FEIRAS MEDIEVAIS

Já existem em Portugal boas e interessantes feiras medievais. Infelizmente, realizam-se muitas outras, que de “feiras medievais” só têm o nome.

Não basta armar meia dúzia de tendas para vender bijuteria, peças de roupa e acessórios da América do sul, artesanato e roupa do norte de África, ginjinha e outros licores, bolos rústicos, sonhos e filhoses, pão com chouriço e copos de vinho, sangria e bagaço. No meio um trapézio fixo para dar suporte a uns números aéreos e malabarismo no chão. Isto tudo banhado com som musical, esse sim, medieval ou parecido com isso.

Foi isto que vi ontem na Praça D. Fernando II, em S. Pedro. A Câmara Municipal de Sintra, desde há uns anos, tem organizado aquilo que chama, salvo erro, “rotas medievais “ e, pelo que se percebe, os mesmos tendeiros, montam e desmontam conforme os sítios acordados.

Para que este tipo de eventos resulte, é necessário mais trabalho e alguma imaginação. Acho que têm de estar evolvidos num pacote histórico/cultural. A feira, no seu todo, tem de ser uma grande representação (devidamente referenciada no tempo) respeitando um guião. Os participantes têm de estar envolvidos nesse grande palco, naquela época, naquele ano ou naquele dia e que se localiza naquele sítio. Os visitantes têm de perceber e, se for o caso, aprender, que estão em determinada época a festejar ou a assistir a um acontecimento, como se estivessem a recuar no tempo.

SBF

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