Confirmando a apetência hipócrita
para deitar areia aos olhos dos portugueses, uma catrefada de políticos e
afins, correram a tudo o que é microfone e escrita para se pendurarem nas
afirmações “cavaqueiras” dos últimos
dias, a propósito da proposta do Orçamento
de Estado.
A “equidade”
evocada por Cavaco Silva não o eleva
a defensor oficioso dos funcionários públicos como alguns agora querem fazer querer.
Há um ano, também contestou o corte salarial imposto à função pública pelo Governo
de Sócrates por ser só aos funcionários
públicos. Já relativamente à taxa especial que engolirá parte do subsídio de Natal deste ano, como, para além dos funcionários públicos, abrange o resto do pessoal privado, achou
muito bem e referiu-se à medida diversas vezes em tom muito elogioso para o Governo.
Bem podem os da oposição limpar
bem as mãos pela (…) que disseram,
porque o que tinha mobilizado Cavaco
Silva para um apoio inequívoco a este Orçamento,
teria sido a abrangência do corte dos subsídios também aos privados.
Já lá vai o tempo em que os funcionários do Estado eram os “parentes
pobres da nação”. A função
pública, com todo o direito, atingiu níveis se segurança de emprego e de
compensação em geral, em muito pouca percentagem igualadas ou ultrapassadas no
setor privado. Mesmo assim, neste tempo, a quase totalidade dos desempregados
registados não consta que sejam funcionários
públicos e, também pelo que se vai sabendo, numa parte considerável das
empresas privadas há muito que deixaram de ser “letra” os “contratos
coletivos de trabalho” e, pelo menos há dois anos, têm sido feitos muitos acordos
de empresa com reduções de salários e subsídios em troca da manutenção dos
postos de trabalho.
Tudo está errado!
“Casa onde não há pão, todos ralham
e ninguém tem razão!”
Merkel e Sarkozy mandam nisto tudo! Até se dão ao luxo de marcarem e
desmarcarem cimeiras…
Silvestre Félix
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