Cavaco Silva, desvalorizando completamente a responsabilidade
institucional das suas funções e o que se lhe exige, no que respeita à
estabilidade da democracia e ao seu desejável papel de árbitro nas relações dos
vários intervenientes, escreveu, em prefácio de livro hoje tornado público,
palavras, frases e expressões, diabolizando o antigo Primeiro-Ministro José Sócrates duma forma descabida e
extemporânea.
Em circunstâncias normais, Cavaco Silva ainda será o mais alto
magistrado da Nação durante mais
quatro anos, não lhe ficando bem referir-se aos protagonistas da governação da
maneira como o faz hoje, relativamente a José
Sócrates. Mesmo que a razão lhe assistisse por inteiro, que não é o caso,
digo eu, não o deveria ter fazer. Muito menos quando os seus telhados de vidro
são enormes e também se podem partir.
Estou com muita curiosidade em
ouvir o que António José Seguro tem a
dizer sobre esta “prenda” de Cavaco Silva a José Sócrates.
Silvestre Félix
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