Há trinta
anos, em Outubro de 1982, comecei a preparar a minha primeira viagem a África.
A oportunidade surgiu e, tal como agora acontece, o nosso País voltava a comer o
pão que o diabo já tinha amassado de outras vezes com crise de dívida soberana.
No início de
Novembro lá fui e, desde que aterrei essa primeira vez no aeroporto de Mavalane, na cidade Capital de Moçambique, Maputo, percebi porque
toda a gente que já tinha estado em África me dizia maravilhas daquela
Terra.
A designação
de BOMBORDO que os nossos
navegadores davam à parte das Naus e
Caravelas do lado da costa africana tem, por maioria de razão, um duplo
sentido; Porque era a costa mas, acima de tudo, porque era África – A Mãe África!
Lá morei em Maputo com a família talvez os melhores
dois anos da minha vida e, depois de regressar, durante vinte anos, lá voltei
uma ou duas vezes por ano assim como a Angola,
Cabo Verde, Guiné e outros.
Hoje, a África
Lusófona e duma maneira muito especial, Moçambique, volta a ser a
melhor opção para a juventude portuguesa renovar a esperança.
Moçambique e os meus amigos moçambicanos estão
sempre comigo mas hoje ainda mais. Comemoram-se os vinte anos da assinatura dos
acordos de Paz que entregaram o futuro democrático aos moçambicanos. Acontecimento
decisivo para, primeiro, sair da pobreza, tomando depois o caminho do
desenvolvimento para proporcionar a felicidade e o bem estar ao povo
moçambicano.
Que a brisa do Canal leve o melhor
para aquela maravilhosa Terra!
Silvestre Félix
(Foto: Da net - Maputo, visto da Catembe)
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