Sou paciente e ficarei satisfeito se, daqui a uns meses, vier aqui elogiar António José Seguro porque, hoje, não há “matéria”, como eles (os políticos) gostam de dizer, suficiente para isso, antes pelo contrário. Pode ser constrangimento de “novato” (salvo seja), mas que tem de melhorar muito, lá isso tem.
Eu acho que a estreia de Seguro no Parlamento, no papel de líder do PS, foi bastante fraca. Aquela entrada de “leão”, com três dedos espetados, em que, cada um, valia um i (letra i), parecia e poderia ter sido uma boa encenação mas, quando desenrolou o texto, percebeu-se a falta de qualidade do guionista.
Um dos i’s, contestava a subida do IVA na eletricidade e gás a partir de Outubro, propondo, em alternativa, a cobrança de um imposto sobre empresas com mais de 2,5 milhões de euros de lucro. É que, esta alteração, embora não quantificada, foi (mal) negociada pelo PS com a troika para entrar em vigor a partir de Janeiro de 2012. Mas que grande “descoberta” fez Seguro – em vez de aumentar em Outubro, só aumentava três meses depois, em Janeiro…e assim? Já estava bem?
Falou depois, já não me lembro se era algum i ou não, nas promessas eleitorais do PSD. Mas, dos últimos governos, qual prometeu não aumentar impostos e cumpriu? É claro que é condenável e deve ser cobrado a Passos Coelho mas Sócrates fez o mesmo e Durão Barroso o mesmo fez!
Estou a ter dificuldade (o defeito pode ser meu) em perceber boas ideias alternativas ao novo líder da oposição.
Silvestre Félix
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