UM PRESO POLÍTICO

Um preso político, tanto o é na China como em qualquer outra parte do mundo. Até em Portugal o era antes de 25 de Abril de 1974.

A atribuição do Prémio Nobel da Paz a um opositor chinês, causou forte reação do governo deste País. Desde que, o Comité Nobel Norueguês, anunciou a distinção pela luta “longa e não violenta pelos direitos fundamentais na China”, de Liu Xiaobo, que, na China, todos os canais de televisão nacionais e estrangeiros, rádios, jornais, internet e telemóveis, sofreram cortes e, nalguns casos, apagões, a mando do poderoso departamento de censura chinês e a mulher de Liu foi colocada em prisão domiciliária. O governo reagiu como é normal nas ditaduras.

Como também é normal, por todo o mundo se multiplicaram protestos anti-chineses pela reação e apelando à libertação do preso político Liu Xiaobo. Portugal não é exceção, existindo no entanto uma que confirma a regra.

O Partido Comunista Português emitiu um comunicado em que lamenta a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2010 ao opositor chinês, considerando que é “mais um golpe na credibilidade” deste galardão e que representa “pressões económicas e políticas” à China.

Será que os atuais dirigentes do PCP já não se lembram dos seus presos políticos nas prisões fascistas de antes do 25 de Abril?

Tenho admiração pela história do PCP, por muitos comunistas e por muitas bandeiras que defendem mas, quando se põem ao lado dum regime que não respeita os mais elementares direitos humanos, fica difícil acreditar no seu discurso a favor da democracia e do desenvolvimento da humanidade.

Sem comentários:

A MORTE DE GIL MATIAS

Representação de "O Palheiro"  na URCA 1979 encenado por Gil Matias A morte do grande Gil Matias, deixa a cultura do nosso concelh...