Não nos resolve problema nenhum, nem altera nada do que de mau nos aconteceu mas, não deixa de ser irónico, que venha o Diretor do FMI, sigla que aprendemos a detestar, afirmar que a União Europeia assim não vai lá!
Diz Strauss-Khan, a propósito da atual crise, que a Europa «Precisa de ter um plano mais abrangente», acrescenta ainda que «A abordagem fragmentada de lidar um dia com taxas de juro e outro dia com outra coisa qualquer não está a funcionar».
Quer dizer, o próprio FMI denuncia a bagunça que vai andando pelos corredores do poder (?) Europeu. Tudo anda ao saber dos interesses e desejos momentâneos do “diretório”. Não interessa nada o coletivo.
Os portugueses, independentemente dos dias difíceis que aí vêm com as regras rígidas para garantir o empréstimo, têm de tratar da sua vida e ajudar a cortar a cabeça do polvo. Temos que adotar algumas máximas e levá-las a sério:
Consumir nacional, sempre!
Esta regra, que tem de ser pessoal e de cidadania. Abrirá caminho ao aumento de produção na agricultura, com destaque para os sub – sectores da pecuária, hortícolas, fruta e cereais. As pescas podem recuperar da letargia a que as políticas aplicadas nas últimas décadas a puseram, bastando para isso que, quando formos comprar peixe, nos habituemos a olhar para a origem do produto.
Se cada um de nós tiver a atitude certa, o País andará para a frente, o desemprego diminuirá e ninguém nos pode acusar de protecionismo contrário às diretivas de Bruxelas.
Ainda com a mesma determinação patriótica (excluindo o polémico da expressão), é necessário redimensionar, numa perspectiva de desígnio, o relacionamento em todas as áreas com os nossos parceiros da Lusofonia. Esta atitude nacional deverá passar a ser uma, ou melhor, a prioridade!
Nunca fui euro-cético, mas estou muito descrente no futuro da União Europeia tal como está e, dum momento para o outro tudo pode desmoronar. Temos de estar prevenidos.
Silvestre Félix
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