(SÓ) 100 MILHÕES?

Sem pretender pôr em causa a “bondade” das decisões tomadas hoje em Conselho de Ministros no que respeita à redução de 38% de estruturas da Administração Central resultando daí uma poupança inicial de (SÓ) 100 milhões de euros, parece-me valor francamente curto para os níveis que todos os dias são atirados para a mesa.


Para quem há uns meses atrás, na oposição, ainda no rescaldo da apresentação do PEC IV pelo anterior Governo, discordando de algumas medidas aí propostas, anunciava como alternativa possível e imediata, cortes na Administração Central na ordem dos 1,6 ou 1,7 mil milhões de euros, as expectativas dos portugueses saem completamente frustradas.


Já sabia que fazer promessas para não cumprir, ou fazê-las só como mero exercício demagógico e ao mesmo tempo tentar convencer os incautos, é, cada vez mais, pratica corrente dos nossos políticos, no entanto, vamos desejando sempre que, de cada vez, não seja assim.


Gostava de ver os ministros, secretários de estado, chefes de gabinete, assessores, secretários dos secretários, diretores gerais, etc., etc., arrumarem os topos de gama e passarem a andar de metro ou, pelo menos, reduzirem a frota para metade e substituírem-na por carros económicos.


Vale a pena continuarmos à espera dos tão famosos cortes na estrutura do Estado?


O melhor é esperarmos sentados!

Silvestre Félix

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