamente o Dr. Garcia defende.


Isto está tudo errado e querem-nos fazer comer por parvos. Decerto que os militantes dos seus partidos, que são minimamente inteligentes, vão apreciar este entendimento….

NÃO FOI POR ESQUECIMENTO

  NÃO FOI POR ESQUECIMENTO Não foi por “esquecimento” que ao longo de 49 anos, a Assembleia da República nunca reuniu solenemente para ass...