MAJOR ALVEGA

O Major Alvega, invencível piloto de caça Luso – Britânico da esquadrilha da Royal Air Force, Força Aérea Britânica abreviada por RAF, foi o meu herói favorito de banda desenhada (quadradinhos) naquela altura de final da escola primária. Na verdade, comecei a perceber a segunda guerra mundial, devorando as mais variadas vitórias pelos céus da Europa, do Major Jaime Eduardo de Cook e Alvega. Não havia piloto germânico que lhe resistisse.

Estou a referir-me à década de 60, ou seja, menos de 20 anos do final da guerra, em que as recordações ainda eram muito presentes. O meu irmão, dez anos mais velho, falava-me do período imediatamente a seguir, segunda metade da década de 40. Com menos de 10 anos, já tinha noção do que tinha acontecido de facto, e, é por isso, que sempre digo ter aprendido a história de segunda guerra nos “quadradinhos”.

Esta lembrança vem a propósito das comemorações do 70º aniversário do início da dita guerra, com a invasão da Polónia pelo exército da Alemanha nazi, a 2 de Setembro de 1939.

A história já nos explica que um ano antes da invasão da Polónia, a Inglaterra e a França tinham ido na conversa de Hitler assinando a aceitação da anexação pela Alemanha dos Sudetos. Também a URSS tinha assinado com Hitler um pacto de não agressão. A Itália, Espanha de Franco, o Japão e a Alemanha assinaram outro acordo que viria a identificar este conjunto de “Países do eixo”.

Passados todos estes anos, os russos e polacos ainda têm versões diferentes sobre quem se portou mal, ou seja, quem esteve do lado certo e errado. De factos não pode haver dúvidas, a Alemanha invadiu a Polónia, e, uma semana depois, a URSS de Estaline, instalou-se na parte oriental da Polónia. Nessa altura, o pacto germano – soviético, funcionou na divisão dos despojos de guerra, só depois, quando Hitler passou a ser ameaça para Estaline, e invadiu mesmo a URSS, é que declaradamente Estaline se pôs do lado dos Aliados.

Naquela época não havia computadores e a televisão estava a dar os primeiros passos, mas para mim e para muitos miúdos como eu, os “quadradinhos” foram didácticos. Acho que os computadores “Magalhães” do primeiro ciclo, podiam oferecer este tipo de ferramenta para ajudar no ensino de história.

SBF

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