Dos “anéis” que estamos vendedores, quase todos estratégicos para mantermos alguma soberania económica, o das “Águas de Portugal” é o que mais me custa engolir.
Qualquer uma das empresas em questão, pode, dum momento para o outro, deixar de ser nacional com a consequente mudança do centro de decisão para um outro local no mundo. Na maior parte dos casos, em qualquer altura, outro capital português, pode iniciar a construção de organização similar à TAP, à PT, EDP, etc., etc., ou seja, a concorrência pode funcionar. O mesmo não pode acontecer em relação às “Águas de Portugal”. O objeto de exploração – a ÁGUA, está fisicamente no território nacional.
A água é um bem essencial à vida que, a não ser invertida a tendência, vai diminuir em quantidade disponível nas próximas décadas. É irresponsável e condenável que a “nossa ÁGUA” faça parte da negociata com a Troika.
Sem que seja necessário pôr em causa o acordo, a privatização das “Águas de Portugal” deve ser travada e anulada. Não será com o remanescente desta venda que vamos salvar o País. Os portugueses de brandos costumes, devem defender a “nossa ÁGUA” usando todas as formas ao nosso alcance como já aconteceu noutros países onde a mesma questão esteve em debate.
Silvestre Félix
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