por esses caminhos acima,
vamos, vamos subindo, subindo, sem fim!
os ouriços de castanhas cheios, que vêm caindo de muito alto no começo do Outono húmido e frio.
o castanheiro é altivo na borda da nossa Serra, e os ouriços não lhe pedem licença, e, sem aviso, correspondem ao que a força da gravidade lhes pede, só param no chão.
por esses caminhos acima,
imaginamos veredas floridas, que ficaram naqueles idos em tempo de sonhos perfumados, e desejados destinos em molduras de pétalas caídas.
por esses caminhos – caminhados
num desassossego permanente, ultrapassando sempre, sempre em solavancos ameaçadores, para chegar outra vez aos dias a crescer de luz, e aos sorrisos alegres e cheios de esperança e confiança para outra caminhada,
por esses caminhos acima…
SBF
(Gravura: Internet)
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