Freitas do Amaral era, à data do desastre de Camarate, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice-Primeiro-Ministro do Governo de Sá Carneiro e um dos três líderes da AD. Embora nunca tenha afirmado categoricamente que o “caso Camarate” tinha sido acidente ou atentado, ao longo dos anos, sempre se indignou pela (aparente) falta de empenhamento das autoridades portuguesas, em apurar a verdade.
Pela leitura do livro, vamos descobrindo com o autor, situações caricatas que denunciam uma inacreditável (é o que parece) falta de vontade em levar o caso a Tribunal. Se assim foi, para os que o queriam, conseguiram. O caso prescreveu para a Justiça e, tudo o que ainda não tinha sido esclarecido, só o pode ser, a nível Parlamentar.
Diogo Freitas do Amaral destaca dois dados que, na sua opinião, são determinantes no apuramento de tudo o que aconteceu: Investigação sobre o desaparecimento de um telegrama enviado pelo Embaixador no Reino Unido para o Ministério em Lisboa, que ele próprio leu e despachou pelo seu punho e, investigação sobre a existência e movimentação, até não se sabe quando, do “Fundo de Defesa Militar do Ultramar” (FDMU).
O autor, Professor Diogo Freitas do Amaral, tem 69 anos é professor Catedrático, foi fundador e Presidente do CDS durante 12 anos. Teve, até agora inúmeros cargos políticos nacionais, sendo que, no âmbito internacional foi Presidente da 50ª Assembleia Geral das Nações Unidas (1995-1996).
A Edição é da “Bertrand Editora” e, a primeira, foi em Novembro de 2010.
(Imagem: Capa do Livro - Site da Editora)
Sem comentários:
Enviar um comentário