Em resultado das próximas eleições, para que haja um governo apoiado por uma maioria parlamentar, vai ser necessário, que, pelo menos, dois partidos se entendam. É praticamente garantido que ninguém vai conseguir maioria absoluta.
Cavaco Silva não é o meu Presidente nem nunca foi o destinatário do meu voto, logo, é natural que não tenha gostado do discurso de ontem. Mas também não é isso que justifica sermos injustos na análise das suas palavras.
Quando alguns por aí, justificando a sua incapacidade no estabelecimento dum diálogo mínimo, mas suficiente para criar uma frente nacional capaz de negociar com as instituições estrangeiras, lançam areia para os olhos dos portugueses comparando a necessidade de entendimento pluripartidário, com o partido único do regime fascista que se chamava “união nacional”.
É pura demagogia utilizar a terminologia “união nacional” naquele sentido. Se não têm competência para defender os interesses nacionais que o assumam.
Os portugueses exigem que “eles” se entendam por Portugal e pelo seu Povo.
Silvestre Félix
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