Este fim de semana, peguei e li o badalado “Caim”. Do ponto de vista literário, que é, o que, no Saramago me interessa, gostei, como acontece com boa parte dos seus livros.
Quem fez catequese em criança como eu, personagem de nunca mais se esqueceu foi de Caim mais o seu irmão Abel. A sua crueldade, ao matar o irmão, fez-me sempre muita confusão, assim como as razias de Sodoma, de Us, a pátria de Abraão e do próprio dilúvio. Lembro-me de ter alguma dificuldade em conciliar a imagem dos anjos com espadas de fogo, e a ideia que tinha do anjo bom e protector. As personagens do antigo testamento são assim no que conseguimos perceber pela leitura, e, bem cheio de enigmas, para que a religião possa explorar sem limite as alegadas mensagens.
A polémica que Saramago alimentou, antes e durante o lançamento do livro, não teve sentido nenhum, mas que ajudou a vender a obra, lá isso ajudou.
Pormenor importante – Para plena satisfação com a leitura de “Caim”, é importante conhecer minimamente o antigo testamento, ou, pelo menos, algumas partes.
Toda a gente que frequenta as prateleiras das livrarias, com certeza reparou, como eu, a exposição de atraentes edições de bíblias, algumas vezes até, perto do “Caim” de Saramago.
Primeira edição da “Caminho” em Setembro de 2009.
De José Saramago já tudo se sabe. Vive no arquipélago das Canárias na ilha de Lanzarote e defende a criação da Ibéria (união de Portugal e Espanha).
SBF
(Gravura: Capa do livro)
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