Hoje, com o debate na Assembleia da República, a propósito daquela “figura” de moção de censura, apresentada pelo CDS, e depois, mais à noite, a entrevista de Sócrates na SIC e todas as dicas, comentários e opiniões dos sabichões do costume, encheram o dia de tiradas políticas demagógicas e desgarradas da realidade do País.
Os do Governo e do PS, a tentarem justificar tudo o que fizeram nestes quatro anos. Vá lá, de há uma semana para cá, começaram a ter essa preocupação – justificarem-se! Vamos ver se não é tarde de mais. “O povo (ZÉ) é sereno” mas não dorme em serviço.
Os da oposição de direita, a darem o dito (PSD e CDS quando eram governo) por não dito, e com o peito cheio de ar, porque tiveram nas europeias 31% e 8%, tentando tirar todo o proveito da fragilidade em que o PS ficou. Desta banda das bancadas, demagogia, hipocrisia e outros adjectivos acabados em …sia, houve com fartura.
Os da oposição da esquerda já nos habituaram ao (tudo é fácil do BE), estando sempre o líder pronto para resolver todos os problemas laborais que por aí existem, e, ao mesmo tempo, rezando para não chegar ao Governo. Se não, como iam fazer? Tinham que também dar o dito por não dito. O PCP e os parceiros da CDU, com algumas cassetes gastas que mal se ouvem, mesmo assim, usam a demagogia duma maneira mais credível, mais suave. Ou seja, se não estamos atentos, acabamos por ir na onda deles e, diga-se, em muitas áreas da vida nacional, precisam de se reciclar.
Pois é, desde a última campanha que não nos enchiam a paciência.
SBF
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