Há acontecimentos
e eventos que, de muito importantes, passam a insignificantes pela repetição e
uso sem critério devidamente apurado.
Sem pôr em
causa a bondade e a justiça da intenção, começar a pedir a demissão do Governo a menos de ano e meio de
funções, apoiado por maioria na Assembleia
da República, com apoio presidencial e sem manifestar, o próprio, a mínima
vontade de o fazer, descredibiliza quem o pede porque não vai corresponder à
expectativa criada e banaliza um facto político que, só por si, quando acontece,
tem a maior importância para a vida dos portugueses.
Por esta
hora, a direção da CGTP, estará a alinhar
os pormenores de mais uma greve a que, desacertadamente, insiste em chamar de “geral”. Para muita gente é difícil
admitir mas, sem concertarem com a UGT, não tem greve geral. Será sempre
parcial e com resultados mínimos. Também neste caso corremos o risco de
banalizar o termo – greve geral.
Outro exemplo
é a moção de censura ao Governo. Neste
caso são duas e, para além de mais algum tempo de intervenção política dos
proponentes, não vai sair censura ao Governo
porque as moções nunca serão aprovadas. Na
verdade, a verdadeira censura ao Governo
e à generalidade dos políticos instalados, tem sido muito bem feita nas ruas
das nossas cidades e, principalmente, no último dia 15 de Setembro.
Silvestre Félix
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