A ideia é mesmo nivelar-nos por baixo. Seja através da
redução dos vencimentos, subsídios e pensões, seja pela aplicação de
austeridade em tudo o que mexe com dinheiro. Só nos “topo de gama” e noutras mordomias é que não se toca, quanto ao resto,
é cortar…cortar, até à nesga mais fininha que se possa imaginar.
Com o fim do programa “Câmara Clara”, transmitido na RTP2 diariamente em versão curta, e
longa ao domingo à noite com apresentação de Paula Moura Pinheiro, é cumprida mais uma etapa de destruição das
opções culturais na televisão ainda pública.
Os mandantes, praticamente sem contrariedades, vão
conseguindo trilhar os caminhos do empobrecimento dos outros e, duma forma
geral, do País. A cultura não encaixa nos padrões tecnocratas vigentes.
Um povo culto “pergunta” muito…
Aquelas “cabeças”
só estudam (e muito mal) números,
estatísticas, percentagens e pouco mais. Os livros de cabeceira são os manuais
e ensaios económicos e financeiros publicados por insuspeitos gurus nascidos
nas grandes maternidades banqueiras tipo “Goldman”.
São lidos religiosamente na tentativa desesperada de cumprirem os desígnios
ultraliberais e, pelo menos uma vez, acertarem nas previsões.
A cultura é a nossa
identidade!
Silvestre Félix
Sem comentários:
Enviar um comentário