A
refundação, o orçamento, a troika, o deficit, a dívida, o governo, a oposição,
a Europa, o euro, os que perderam a guerra mas que mandam nisto tudo, no
parlamento, a retórica, o(s) passos (perdido(s)), seguro mas abanando,
renegociar, bom corte e topo de gama…e o povo?
Em 1988
dizia, Agostinho da Silva, o Professor,
no capítulo “Amor do Povo” dos escritos “Considerações”:
«Há também os que adoram o povo e
combatem por ele mas pouco mais o julgam do que um meio; a meta a atingir é o
domínio do mesmo povo por que parecem sacrificar-se; bate-lhes no peito um
coração de altos senhores; se vieram parar a este lado da batalha foi porque os
acidentes os repeliram das trincheiras opostas ou aqui viram maneira mais
segura de satisfazer o vão desejo de mandar; nestes não encontraremos a frase
preciosa, a afectada sensibilidade, o retoque literário; preferem o estilo de
barricada; mas, como nos outros, é o som do oco tambor retórico que se ouve.»
Como dizia o Professor, estamos cercados de “aperaltados”
que adoram o povo…
Silvestre Félix
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