O NOSSO REGIME

Assistindo ao debate parlamentar de hoje, com o OE de 2011 em cima da mesa, percebe-se bem, que, qualidade é uma característica que não abunda naquela “casa da democracia”.

Mário Soares, no seu habitual artigo do Diário de Notícias de hoje, aborda a questão do regime. Diz ele: “Alguns analistas que não gostam particularmente do 25 de Abril têm insistido muito – nos órgãos de comunicação social – que o nosso regime está esgotado e em crise.”

Tal como Mário Soares, eu também acho que o nosso regime não está esgotado, antes pelo contrário, precisa de algumas reformas que “refresquem” a sociedade e, ao mesmo tempo, que se consolide uma tendência segura de melhoramento das condições de vida dos portugueses. Infelizmente a austeridade não deixa, e não sabemos quantos mais anos teremos que esperar para recuperarmos o que agora estamos a perder.

A crise atual é financeira, foi importada e, amplificada em virtude das nossas deficiências estruturais. E, esses problemas que vêm muito de trás – reposição do nosso tecido produtivo, na agricultura, nas pescas, na reparação e construção naval, nos portos e transportes marítimos, na reparação e construção de equipamento circulante e não, de caminho de ferro, a par da investigação e desenvolvimento de todas as componentes de energia renovável, investigação, desenvolvimento e produção de novas tecnologias, etc. – para serem corrigidos, precisam de muita competência e, com os atuais atores (no PS e PSD), não tenho motivos para acreditar que exista essa capacidade.

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