Sobre um vídeo a propósito das reservas de alguns Finlandeses na participação, no âmbito das obrigações do Eurogrupo e UE, no empréstimo a Portugal, que desde ontem percorre todas as “bandas” largas, estreitas, compridas e curtas e a uma velocidade estonteante, têm surgido as mais variadas e extremadas intervenções e comentários.
Há um pressuposto globalmente ignorado nas opiniões prós e contras. Portugal participou, com a parte proporcional, nos empréstimos à Grécia e à Irlanda.
O sentimento patriótico não se mede com fita métrica. Nem sempre é fácil afirmar com rigor “matemático” que o fulano é mais patriótico que beltrano. Também neste caso, não é patriótico o que leva o conteúdo do vídeo à letra, nem é anti-patriótico quem o contesta.
O que eu acho, é que faz muito bem ao Ego recordarmos alguns valores e acontecimentos da nossa história e também não faz mal que os partilhemos com outros povos, parceiros (?) nesta Europa a um passo de se desmembrar.
Em certos meios há a tendência para atribuir o sentimento “patriótico” na escala dos “oitenta” e associando-o ao nacionalismo reacionário, xenófobo, fascista e idólatra. Nada mais errado.
Respeitar a nossa história e os seus protagonistas, ter orgulho nas raízes da nossa identidade como povo, reconhecer as qualidades e os defeitos dos nossos antepassados, ter consciência da nossa importância – como povo e nação – na construção do mundo atual, apesar dos aspetos negativos de governação nas últimas décadas, e de, mais uma vez, os mais frágeis sejam quem mais sofre, não abandonarmos o orgulho de sermos quem somos, neste momento, e perante outras nações, se isto é ser patriota, eu sou!
Silvestre Félix
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