DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE

“Não vou à bola” com os dias mundiais, universais ou nacionais, seja do que for. Não quer dizer que não perceba a intenção. Em muitos casos é a única forma da comunicação social falar de determinado problema.

Já em relação à Terceira Idade, é um bocado ao contrário – Fala-se, fala-se…, e não se resolve o problema, que, não é nada fácil. A esperança de vida continua a subir, e ainda bem, as famílias vão ficando separadas com os filhos a criarem o seu próprio núcleo familiar. Nas áreas urbanas saindo para os subúrbios e nas zonas rurais saindo para as urbanas.

Para além de todos os problemas inerentes à falta de dinheiro para comida e remédios, da solidão, de maus tratos e tudo com que diariamente somos confrontados, existe uma questão que vem sendo muito discutida. Colocação dos idosos em lares, sim ou não? Desenvolvimento, como alternativa, das redes de apoio ao domicílio, sim ou não?

Parece-me, cada vez mais, que a opção “lar”, deve ser repensada. Ao longo do tempo, foi sendo utilizada e explorada como “armazenamento”. Evidentemente que existem excepções, só que, são tão caras, que 90% da população não pode suportar.

Há 3 ou 4 anos, foi criada uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho, que se designou “Rede Nacional de Cuidados Continuados” incluindo a rede já existente, embora residual, de “Cuidados Paliativos”. Objectivo central deste trabalho, que já vai colhendo os seus frutos, é o apoio domiciliário em vez da colocação em lares. Como complemento do domicílio, porque o idoso precisa de cuidados de saúde que não justifica o internamento hospitalar, estão a ser criadas unidades para permanência do idoso, até que possa regressar a casa.

Importa referir, porque são “peças” indispensáveis nesta máquina, O VOLUNTARIADO. São muitos milhares por esse País fora; Nas IPSS’s, nas Comissões Sociais dos Municípios ou Freguesias, nas Paróquias ou organizações Sociais doutras religiões, nos Centros de Saúde, nos Hospitais, nas Misericórdias, etc, etc. O País, nós todos, estamos eternamente em dívida com O VOLUNTARIADO. A opção, “apoio domiciliário” é, na sua grande maioria, trabalho de voluntários. São autênticos vizinhos que “estão sempre por perto”.

Se vivermos, todos vamos ser um dia, «MAIS UM IDOSO»

SBF

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