MOÇAMBIQUE



Quando em Novembro de 1982 aterrei em Maputo, depressa me senti como se em casa estivesse.

Os nossos órgãos de comunicação social falaram um pouco de Moçambique durante a última semana a propósito da viagem Presidencial. Falaram um pouco, porque em circunstâncias normais não falam nada, só quando há cheias ou seca ou quando, como agora, vai lá o Presidente da Republica ou o Primeiro Ministro.

Conheço Moçambique e os Moçambicanos e a primeira impressão que tive naquele dia de 1982, mantêm-se, e é reforçada com provas de amizade que de lá recebo com alguma frequência e a que tento corresponder.

É boa gente e, independentemente da nossa história nem sempre nos ter colocado do mesmo lado, têm pelos Portugueses duma forma geral, uma admiração que às vezes até me é difícil compreender. Este sentir atravessa toda a sociedade Moçambicana considerando-se as excepções para confirmarem a regra. Para além de que entre os Portugueses também há muito indigno dessa condição.

É o que sinto e o que ao longo destes anos tenho como experiência no terreno, sendo muito difícil ler uma pseudo-reportagem na nossa imprensa, referindo-se depreciativamente aos Moçambicanos e da forma como eles se referem aos Portugueses. Das duas uma, ou é algum recalcamento do passado ou desconhecimento do presente, e, em qualquer dos casos, o melhor é ficarem calados porque só lhes fica mal pessoal e profissionalmente.

Aconselho como opção de férias.

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