O ÚLTIMO PAPA De Luís Miguel Rocha

A leitura compulsiva, página a página, não esgota a “adrenalina” provocada pela expectativa do parágrafo seguinte.
“O Último Papa”, mistura do real e da ficção, para além de nos envolver na trama conspirativa imaginada, leva-nos ao convívio com factos e personagens históricas ainda muito presentes para a minha geração.
A escrita de Luís Miguel Rocha agrada-me também porque em plena narrativa não abre ásperas para comentários marginais ou acrescentar imagens do futuro. Esta opção aproxima-nos do pensamento do autor.
O acontecimento histórico central da obra, a súbita morte de João Paulo I (Albino Luciani), é soberbamente tratado. Na época, para o mundo, encarado como fatalidade terrena para a Igreja Católica, viria, com o tempo, a traduzir-se num mistério bem guardado.
A envolvente portuguesa não é descabida porque desde os primórdios da nacionalidade existem ligações muito fortes do Vaticano ao nosso País. Não esqueçamos o nosso passado de evangelização pelo mundo ao serviço da Igreja e sempre com o patrocínio dos Papas.
Luís Miguel Rocha nasceu no Porto em 1976. A edição é das “Edições saída de emergência” e a primeira foi em 2006. Tem uma edição de “bolso” em 2009 que é bastante mais barata.
Silvestre Félix

(Imagem: Capa do livro do site da editora)

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