A dívida do Dubai atinge os 80 mil milhões de dólares para um PIB de 37 mil milhões. Não muito longe de metade das receitas do Emirato, até 2008, eram provenientes do sector imobiliário e da construção. As construções megalómanas transformaram o Dubai num imenso estaleiro nos últimos quinze anos. Com o rebentamento da bolha do imobiliário, os preços caríssimos do Emirato, que iam sustentando os fundos financeiros com chorudos lucros, caíram para metade.
O petróleo não dá para nada, representa só 6% e o promissor desenvolvimento industrial ainda não está suficientemente musculado para compensar as perdas no imobiliário.
Assim sendo, o incumprimento dos compromissos com a dívida era inevitável e aconteceu. O mundo financeiro e as bolsas abanaram mas, com o previsível apoio do vizinho Abu Dhabi, talvez a coisa se recomponha. É, no entanto, mais uma boa lição para os Estados que, na sua maioria, foram muito pouco reguladores.
É provável que o Dubai continue na moda, mas para mim continua a parecer-me uma cidade de plástico. E aqui, aquela máxima é verdadeira: Quanto maior se sobe, maior é a queda.
SBF
(Fotos: Wikipédia)
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