Cá pelo “burgo”, pelo menos de dois em dois dias, lançam (nunca se sabe muito bem quem) uma máxima que deve ser noticiada e partilhada até à exaustão.
A que está na onda desde ontem é – Pode ou não pode, o Governo, pedir “ajuda” (?) externa, que é como quem diz, mandar vir o FMI?
Como disse ontem, os “profetas da desgraça”, os “aprendizes” e os “inteligentes” estão mais que contentes. Com juros a chegarem aos dez por cento, a coisa torna-se cada vez mais difícil aguentar e, finalmente, começa a abrir-se aquela “janela” que, pelo menos há um ano, andam a puxar.
É bom lembrar que, no espaço de quinze dias, os juros pedidos pelos mercados agiotas, subiram em média mais ou menos 4 pontos e os níveis das agências de cotação, cortados em 3 ou 4 degraus. Bom trabalho para quem nos quer enterrar, incluindo os cá de dentro.
Em consequência do defeito da Constituição neste caso concreto, não interessa agora passar os dias a discutir quem é que tem competência para formalizar a “ajuda” (?). Este ping-pong é a continuação da imagem degradante que os nossos políticos continuam a transmitir interna e externamente. O único Órgão político eleito e em plenas funções é o Presidente da República, portanto, Cavaco Silva não se pode pôr de fora. Qualquer necessidade de compromisso institucional tem de passar por ele.
É muito importante que numa próxima revisão constitucional, o artigo que fala das competências dum Governo de gestão, passe a ser explícito no que respeita a meia – dúzia de situações, para que não volte a surgir a dúvida que, aliás, já não é a primeira vez.
Silvestre Félix
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