REORGANIZAÇÃO OLÍMPICA PORTUGUESA

Considerando os resultados obtidos pelos nossos atletas em anteriores edições dos Jogos Olímpicos, até que nem foi muito mau em Pequim.

O que se passa é que quando vamos para estas coisas, a nossa comunicação social encarrega-se sempre de nos eleger como os melhores de tudo, esquecendo que os outros também querem ganhar e, numa grande parte das vezes, tendo mais condições de treino/trabalho que os nossos, e depois, quando não se corresponde a essas falsas expectativas, são os mesmos que deitam tudo abaixo.

Na verdade, dos que não ganharam nada, só com a Naide foi surpresa, porque relativamente aos demais, não era garantido nem esperado que algum chegasse ao podium.

Como também é hábito, falou-se demais e, desta vez, até o maior responsável pelo Comité Olímpico disse coisas que não devia ter dito. Já está há muito tempo com aquela responsabilidade, acho que fez um bom trabalho, mas teve o seu tempo, agora, devia ter mantido aquelas primeiras afirmações que não se voltava a candidatar, deixando a porta aberta para outros com ideias frescas.

A organização Olímpica Portuguesa precisa duma autêntica revolução, transformando-se numa estrutura devidamente profissionalizada colocando-se no topo da pirâmide de todas as especialidades olímpicas. Eu penso que os atletas deviam ser seleccionados assim, tipo selecção de futebol, desde os seniores e passando pelos juniores, juvenis e iniciados com captação a nível da rede escolar e clubes. Poderiam continuar vinculados aos seus clubes e federações, competindo a esse nível mas sempre enquadrados nos programas de preparação do Comité Olímpico. Para estes atletas seria sempre garantido a permanência nos “centros de alto rendimento” adequados já existentes ou a construir. As performances como objectivo nas várias modalidades seriam os recordes, e os clubes e federações se quisessem ser parte, teriam que se alinhar pelos patamares mais elevados.

O atingirem esta selecção seria sempre o grande objectivo dos nossos atletas, porque enquanto se deixar a sua preparação na mão das diversas federações, nunca mais chegamos lá e cada vez gastamos mais dinheiro.

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