
Samora tinha 53 anos e, em circunstâncias normais, ainda estaria muito mais tempo à frente dos destinos de Moçambique.
Tive oportunidade de ouvir Samora Machel ao vivo mais de uma vez. Os seus discursos para o povo eram intermináveis. Falava de improviso e, muitas vezes, repetia a mesma ideia, em diferentes dialetos. O gesticular, os movimentos com o corpo, com a cabeça e até alguns passos de dança, saíam igualmente com a naturalidade de quem está com os seus.
Ninguém poderá saber o que seria Moçambique hoje, se Samora não tivesse morrido tão cedo. Nem vale a pela especular sobre esta dúvida. É um País com escassos recursos minerais, ao contrário de muitos outros países africanos, e, por isso, muito dependente, do ponto de vista económico e financeiro.
Samora Machel, líder revolucionário, está na história de Moçambique como “Pai da Nação”. Foi com ele na liderança da Frelimo, que o País ascendeu à independência em 25 de Junho de 1975.
Só pisei terra moçambicana em 1982 e, durante 18 anos, muitas vezes lá voltei. Sempre que cheguei a Maputo, senti que estava outra vez em casa. Tenho por lá muitos amigos e, se tornar a ter a sorte de lá voltar, chegarei novamente a casa!
(Foto: Wikipédia)
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