PRATELEIRA DE LIVROS

O Livro dos Hereges
De Aydano Roriz

Durante os reinados filipinos, de 1580 a 1640, um pouco por todo o império português, surgem ataques de outras potências que vão tentando apoderar-se territorialmente de algumas parcelas mais desprotegidas. Acontece nos caminhos dos oceanos Índico e Pacífico, nas costas do malabar, África oriental e ocidental, no Atlântico e em toda a costa brasileira.

“O Livro dos Hereges”, conta a história dum desses ataques, que, neste caso, resulta em ocupação efectiva.

Narrou Aydano Roriz, que corria o ano de 1624, em pleno reinado de Filipe IV de Espanha e III de Portugal, quando sai da Holanda uma grande frota superior a 500 canhões e mais de 3 000 homens, com a intenção de conquistar o Brasil e de se apoderar de todas as suas riquezas. O financiamento foi garantido pela “Companhia das Índias Ocidentais”, organização Holandesa criada para apoiar financeiramente todas as descobertas e conquistas além-mar. Neste caso era, “Ocidental”, mas, para o mesmo efeito a oriente, tinham também uma outra “companhia” similar.

O autor parte do facto histórico, que foi a presença temporária holandesa nas zonas costeiras da Baía e Pernambuco, para recriar um maravilhoso romance, em que o personagem principal é Van Dorth, jovem fidalgo holandês, que está perdidamente apaixonado por uma princesa portuguesa, exilada na Holanda, de nome Louise.

A imaginação faz correr a caneta e pela narrativa passam: Católicos, hereges, soldados, mercadores e a figura marcante do Padre António Vieira, e, naturalmente, os Jesuítas. Hereges aqui, eram os holandeses, só por serem protestantes e não católicos.

O Livro dos Hereges” é para ler duma assentada, e, para quem gosta do género, é do melhor, tal e qual “O Fundador”, “O Desejado”, “Nova Lusitânia” e os seguimentos um e dois de “O Livro dos Hereges”, do mesmo autor.

Aydano Roriz nasceu no Brasil em 1949, trabalhou em diversas revistas em S. Paulo e é proprietário da “Editora Europa”. Esta edição é da “Saída de Emergência” e a 1ª é de Fevereiro de 2006.

SBF

(Gravura: Capa do Livro)

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