Só desde que o plano de saúde de Barack Obama começou a ter lugar nos noticiários da nossa comunicação social, é que muitos portugueses se aperceberam da importância e do valor que tem o nosso Serviço Nacional de Saúde. Pode não ser o mais perfeito, mas no ranking europeu está seguramente nos lugares de cima. O direito a ser assistido pelo SNS é universal.
Nos últimos dias, tenho-me apercebido do desconhecimento que existe sobre o sistema de saúde que (não) existe nos USA. Neste momento existem 47 milhões de americanos que, se adoecerem, não têm forma de se tratarem, só pagando. A única cobertura que existe, são os seguros de saúde privados. As pessoas trabalham, descontam para a seguradora e quando estão doentes ou têm um acidente, estão cobertos por essa apólice. Se têm o azar de ficar desempregados e, por consequência, deixar de ter condições para pagar o seguro, pura e simplesmente deixam de ter qualquer cobertura na doença.
O que Obama quer, é implementar um sistema de saúde universal, idêntico aos que existem aqui na Europa. Para nós é simples e óbvio, mas para a mentalidade ultra liberal americana, isto significa mais impostos, daí a contestação ao plano Obama muito orquestrada pelos republicanos e alas da direita radical e racista.
Barack Obama tem ainda um longo caminho a percorrer até conseguir transformar aquela sociedade, que, como se pode ver, não é tão perfeita assim. Entretanto as recordações do 11 de Setembro de 2001, não vão ajudar.
SBF
(Foto: Wikipédia)
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