PORTUGAL-KOSOVO-GEÓRGIA



Desde ontem que se percebe, pela entrevista do MNE Luís Amaro ao Expresso, porque é que Portugal não reconheceu a independência do Kosovo a exemplo do que fizeram outros tantos 18 parceiros da EU.

O Governo Português, pela voz autorizada de Luís Amaro e que neste aspecto é coincidente com o que, sobre o mesmo assunto, pensa o Presidente da Republica, sempre achou que o reconhecimento da independência do Kosovo, tal como era apoiada pelos USA e pela maioria dos países da EU, poderia abrir um precedente muito perigoso em várias regiões do mundo, designadamente no Cáucaso, com a Rússia directamente envolvida.

A actual crise diplomática entre a Rússia e alguns países ocidentais, capitaneados pelos USA, é o resultado da soma duma série de atitudes provocatórias protagonizadas pela administração Bush, a saber: Visita de Bush ao Kosovo declarando apoio à independência ignorando os protestos da Rússia, começando aqui duma forma muito nítida um virar de costas entre as duas potências. Acordo com os Polacos e com o Presidente Checo, para a instalação de dispositivos anti-míssil que funcionou como a maior provocação do ocidente à Rússia desde o final da “guerra-fria”. Pelo meio houve alguns discursos, dum lado e doutro, relativamente ao alargamento da NATO a mais alguns países de fronteiras com a Rússia, que foram agravando a situação até ao desenvolvimento militar com o palco Geórgia.
É claro que nesta coisa da política, há sempre dois pesos e duas medidas para situações idênticas, variando conforme os interesses em jogo. Para a Rússia a independência do Kosovo ou da Tchechenia não são legítimas, mas, aparentemente com as mesmas razões, para a Ossétia do Sul, Abcásia, Nagorno-Karabakh, Transnístria ou Crimeia, a medida já é outra e, não só são legítimas, como até se apoia mesmo militarmente. Do lado dos USA é exactamente o inverso, embora aqui não tenham vergonha nenhuma de ter a iniciativa da provocação.

Na Geórgia, e deixemo-nos de coisas, quem atirou agora o primeiro tiro foi o exército Geórgiano. Os responsáveis do governo da Geórgia é que foram acordar uma situação, mais ou menos sossegada, com o ataque que fez à Ossétia do Sul. Foi esta atitude que provocou a reacção da Rússia que jogou aqui todo o seu peso e respeito na região e no mundo. A Rússia hoje não é mais aquele país debilitado após o final da URSS. Hoje é novamente uma verdadeira potência mundial económica e militar, a par da China ou dos USA e é assim que deve ser encarada.

A Europa precisa de recuperar a confiança da Rússia para que esta volte às parcerias, e por outro lado, condenar, se o tiver de fazer, as habituais provocações da administração Bush.

OS CRIMES E AS NOTÍCIAS


Nos tempos que correm, levarem uma multibanco daquelas que mais parecem de “trazer por casa”, não me surpreende nada, nem, por si só, merece abertura de telejornais. Digo isto, a propósito da que levaram do átrio do Tribunal de Cascais.


É verdade que os nossos órgãos de comunicação social, na generalidade, estão numa de noticiar e “mastigar” tudo o que possa fazer parte do pacote da agora chamada “onda de crimes violentos”, mesmo que estejamos numa “onda” absolutamente normal para Agosto ou para outro mês qualquer; Assaltos a bancos há muitos anos que se verificam com esta mesma cadência, a grande diferencia é que agora correm o risco, e cada roubo não rende mais do que uma centenas ou poucos milhares de Euros, devido às medidas de segurança preventivas que os Bancos têm. Assaltos a carrinhas de transporte de valores, a mesma coisa, a caixas de multibanco, quase desde que existem, a casas isoladas idem, idem. E a bombas de gasolina? Desde quando? A novidade no meio disto tudo é o “carjacking”, que de facto no nosso país apareceu recentemente.


É necessário reagir e criar ou ajustar formas de contrariar este tipo de criminalidade. A decisão do Governo de prender preventivamente todo o crime praticado com arma, é uma boa medida e deixa os promotores e juízes sem dúvidas relativamente à aplicação de prisão. Por outro lado a proposta do PGR da realização de tribunais sumários também me parece muito boa.


Relativamente à segurança nocturna nos tribunais, que não existe, é que me parece muito grave. É verdade que o Ministro da Justiça já declarou que vai corrigir esta situação. O problema não são as máquinas multibanco mas sim os documentos que os tribunais têm à sua guarda, isso sim, podem ter valores incalculáveis.
O mais engraçado é que as silenciosas lideranças de partidos da oposição, deram um ar da sua graça, criticando o Primeiro Ministro pelo seu silêncio sobre esta matéria e pediram também a demissão do Ministro da Administração Interna. Que excelentes contribuições... Que tristeza...

GRANJA DO MARQUÊS - BA 1




A Base Aérea número um (BA1) instalada na Granja do Marquês em Sintra, já esteve, por mais de uma vez, para ser desactivada e a sua área entregue aos diversos interesses instalados.


Lê-se na comunicação social nestes dias, que os 16 aviões de treino básico “Epsilon”, vão ser transferidos de Beja para Sintra, resultado da recente reestruturação interna da Força Aérea Portuguesa.


Sabe-se da situação caricata com que se deparam alguns moradores em volta da BA1, principalmente no bairro do “Casal da Cavaleira”. Devido à proximidade da base e por alguns prédios terem ultrapassado a cota em altura, alguns prédios continuam sem ter licença de habitação. Provavelmente muita gente estaria à espera que a base desaparecesse, mas, pelos vistos isso não vai acontecer, e as suas habitações vão continuar na mesma.


Eu fico contente, por continuarmos a ter connosco uma estrutura com tanta história para contar.

SELECÇÃO EM MOÇAMBIQUE



Leio no DN que o Governo Moçambicano convidou a Selecção Portuguesa de Futebol a instalar-se em Moçambique antes e durante o mundial de futebol que se realiza na África do Sul em 2010, caso a Selecção venha a ser apurada como todos esperamos. Diz ainda o Executivo de Moçambique que: “Acredita-se que este é o ambiente mais próximo da África do Sul, onde Portugal está mais em casa. Há muitos portugueses que vivem em Moçambique, os Moçambicanos amam o futebol português e são adeptos de equipas portuguesas”.

Esta ideia de fazer de Moçambique o “estado-maior” da nossa selecção e agora com Carlos Queirós que lá nasceu, é particularmente feliz para mim, que há muito considero aquela Terra como minha também, e pelos amigos Moçambicanos que lá tenho.

Espero bem que a selecção seja apurada e que esta ideia Moçambicana se concretize.

ENTREGA DE CHAVES


Ontem assistimos a mais uma distribuição de chaves de habitações para um daqueles bairros que, daqui a uns anos, se encontrará completamente degradado e sem qualquer qualidade de vida.
Hoje já é mais ou menos pacífico que existem condicionamentos sociais inultrapassáveis com a simples transferência de bairros de lata para bairros de prédios a custos controlados. Esta opção foi um grande avanço e concerteza um degrau obrigatório para podermos chegar a outros degraus mais acima.

As soluções têm de ser diversas desta, mas as alternativas que por aí ouvimos não são fáceis de implementar. A mais vezes indicada como a melhor, é a distribuição das famílias a alojar, por zonas habitacionais ditas normais e já consolidadas do ponto de vista social para que a integração aconteça naturalmente.

Também penso que a melhor solução será esta mas, para chegar lá, ainda é necessário ultrapassar a reacção dos primeiros moradores que, duma forma geral, têm muitas reservas em aceitar determinado tipo de vizinhos.

O que mais me impressiona nestas cerimónias de distribuição de chaves, são as críticas recolhidas pela nossa comunicação social por parte dos beneficiários. Estão a receber uma habitação que outros têm que comprar com o suor duma vida inteira de trabalho, que nem as rendas ridículas pagam, e mesmo assim, ainda se dão ao luxo de protestarem que “a parede tem defeito, que a porta é feia, que a janela assim e assado”, como é possível que isto aconteça?

REORGANIZAÇÃO OLÍMPICA PORTUGUESA

Considerando os resultados obtidos pelos nossos atletas em anteriores edições dos Jogos Olímpicos, até que nem foi muito mau em Pequim.

O que se passa é que quando vamos para estas coisas, a nossa comunicação social encarrega-se sempre de nos eleger como os melhores de tudo, esquecendo que os outros também querem ganhar e, numa grande parte das vezes, tendo mais condições de treino/trabalho que os nossos, e depois, quando não se corresponde a essas falsas expectativas, são os mesmos que deitam tudo abaixo.

Na verdade, dos que não ganharam nada, só com a Naide foi surpresa, porque relativamente aos demais, não era garantido nem esperado que algum chegasse ao podium.

Como também é hábito, falou-se demais e, desta vez, até o maior responsável pelo Comité Olímpico disse coisas que não devia ter dito. Já está há muito tempo com aquela responsabilidade, acho que fez um bom trabalho, mas teve o seu tempo, agora, devia ter mantido aquelas primeiras afirmações que não se voltava a candidatar, deixando a porta aberta para outros com ideias frescas.

A organização Olímpica Portuguesa precisa duma autêntica revolução, transformando-se numa estrutura devidamente profissionalizada colocando-se no topo da pirâmide de todas as especialidades olímpicas. Eu penso que os atletas deviam ser seleccionados assim, tipo selecção de futebol, desde os seniores e passando pelos juniores, juvenis e iniciados com captação a nível da rede escolar e clubes. Poderiam continuar vinculados aos seus clubes e federações, competindo a esse nível mas sempre enquadrados nos programas de preparação do Comité Olímpico. Para estes atletas seria sempre garantido a permanência nos “centros de alto rendimento” adequados já existentes ou a construir. As performances como objectivo nas várias modalidades seriam os recordes, e os clubes e federações se quisessem ser parte, teriam que se alinhar pelos patamares mais elevados.

O atingirem esta selecção seria sempre o grande objectivo dos nossos atletas, porque enquanto se deixar a sua preparação na mão das diversas federações, nunca mais chegamos lá e cada vez gastamos mais dinheiro.

NOVA LEI DO DIVÓRCIO VETADA PELO PRESIDENTE DA REPUBLICA



A fronteira entre esquerda e direita, conservador e reformador, reaccionário e progressista, passados trinta e três anos do “Verão quente” em pleno “ PREC”, por incrível que pareça, está agora a ficar, outra vez, muito nítida. É verdade, a pouco e pouco, vamos finalmente percebendo duma forma clara quem, no nosso panorama político, é pela modernidade e pela resposta aos problemas que todos os dias se põem ao cidadão português e, por outro lado quem, teimosamente, se mantêm numa postura retrógrada e ultra-conservadora.

Religiosidade à parte, o casamento deve ser um contrato civil comum entre duas partes. Como em qualquer outro contrato, é durável enquanto as partes assim o quiserem e quando alguma deixar de o querer, o próprio contrato deve prever a possibilidade da sua resolução, sem haver necessidade de, judicialmente, um acusar o outro do que quer que seja.

Todas as outras vertentes, resultantes da vida em comum de duas pessoas; filhos, propriedade, heranças ou litígio em consequência de qualquer ilícito praticado por um cônjuge em relação ao outro, devem ser tratados pela justiça normalmente sem que o divórcio em si, fique por isso, dependente.

Acho que o veto político do Presidente da Republica sobre uma Lei aprovada na Assembleia da Republica pelas bancadas do PS, PC, Verdes e Bloco, ou seja, toda a esquerda representada, embora constitucionalmente seja possível, é uma atitude com um pendor pessoal muito elevado e claramente parcial na nossa sociedade.

Com este veto, se é que ainda havia dúvidas, temos o Presidente da Republica a alinhar com declarações recentes da líder do PSD sobre a matéria “casamento/procriação” , muito naquela máxima que eu acreditei estivesse banida do pensamento dos Portugueses de hoje - Família, Pátria, Deus, autoridade - . Por muito que custe a esta faixa de pessoas, não é mais possível nem racional, dizer-se que o compromisso “casamento”, é; «até que a morte nos separe».

Espero que a Lei volte à AR e seja, mais uma vez, aprovada de forma a que seja respeitada a vontade da maioria.

NOVO PARTIDO?



Dos lados da Madeira, mais uma vez, vêm palavras duras de contestação à forma como os chamados “Continentais” tratam os Madeirenses. Em plenas férias de praia na Ilha do Porto Santo, os dirigentes do PSD Madeira ameaçam o PSD nacional com a possibilidade de criação dum novo partido.

Embora as declarações dos dirigentes Madeirenses nem sempre sejam para levar a sério, desta vez a coisa pode ter outro peso. O Presidente do Governo Regional diz que está a chegar ao fim do seu ciclo de governação Madeirense, mas não me parece que resista à tentação de impor protagonismo a nível Nacional, ainda por cima com o previsível apoio de algumas das consideradas figuras do PSD Nacional.

Agora parece-me possível que o espectro partidário seja alterado e, se o for, vai mexer muito a nível do “centrão” e também de toda a direita parlamentar, ou seja, do PS para a direita todos perderiam com a situação e, considerando a veia populista dos políticos em questão, todo o País perderia ficando o PSD actual responsável por tudo o que de mau pudesse vir a acontecer.

UMA ÚNICA POLÍCIA



Sempre achei não se justificar haver mais do que uma estrutura policial. Estou completamente de acordo com o ex-director da PJ.

Como muitas outras coisas na nossa sociedade, também esta questão mexe com muitos interesses e, principalmente por isso ainda não houve Governo nenhum que tivesse coragem de alterar as coisas, nem o actual.

Na minha opinião e neste tempo, é errado que, do ponto de vista de natureza da função e até orgânico, a GNR e a PSP sejam diferentes. A reforma devia começar exactamente por aí. Criar uma definição única para uma polícia e organizá-la a partir daí.

Para o cidadão qual é a diferença estar numa zona atribuída à GNR ou à PSP? Nenhuma! Para nós é exactamente a mesma coisa.

Já hoje ouvi alguns comentários, e já se começa a perceber quem concorda com o quê.

Isto sim, era uma reforma a sério. Acabavam-se mais uns tachos, poupavam-se muitos milhões e ganhávamos em prontidão e eficiência.

PROIBIDO PERSEGUIR

Os assaltos a estaleiros de obras também estão na moda. Os empreiteiros têm esta nova preocupação, não podem deixar determinado tipo de materiais nos locais de construção, porque, das duas, uma, ou pagam a segurança para toda a noite ou levam os materiais para sítios mais seguros e, no dia seguinte, tornam a transportar as mesmas coisas para a obra.

A já célebre “Ford Transit” suspeita, estava carregada de extensores de andaimes, um dos materiais favoritos dos amigos do alheio a nível nacional.

Voltamos à questão do costume, se a GNR ou PSP não podem fazer uso das armas para que andam com elas? Como podem confrontar os criminosos se não podem fazer uso da força que têm? Isto a mim faz-me muita confusão, ainda por cima, aconteceu uma morte, e desta vez uma criança de 13 anos que acompanhava o Pai como de uma ida ao cinema se tratasse. É claro que uma parte da nossa comunicação social logo tratou de destacar, pela negativa, a decisão dos disparos por parte da GNR.

O guarda que disparou foi presente ao Juiz, e é arguido tal e qual os suspeitos do roubo em questão.

“Preso por ter cão e preso por não ter”

ANIMAIS ABANDONADOS




Na abertura dos digitais desta manhã, dei de caras com a notícia de que o canil de Sintra estava a abarrotar de animais abandonados.

Segundo a notícia, são às dezenas todos os dias.
Por razões diversas, ao longo do ano as famílias vão adoptando um cãozinho ou um gatinho, são pequeninos e tão bonitos, só que depois crescem e é necessário tratar deles como se da família fizessem parte. É necessário alimentá-los, dar-lhes cuidados de saúde, dar-lhes bem-estar carinho e festas. É claro que, fazendo parte da família, também deverá viajar ou ir de férias. Aqui é que é o grande problema, quando chega
a esta altura, numa grande quantidade de casos, a maneira mais fácil de resolver a questão é abandonar o animal que nunca deviam ter criado.

Se não têm condições ou não querem ter, não levem animais para casa. São seres vivos que são felizes ou infelizes e sofrem como nós.

GEÓRGIA



Não há dúvida que a Rússia não pode, a coberto do que quer que seja, bombardear e invadir um País independente como é a Geórgia.

Em todo o caso convém não esquecer que a questão da Ossétia do Sul e da Abkházia, ficaram por resolver desde o fim da União Soviética, ou seja, no tempo da URSS estas duas regiões tinham um grau de autonomia grande em relação a Moscovo porque historicamente as duas Ossétias (Norte e Sul) eram dos Ossetas e na Abkházia sempre viveu o povo Abkhazi. Os lideres Soviéticos perceberam isso e, tratando-se esta zona dos Balcãs muito importante por ser rota prioritária da produção de petróleo a Oriente, foram mantendo este entendimento e, ao mesmo tempo, povoando as regiões de modo a que em pouco tempo a população fosse maioritariamente Russa. Esse objectivo foi conseguido e, aquando da independência da Geórgia que, administrativamente, reclamou o que entendia pertencer-lhe, surgiram os esperados conflitos. Por um lado os Ossetas e os Abkhasi, por outro os Russos que já eram mais que muitos, não aceitam a soberania da Geórgia e declaram mesmo as suas próprias independências, nunca reconhecidas internacionalmente.

Designados “Enclaves”, foram vivendo desde 1992 entre a Geórgia e a Rússia mas internacionalmente considerados em território da Geórgia.

Como nisto da política há sempre dois pesos e duas medidas, a Rússia actuou da maneira que todos sabemos, em relação à Tchechénia que por acaso também é na mesma zona, mas não admite que a Geórgia possa fazer o mesmo em relação à Ossétia e à Abkházia, por outro lado o governo da Geórgia, também deveria ter tentado resolver o problema dos enclaves doutra forma que não o recurso à guerra.

De salientar que a Rússia, independentemente da reacção militar pontual, também quis reafirmar o seu domínio na zona e, de certa forma avisa a Europa e os USA como actuará em situações deste tipo. Por outro lado a Geórgia é o grande aliado dos USA na zona.

No meio disto tudo as declarações do Bush, pressionando a Rússia para se retirar da Geórgia. Era bonito se a personagem tivesse alguma legitimidade para o fazer. Quem é que invadiu o Iraque com argumentos inexistentes? Quem nos últimos anos tem sido uma verdadeira ameaça militar em várias regiões do mundo? Quem fez do direito universal e do sagrado da independência dos Países e dos Povos, tábua rasa? Portanto o senhor que esteja quietinho, sossegadinho, caladinho e sentadinho até chegar o fim do seu mandato.

Vamos ver o que se vai passar nos próximos dias. Pode acabar tão depressa como começou, ou pode eternizar-se.

MEDALHAS


Nós temos o duplo condão de estarmos muito para baixo, em que todo o mal vem ter connosco, não conseguimos fazer isto, não conseguimos chegar lá, etc, etc, ou então, ao contrário, somos os melhores do mundo, já ganhamos o campeonato da Europa, do mundo, do universo, eu sei lá… Somos de extremos, ou oito ou oitenta, nunca conseguimos ficar pelo vinte ou pelo quarenta. É claro que os primeiros prejudicados com esta maneira de sentir, somos nós próprios, pois o resultado é sempre mais para baixo, mais depressão.

Quando estamos numa de pessimismo, não conseguimos mesmo, porque a primeira condição para se atingir o objectivo, é querer. Quando estamos demasiado eufóricos e se por qualquer razão a coisa não corre bem, então a depressão é ainda maior.

Isto a propósito da nossa participação nos Jogos Olímpicos. Já começam por aí a cobrar medalhas, ou seja, se o Évora a Telma a Naide ou a Vanessa não chegarem às medalhas, vão passar a ser os piores do planeta.

Os que citei e outros mais, têm de facto categoria para trazerem medalhas, mas na hora certa pode acontecer muita coisa e não haver bronze, prata ou ouro para ninguém. Não será por isso, que deixarão de ser dos melhores do mundo nas suas disciplinas.

Por favor deixem-nos competir primeiro, depois logo se vê, ou festejamos as medalhas ou festejamos a participação.

AQUECIMENTO GLOBAL


É claro que quando Pequim ganhou a corrida à realização dos Jogos Olímpicos deste ano, a poluição naquela cidade não era o que é hoje.

É perfeitamente inconcebível praticar desporto desta dimensão, em ambiente com tão pouco ar puro.

É muito perturbador, vermos imagens de Pequim completamente envolta naquela nuvem que não deixa o sol aparecer durante semanas seguidas.

O dióxido de carbono e outros gases poluentes detectáveis à vista desarmada, consequência de queima completamente suicida de combustíveis fósseis, não só destrói o ar respirável da zona de Pequim, como também contribui objectivamente para a consistência da “estufa” em que o nosso Planeta está medido.

Para os Países maiores poluidores, o “protocolo de Quioto” já era, ainda por cima os “G8” têm a lata de vir agora propor uma redução da emissão dos “poluentes” em 50% até 2050. Só que, naquela altura, se a China, a Índia, a Rússia, os USA, a Austrália, etc, etc, não arrepiarem caminho e, se entretanto, não se desenvolver uma energia alternativa aos fósseis, então não será preciso reduzir nada porque provavelmente já cá não estamos.

A consequência do aumento global da temperatura em 3 ou 4 graus, que pode acontecer em pouco tempo, não se limita a uma pouco mais de calor. O que acontece é que dum momento para outro tudo se altera sem retorno. A água dos oceanos invade os continentes, a vida oceânica também se altera destruindo a vida que aí existe, a composição da atmosfera também muda e nós? É melhor até nem admitir isso assim com tanta facilidade.

É verdade, se não arrepiamos caminho, podemos estar a chegar ao fim da civilização tal como a conhecemos hoje.

CENSURA



Cada um come daquilo que gosta e os Italianos lá saberão porque voltaram a votar maioritariamente no actual Primeiro-Ministro.

Pela comunicação social de todo o mundo, ao longo dos anos, foram sendo contadas histórias incríveis sobre esta personagem e, a nível da EU (porque quem vota nele são os Italianos) também já tivemos que levar com ele quando a Itália foi responsável máxima pelos destinos da política da EU, aqui há uns anos.

Então agora, durante o dia de ontem, o mundo teve conhecimento de mais uma “aventura” deste senhor.

No Palácio Chigi, residência oficial do Primeiro-Ministro Italiano e equivalente ao nosso Palácio de S. Bento, havia um quadro do famoso pintor Veneziano “ Giovanni Tiepolo”.
A obra, de título original “La Verita Svelata dal Tempo” (A Verdade Desvendada pelo Tempo), mostra uma mulher com uma mama nua. Então não é que os senhores, incomodados pelo que o quadro mostrava, trataram de o censurar. Isso mesmo, fizeram uma cópia da obra mas desta vez com a mama tapada e, vergonha das vergonhas, substituíram o quadro verdadeiro pelo falso.

É difícil acreditar mas é verdade
.

GUINÉ - BISSAU



No contexto Africano os PALOP’s partiram em desvantagem devido ao desgaste das lutas pela libertação que Salazar provocou e, em consequência, por terem chegado à independência muito mais tarde (15-20 anos) que os seus vizinhos.

Os primeiros anos foram difíceis para todos com guerras civis em Moçambique e Angola mas que foram sendo resolvidas, podendo hoje, como S. Tomé e Cabo Verde, olhar para a frente com optimismo concentrando todo o seu esforço no desenvolvimento a taxas verdadeiramente impressionantes.

Esta regra é confirmada pela excepção da Guiné-Bissau. Vem mantendo desde a Independência muita instabilidade. Em 1998 ficou um País arrasado com os golpes e contra-golpes, e mesmo com o regresso do actual Presidente da Republica a situação teima em não estabilizar. Toda a situação é agravada com a transformação do arquipélago de Bijagós em autêntica placa giratória do tráfego de droga.

Nestes dias fomos novamente surpreendidos com mais desestabilização nos órgãos do Estado Guineense. Dissolve a Assembleia ou não, demite o Governo ou não, enfim, o costume.

Este País assim como vem estando, para mal dos Guineenses, é simplesmente um suicídio. Os Guineenses competentes e honestos, que os há, tem de pôr mãos à obra.

LIÇÕES DE FIM DE SEMANA



- JOÃO MOUTINHO

Não é fácil encontrar estrelas do nosso futebol que usem com regularidade o bom senso, que não considerem o “pilim” acima de tudo e que ainda tenham algum respeito pelo equipamento que vestem, respectiva instituição e seus adeptos.

O João Moutinho, era para muitos Portugueses, uma honrosa excepção a esta “trágica” regra.

Deixou de o ser, para mim, com as declarações que fez no princípio desta semana, e pelo que se viu ontem em Alvalade, há muitos adeptos a pensarem o mesmo.

LIÇÃO: No melhor pano cai a nódoa!

- POLÍCIAS E LADRÕES

Os Ladrões estão sempre actualizados com as novas técnicas para se apoderarem dos bens alheios. Aqui, e de acordo com os minutos que as televisões e rádios e as páginas dos jornais e revistas lhes têm dedicado, mesmo que andassem (os ladrões) distraídos, com esta publicidade toda, haveriam de desenvolver a nova técnica de “CAR / HOME JACKING”. É raro o dia que esta nova “maneira” de roubar não é objecto de largo noticiário da nossa comunicação social.

LIÇÃO: Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura!

- JOGOS OLÍMPICOS

Li hoje no Diário de Notícias que a nossa delegação vai levar para Pequim; Plasmas, frigoríficos e máquinas de café.

LIÇÃO: Quem vai pró mar avia-se em terra!

- “O BOTAS”

Faz hoje quarenta anos que o conhecido “botas” caiu da cadeira. Ainda teríamos que esperar mais quase seis anos para o fim do regime, e consequentes conquistas democráticas e final da guerra colonial.

LIÇÃO: 1) – O feitiço virou-se contra o feiticeiro! 2) – Tantas vezes o cântaro vai à fonte que deixa lá a asa!

CAPACIDADES DO LÍDER

Um líder político, hoje, em qualquer parte do mundo e também no nosso jardim à beira mar plantado, tem de ter uma grande abrangência de capacidades que não estão ao alcance de qualquer.

Hoje até a boa forma física conta. Não é possível um chefe de Governo dum País moderno desempenhar bem a sua função, se não tiver condições físicas para viajar constantemente dum lado para o outro e, ao mesmo tempo, resolver e estar atento a todos os outros assuntos do Estado.

Um líder que não esteja preparado para acompanhar determinado tipo de mudanças nas nossas sociedades, não pode ter sucesso.

Quando se afirma que o objectivo do casamento é a procriação, diz-se que não se tem condições para ser chefe dum Governo, mesmo que seja de Portugal!

A MONTANHA PARIU UM RATO


A notícia importante da noite de ontem não foi a desproporcionada comunicação ao País do Presidente da República e, muito menos, o puxar dos galões à generalidade dos nossos Deputados e às Instituições da Região Autónoma dos Açores. A matéria objecto desta comunicação formal aos portugueses, é simplesmente assunto que não nos interessa nada. O que é que contribui para melhorar o nosso dia – a – dia, o facto do Presidente ter de ouvir este ou aquele órgão sobre determinada decisão, que ele próprio vai tomar, independentemente das opiniões que ouviu?

A grande notícia ontem foi a descoberta comprovada da existência de gelo no Planeta Marte. Com a velocidade a que estamos a destruir a nossa Terra, ninguém nos garante que não tenhamos que nos pirar à pressa para Marte, pelo menos água não falta….

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...