HIPOCRISIA EM GRANDE ESTILO



Na madrugada de ontem, verificou-se o rebentamento de um engenho explosivo num terceiro andar dum prédio em Tomar. Ao que parece, era um engenho artesanal e de baixa potência, mesmo assim, arrancou as portas todas do prédio incluindo a da rua. Por sorte, digo eu, não deflagrou nenhum incêndio e os estragados foram só motivados pela explosão em si.

As notícias, na minha opinião, deveriam centrar-se no acto criminoso de quem fez a bomba e a colocou, pondo em perigo a vida dos moradores e provocando todos os estragos à vista, mas não. O que vi nas televisões e na imprensa, tratava acima de tudo, de quem morava naquele apartamento. A comunicação social tratou de branquear a culpa do, ou da bombista, e preocupou-se em saber se havia muitas mulheres lá a morar, se eram prostitutas, se entravam muitos homens, e a que horas, a nacionalidade das ditas, etc, etc.

Mas afinal em que País estamos? E em que Continente? E se tivessem morrido pessoas?

Espero que a Polícia e quem tem o dever de investigar, procure de facto o(a) bombista, e não vá na onda dos (em grande parte das vezes) hipócritas, defensores dos “bons costumes” e contra os chamados “atentados ao pudor”, que gostariam mais de viver no tempo do antigo regime, em que, um beijo na rua, podia dar direito a identificação e multa com ida à esquadra.

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