QUAL É FUTURO?


Em vez dos discursos e entrevistas catastrofistas do Presidente da República, do Primeiro-Ministro e de alguns dos seus ministros, para quando – como muito bem pergunta Pedro Marques Lopes na sua crónica do Diário de Notícias – um pouco de esperança? É tempo do Governo começar a explicar melhor porque é que nos está a pôr a “pão e água”. As medidas de austeridade estão a surgir avulso e de todos os lados mas sem qualquer ligação entre si que não seja a Troika ou a conjuntura internacional, contrariando, aliás, tudo o que diziam antes das eleições.

Cavaco Silva continua a dizer que «temos de trabalhar mais e melhor». Mas quem é que tem de pôr o País a «trabalhar mais e melhor»? São os que trabalham, o cidadão comum? Claro que não! Hão de ser os empresários, os que têm a responsabilidade da gestão das empresas, da economia e, em última análise, os políticos com responsabilidades governativas em todos os patamares – Central, regional e autárquico.  

O Governo não pode esticar muito mais a corda. É bom que comece a dizer que caminho vamos percorrer. Temos o direito de escolher percorrê-lo, ou não.  

Silvestre Félix

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