PRIVACIDADE

Quando há 3 semanas, destapou o "segredo" da apresentação da declaração de rendimentos e património nos termos duma Lei de 1983, estava ele, longe de provocar tal tsunami que, mestre do passado primeiro-ministro, lhe prestava o maior favor de opositor fraco e impossibilitado de abanar a “geringonça”, que até funciona.

Detentor de segredos nunca dantes revelados e, desde há um ano, sem concorrência nos canais generalistas, os domingos às oito, são dominados pela intriguice sem contraditório para ser mais gostoso.

Os tempos de antena da baixa-política, abundam por tudo quanto é imagem e som, bem coadjuvados pela escrita popularucha que vai circulando de mão-em-mão e “instrói” famílias inteiras.

A consequência do populismo deste “quilate”, está bem patente no resultado das eleições americanas.

Esperando que não, mas com muito pouca esperança que tal não aconteça, a viragem definitiva, porque é popular e politicamente incorreta, dar-se-á quando, pelas razões mais mesquinhas, injustificadas e incompreensíveis, a privacidade e intimidade do cidadão e da sua família, deixar de ser um direito inquestionável e constitucional.

Silvestre Félix
13.11.2016
Tag: Constituição

Foto: Wikipédia 

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