Se ao grande universo de trabalhadores continuar a ser retirado poder de compra, este, vai consumindo cada vez menos, atingindo rapidamente a escassez do essencial, os retalhistas deixam de vender e, consequentemente, deixam também de comprar à distribuição que, por sua vez, deixa de encomendar ao aparelho produtivo que, deixa de produzir e de adquirir matéria-prima voltando tudo ao princípio.
Com o fim da linha e falências sucessivas, tudo pára!
O desemprego e a desgraça familiar fazem, na diagonal, todo este percurso.
No banco dos réus deveria sentar-se o detentor do capital porque: sôfrego, desregulado e ultraliberal, só tratou de acumular capital para especular onde melhor lucro encontrou para voltar a juntar mais, em tudo o que são paraísos fiscais.
Qual é a racionalidade de proporem (os mercados) empréstimos à Grécia com juros a 100%?
Como é possível que um Comissário da UE, com grandes responsabilidades comunitárias e que por acaso é Alemão, propor que, nas instâncias da UE, as bandeiras da Grécia, Portugal e Irlanda sejam colocadas a meia haste?
Pior do isso! Nem o Presidente da Comissão se desmarcou denunciando a inoportuna proposta, nem nenhum Estado ou Órgão da União(?) contestou veementemente a indigna “bacorada” do Comissário (que por acaso é) Alemão.
Os Estados e os Governos, cúmplices ou não, estão todos de joelhos e reféns do “tal polvo” que assume as mais variadas formas e designações sendo a mais conhecida: – Mercados!
Na Europa existem Estados (cúmplices) a quem a situação lhes calça que nem uma luva.
Eu acho que estamos muito perto duma desintegração europeia com consequências imprevisíveis. O que se toma como certo é que, acontecendo, a esmagadora maioria dos Estados são devedores.
Silvestre Félix
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