Finalmente Angola vai ter eleições. Passo possível só depois do desarmamento da Unita. Durante praticamente vinte anos, a partir de 1980, viajei com alguma frequência a África sendo Angola e Moçambique, os principais destinos. A experiência com os angolanos, permite-me afirmar que a grande maioria deseja praticar esta democracia e, fartos de guerra, vão finalmente viver em paz e transformar Angola num grande País e numa verdadeira potência africana.
Muito embora eu tenha esta certeza, a democracia, tal como a entendemos no ocidente, não é copiável para África e, se dúvidas haja, basta analisar o contexto do continente nesta matéria. Duma forma geral, os “grandes” especialistas e puristas do nosso País, confundem estas duas realidades tão diferentes. Acontece mesmo com personalidades que eu até admiro e bastante, mas quando se põem a botar “discurso” sobre a democracia em África, transformam-se em ignorantes primários. Os povos africanos eram, até há cinquenta anos atrás, colonizados e nalguns casos escravizados pelos Europeus, como podem agora, estes mesmos Europeus, quererem que os africanos, encaixados em fronteiras políticas que também eles (os Europeus) fabricaram e que não têm nada a ver com as fronteiras ancestrais e originais, acreditem e pratiquem a democracia ocidental? Ou seja, os poucos Países com “democracia”, são a excepção que confirma a regra.
Torcendo para que em Angola esta democracia dê certo, os PALOP’s, deste ponto de vista, serão exemplo para o grande continente africano. Temos regimes democráticos consolidados em Cabo Verde e Moçambique e esperamos que o mesmo aconteça agora com Angola. S. Tomé, embora com alguma fragilidade, também caminha no mesmo sentido. Na Guiné-Bissau a situação é um pouco mais complicada.
Pessoalmente, e sem qualquer sentimento paternalista, sinto-me orgulhoso sempre que as coisas correm bem. Os angolanos merecem que o seu desenvolvimento se transforme em riqueza, e que essa, realmente beneficie toda a população.
Muito embora eu tenha esta certeza, a democracia, tal como a entendemos no ocidente, não é copiável para África e, se dúvidas haja, basta analisar o contexto do continente nesta matéria. Duma forma geral, os “grandes” especialistas e puristas do nosso País, confundem estas duas realidades tão diferentes. Acontece mesmo com personalidades que eu até admiro e bastante, mas quando se põem a botar “discurso” sobre a democracia em África, transformam-se em ignorantes primários. Os povos africanos eram, até há cinquenta anos atrás, colonizados e nalguns casos escravizados pelos Europeus, como podem agora, estes mesmos Europeus, quererem que os africanos, encaixados em fronteiras políticas que também eles (os Europeus) fabricaram e que não têm nada a ver com as fronteiras ancestrais e originais, acreditem e pratiquem a democracia ocidental? Ou seja, os poucos Países com “democracia”, são a excepção que confirma a regra.
Torcendo para que em Angola esta democracia dê certo, os PALOP’s, deste ponto de vista, serão exemplo para o grande continente africano. Temos regimes democráticos consolidados em Cabo Verde e Moçambique e esperamos que o mesmo aconteça agora com Angola. S. Tomé, embora com alguma fragilidade, também caminha no mesmo sentido. Na Guiné-Bissau a situação é um pouco mais complicada.
Pessoalmente, e sem qualquer sentimento paternalista, sinto-me orgulhoso sempre que as coisas correm bem. Os angolanos merecem que o seu desenvolvimento se transforme em riqueza, e que essa, realmente beneficie toda a população.
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