SÃO PEDRO DE PENAFERRIM E A DESAGREGAÇÃO

A agregação de freguesias, levada a cabo pelo anterior governo, e com efeito já nas últimas eleições autárquicas de 2013, terá resolvido e melhorado situações pontuais, mas, por outro lado, complicado e piorado ao extremo, muitas mais.

A minha, onde nasci e resido, São Pedro de Penaferrim, num processo de avanços e recuos, compromissos, descompromissos e algumas traições, acabou por ficar agregada com a de São Martinho e a de Santa Maria-São Miguel, a que chamaram: União das Freguesias de Sintra.

Foi tal a obra, que fizeram uma freguesia maior, que uma parte considerável dos concelhos existentes no país. Mesmo aqui na zona, será maior que o de Oeiras, Amadora ou Odivelas.

Do Barrunchal a Janas, pelo trajeto médio mais direto e mais utilizado, percorremos cerca de 20 quilómetros e, durante um dia de semana, ou seja, excluindo as horas de ponta e os fins-de-semana, demoramos cerca de meia-hora.

Com um órgão, a Junta de Freguesia, assente nos mesmos pressupostos que contava cada uma das três agregadas, era previsível, que muito difícil seria corresponder ao conhecido mérito do “poder de proximidade”, com tudo o que isso implica.  
  
Os esforços e vontades podem ser inglórios quando o terreno conquistado é pantanoso e não se arranja forma de o secar. A insatisfação das populações não se esbate com promessas impossíveis de cumprir.

Para que os fregueses destas três freguesias de Sintra, voltem a sentir a proximidade do poder com segurança e confiança na democracia, é imperativo que se desagreguem e, a seguir, quanto muito, se corrijam e ajustem limites atualizados.

Estamos todos ansiosos por perceber a atitude de cada uma das forças políticas e partidárias, face à proximidade das eleições autárquicas.

Silvestre Félix
30.11.2016
Tag: Freguesia de São Pedro de Penaferrim

Foto: Google

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