José Eduardo Agualusa é, em si, a essência do espírito da Lusofonia!
O Homem, O Escritor, O falante da Língua Lusa, está sempre em muitos sítios com os oceanos por caminho e a nossa Língua como identidade.
O “Milagrário Pessoal” é uma linda caminhada pela história da língua portuguesa. O romance é de amores normais, entre pessoas, mas também e sobretudo, pela língua portuguesa.
Ao longo do livro, em que a narrativa é protagonizada por um velho anarquista angolano e uma sua aluna, ambos linguistas e “amantes” da língua lusa e da sua história. São feitas referências a muitos escritores e utilizadores ilustres da nossa língua, às suas obras a e sítios luso-falantes desde Olinda, a cidade museu de Pernambuco muito perto da grande Recife, até Dili em Timor-Leste, passando por Luanda ou Lisboa.
O autor valoriza a pureza da nossa língua na diversidade cultural dos falantes. A língua portuguesa é da comunidade lusófona e, para garantir a sua eternidade, deve ser dinâmica na inventariação e dicionarização dos neologismos.
Bom, dado tratar-se de um romance, o melhor é lê-lo e apreciá-lo. Também é uma boa prenda para este Natal.
José Eduardo Agualusa, nasceu em Huambo, Angola, em 1960 a 13 de Dezembro. Fez portanto, 50 anos há dez dias. Parabéns por isso! Vive entre Lisboa e Luanda com muitas incursões ao Brasil e não só. É dos autores lusófonos que mais aprecio.
Edição da “D. QUIXOTE” com 1ª edição em Setembro de 2010.
SBF
(Imagem: Cala do Livro do Site da Editora)
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