Não era preciso esta última decisão do visto prévio nos orçamentos nacionais pela Comissão Europeia, para sabermos que a nossa soberania, a pouco e pouco e se nada fizermos, está a ir para o “beleleu”!
Como há muito tempo acontece, a nossa posição está enfraquecida e não temos margem para nos batermos em Bruxelas pelo quer que seja. A nossa soberania foi sendo “cedida” logo desde a adesão, com a implementação de políticas da CEE restritivas à produção nalguns setores industriais e, principalmente, na agricultura e nas pescas, em troca do pagamento de subsídios compensatórios e dos fundos estruturais que, numa grande parte, foram mal utilizados.
O resultado foi a destruição do nosso aparelho produtivo – Eliminação da nossa frota pesqueira, da indústria naval (temos o maior mar da Europa), da agricultura, da siderurgia, da construção de comboios, indústria vidreira, dos têxteis, etc., etc. – Que, a par das novas tecnologias e de outros bens transacionáveis, fariam com não estivéssemos tão dependentes como estamos.
Os milhões que todos os dias, desde há muitos anos, chegaram ao nosso País, foram como “peixe já pescado”, e fomo-nos habituando a não precisar de o ir pescar. E agora? Agora vamos ter de o pagar, e bem pago! Com o visto prévio de Bruxelas no orçamento, até o papel higiénico vai ser gasto à medida da Comissão Europeia.
Para darmos a volta a isto e podermos dizer NÃO à UE, temos que produzir muito mais para exportar e para o mercado interno – se consumirmos nacional, evitamos importar – recuperando alguma agricultura e todas as indústrias ligadas ao mar, incluindo a pesca e a construção e reparação naval. Paralelamente, o saneamento financeiro das contas públicas tem de ser real.
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