MAIO, 23

Algumas acácias já em flor, cores múltiplas filtrando os violeta do sol tropical nas bordas do Índico oceano e em cima da calma baía desde a barra do Incomati pela areia da Macaneta até ao carvão da Matola. Depois do nascimento do nazareno, que veneramos como Cristo crucificado no monte das oliveiras lá p’ra terra – santa do médio - oriente, passaram em tempo contado em anos, mil novecentos e oitenta e três a considerar também o calendário do Gregório (papa XIII, acho eu) no dia vinte e três e o mês de Maio das acácias coloridas desde o rio Maputo até ao asfalto do mesmo nome.

Ansiedade e preocupação pela madrugada fora, e a Mãe subiu os oito andares, e a Mãe desceu os oito andares de pé de escada, e a máquina que eleva o corpo, a alma, os sonhos, a felicidade, as compras da cooperativa… deixou o esforço para outro dia, e a Mãe com toda a vontade e força do mundo desceu cada degrau com alegria dobrada. Nem o médico Cubano combinado se descobria para a função de natividade ajudada, e a maternidade da cidade a acolher o meu tesouro que quase estava encontrado.

Menino ou menina?

Naquela terra vermelha, amada pelos de lá e abençoada pelos de cá, ela nasceu com a manhã. E o Bruno e a Isabel e eu lhe pegamos na primeira claridade da vida.

Parabéns Minha Filha!

SBF

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