A seguir à esquina do “Elite” consegue ver-se o comprimento do vale e o mar das maçãs lá muito ao fundo.
A temperatura está muito alta,
e quando está assim, mantêm-se aquela nublina baixa que não nos deixa ver o azul do mar ligando no fio do horizonte com o outro azul do céu das maçãs.
Nesta encosta raramente o vento sopra, e as ameias sempre atentas e embandeiradas, saudando os mouros imaginados cavalgando pelos penhascos até tocarem a lua que se pôs, como é seu costume, no seu monte predilecto.
No monte irmão, e de pena implantada, o palácio exalta de burburinho e falas de estranjas, ficando-se o sítio da condessa, de modéstia permanente e recuperação prometida. Com a mão na pala, lá se vislumbra o Espichel na ponta dos areais da costa e a Arrábida altaneira.
A cruz alta no monte e a Eufémia santa na orada milenar, em primeiro dia de Maio de visitas de muito tempo contado em anos, até da outra senhora.
E as murtas, muitos degraus em escadaria até à volta do duche e ao parque que já teve nome do “dito” e em boa hora virado “Liberdade”.
Minha Vila, com calor, frio ou assim – assim.
Minha Vila!
SBF
(Foto: Palácio Nacional de Sintra - Wikipédia)
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