REPÚBLICA – MONARQUIA

Comparativamente, o regime de organização política de cariz republicano, é mais certo e justo para as sociedades modernas do que as monarquias.

Não quer dizer que todas as repúblicas proporcionem aos seus cidadãos melhor vida do que muitas monarquias. Há bons e maus governos em ambos os regimes.

Do que se trata, é a injustiça da atribuição de poder sobre os seus concidadãos, por razão do nascimento, ou seja, o chamado “príncipe” na monarquia, pelo fato de ter determinada ascendência, vai, mais tarde, ser investido (coroado Rei ou Rainha) Chefe de Estado. Enquanto o Presidente da República é investido nessa função, por sufrágio direto e universal ou por colégio parlamentar, expressando-se assim a vontade da sociedade através do voto popular.

Em qualquer dos casos, hoje, as monarquias ocidentais existentes são todas constitucionais, não tendo poder executivo ou legislativo. Ficam-se pela representação do Estado e pouco mais.

Acho que, nesta época, na Europa e duma maneira abrangente, no Ocidente, não se justificam mudanças em qualquer dos sentidos – As monarquias estão bem e as repúblicas igualmente.

No caso de Portugal, a propósito das comemorações dos 100 anos da implantação da República, embora haja uma razoável corrente monárquica organizada e mesmo um pretendente oficial ao trono, D. Duarte Nuno o Duque de Bragança, penso não haver dúvidas sobre a preferência republicana dos portugueses.

Ainda assim, considerando a forma violenta como a monarquia foi deposta, estes, deveriam ter oportunidade de dar a conhecer aos portugueses a sua versão de regime e também as suas “dores”, porque também é disso que se trata. Nestes últimos meses, os escaparates das nossas livrarias, os jornais e as televisões, têm sido invadidos por motivos republicanos sendo estes naturalmente os “bons”, anulando por completo, qualquer sinal monárquico.

É bom lembrar que os revolucionários republicanos de 1910 – porque culpavam a monarquia de todos os males – prometeram resolver todos os problemas existentes no País. Sabemos como andamos até hoje, passando pelos difíceis golpes e contra-golpes até 1926 com condições de vida – mesmo comparando com o resto da Europa – degradantes e a ditadura até 1974. Será que em monarquia estávamos diferentes? Melhores? Piores? Ou na mesma?

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